Capítulo 32-Encontro- parte 1

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(S/n)'s pov

Depois que desliguei o telefone, voltei para a cozinha. Michael e Amber logo notaram minha expressão irritada.

-Aconteceu alguma coisa?- Perguntou a mulher.

Esfreguei uma têmpora.

-Eu acabei de receber uma ligação desagradável... Foi só isso...Não se preocupem.

Mike colocou uma mão no ombro de sua esposa carinhosamente e falou.

-(S/n), você pode confiar em nós dois... Você foi como uma mãe para mim- Ele forçou um sorriso, mas eu notei a tristeza em seu olhar, Michael ainda sofria por conta da perda de sua mãe, Clara- Se algo estiver errado, você pode nos contar.

Soltei um suspiro e expliquei.

-Bem... Depois que saí de Hurricane, eu tentei recomeçar minha vida e tive alguns namorados nesses anos... Eram boas pessoas, mas infelizmente eu não consegui me casar novamente -Fiz uma pausa, lembrando dos momentos bons ao lado de William, que logo foram substituídos pela imagem de Thomas e de nossas brigas- Mas tem um deles, chamado Thomas, ele se tornou um problema para mim... Nós ficamos juntos por anos.Ele se dava bem com Violet e Vincent e isso me fazia pensar que ele seria a pessoa certa, mas eu descobri algumas traições por parte dele e decidi me afastar... Ficamos longe um do outro por dois anos, mas agora Thomas começou a me ligar com uma certa insistência...Ele inclusive veio para Hurricane atrás de mim e quer me encontrar.

-Você vai encontrá-lo?-Perguntou Michael.

Assenti com a cabeça.

-Sim, ele quer me encontrar hoje à tarde, em um restaurante não muito longe daqui.

Mike e Amber se entreolharam com uma certa preocupação em seus olhos. A mulher então sugeriu.

-Mike, meu amor, eu acho que você deveria ir com ela, para não deixá-la sozinha... Eu estou achando isso tudo muito estranho e até assustador.

Michael concordou.

-Você tem razão, Amby... Eu também estou achando isso estranho

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Algumas horas mais tarde, eu terminava de me arrumar para sair,nada muito chamativo, não queria dar a entender que estava interessada em Thomas. Michael me esperava na sala, o homem parecia tenso, conseguia ouvir seus passos pesados do meu quarto, parecia que ele caminhava de um lado para o outro.

Deixei o quarto, indo em direção a meu enteado e logo entendi o motivo de seu nervosismo: Em suas mãos havia um revólver, ele encarava a arma enquanto parecia ponderar se era uma boa ideia usá-la naquele momento.

Eu estremeci com a ideia de que Mike seria capaz de matar alguém, ele não era como William, ou pelo menos nunca dera sinais de ser parecido com seu pai...

-Mike...-Eu murmurei, chamando sua atenção.

O homem olhou para mim por um instante e logo voltou a olhar para o revólver em suas mãos.

-Eu acho que vou levar isso comigo, só por precaução...-Ele explicou- Era do meu pai...

Assenti, nada impressionada com o fato da arma pertencer a William,

-Acho que está na hora... -Ele disse.

Nesse momento notei que Mike estava trêmulo, então eu falei tentando acalmá-lo.

-Vai dar tudo certo, Mike. Nós não vamos precisar disso...-Minha voz soou baixa e nada confiante, mas foi suficiente para que o homem concordasse com a cabeça.

Foi então que Vincent entrou na sala, seus olhos correram diretamente para o revólver nas mãos do irmão e o garoto exclamou.

-Que legal! É uma arma de verdade? Posso ver?- Havia uma empolgação quase infantil em sua voz.

-Vincent! -Eu falei o repreendendo.

-O que eu fiz? Eu só queria ver...

Michael então se aproximou do adolescente e disse, lhe entregando a arma.

-Pode ver, ela está descarregada.

Vincent pegou o objeto com cuidado, seus olhos brilhavam como se fosse uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo.

-É pesada- Ele disse enquanto tirava o tambor para o lado e o jogava de volta em sua posição original.-Eu nunca tinha visto uma ao vivo, é muito mais legal de verdade.

Vincent colocou a arma diante de seu rosto, posicionou o dedo no gatilho e fechou um dos olhos como se estivesse prestes a atirar.

-Mike, você sabe atirar?- Ele perguntou.

Michael assentiu um pouco sem jeito.

-Nosso pai me ensinou quando eu era mais novo...

O adolescente voltou seu olhar para o irmão, ainda mais empolgado.

-Me ensina? Por favor, Mike.

-Quem sabe um dia... Se sua mãe deixar.

Vincent então se voltou para mim e pediu.

-Você deixa?

Assenti.

-Deixo, mas com uma condição: você tem que prometer que não vai usá-la para machucar ninguém, só se você precisar se defender, e em último caso.

-Tudo bem, eu prometo. -Vincent pronunciou, com uma expressão entediada forçada.

Michael então falou, pegando a arma de volta.

-Vamos, (S/n)... nós não podemos nos atrasar.

-Onde vocês vão? -Vincent questionou.

-É uma longa história, Vinny...Mas depois você vai entender.-Michael disse, tentando se livrar da curiosidade do adolescente.

Vincent ficou nos encarando sem dizer mais nada, enquanto nós saímos, indo em direção ao carro de Mike.

Now the purple rise- Springtrap X Reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora