Capítulo 37- Encontro- parte 3

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(S/n)'s pov

Enquanto conversávamos uma garçonete se aproximou e disse de forma gentil.

-O que vão pedir?

Thomas deu uma rápida olhada no cardápio e fez seu pedido,eu acabei pedindo a mesma coisa, apenas para voltar a conversar com Thomas, a garçonete anotou tudo e saiu.

-Você estava me contando como foram esses últimos dois anos- Falei, retomando o assunto.

Thomas assentiu.

-Bem, (S/n)... Depois da nossa briga, eu me afastei de muitas pessoas, inclusive da Brittany... Na verdade, eu briguei com ela também,afinal foi por causa dela que nosso relacionamento acabou...Eu nunca deveria ter aceitado ficar com ela...Mas enfim, estou solteiro desde então... - Thomas tinha arrependimento em sua voz, eu o conhecia e sabia que sim, ele estava realmente arrependido.

Meneei com a cabeça,sem dizer nada e deixei que continuasse.

-Nesse tempo, eu senti muita falta de você e das crianças... Não conseguia parar de pensar em vocês três um só dia. Eu ficava me perguntando como você estava, se os seus pesadelos haviam parado, queria saber se você estava bem, mas na época não tive coragem de te procurar novamente...-Ele desviou o olhar e sua voz falhou -Eu sabia que você estaria magoada...

Concordei com a cabeça novamente.

-Sim, eu estava...-Peguei o guardanapo de pano que estava sobre a mesa e o apertei com força enquanto falava- A Brittany teve a coragem de me mandar fotos de vocês dois juntos...-Eu ainda sentia raiva daquela mulher, afinal ela havia tirado o Thomas de mim. Sim, eu o amava, mas ao mesmo tempo não conseguia deixar de pensar em William, era um sentimento complicado e confuso, que nunca consegui superar. E depois de meus encontros com o coelho robô, me sentia ainda pior, sem saber o que fazer. Eu deveria me afastar de William e perdoar Thomas? Ou eu deveria assumir uma estranha relação com um coelho robótico que carregava os restos mortais de meu marido?

Nesse instante Thomas colocou sua mão sobre a minha,a acariciando gentilmente, fazendo com que eu me acalmasse um pouco e soltasse o pedaço de pano aos poucos.

-Eu sei... Hoje em dia eu também a odeio, mas o meu sentimento por você nunca mudou e é por isso que eu estou disposto a tudo por você, (S/n).

Eu olhei em seus olhos verdes sem saber o que dizer a ele. Thomas podia ser um pouco exagerado, às vezes, mas era uma boa pessoa e olhar para ele ali, naquele momento, me fazia querer perdoá-lo.

Nesse momento nossos pratos chegaram, fazendo com que o homem soltasse minha mão.

Agradecemos o garçom e ele se afastou rapidamente. Nós comemos em um silêncio desconfortável e quando estava prestes a terminar minha comida, eu falei quebrando aquele silêncio constrangedor.

-Thomas, eu ainda preciso pensar em tudo isso, sabe? Tem outras coisas acontecendo...

Ele assentiu e perguntou, mudando de assunto.

-Mas por que você decidiu voltar para Hurricane? Você sempre me disse que odiava esse lugar.

-Eu sei... Ainda não me sinto confortável nessa cidade, tudo aqui me faz lembrar o que eu passei...

-O acidente?- Inquiriu ele, mesmo já sabendo a resposta.

Eu concordei com a cabeça. Eu havia lhe contado um pouco sobre William, mas modifiquei e omiti alguns detalhes da história para não assustá-lo, Thomas jamais poderia saber que meu falecido marido fora um assassino em série. Então apenas lhe falei um pouco sobre a pizzaria, e que William morrera anos antes em um acidente de carro, falei também que eu vira meu marido morrer no hospital.

No fundo eu me sentia mal por ter mentido tanto assim, mas a história verdadeira era sombria demais para ser contada assim, sem contar que trazia as memórias horríveis de volta. Relembrar tudo aquilo era uma verdadeira tortura. E por essa mesma razão eu evitava tocar nesse assunto com meus filhos, eles com certeza pensariam que eu estava louca por falar que o pai deles morreu em uma fantasia de coelho.

-Mas eu voltei porque fui convidada por meu enteado para o aniversário da filha dele.

Thomas sorriu e mudou de assunto.

-Bom, acho que agora vou pagar a conta.-O homem foi prontamente tirando sua carteira do bolso e se levantou indo até o caixa.

Now the purple rise- Springtrap X Reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora