Now the purple rise- Springtrap X Reader (PT-BR)

Capítulo 78-Foi ele...

(S/n)'s pov

Segui o delegado Carlton até sua sala, deixando Thomas sozinho do lado de fora. O homem estendeu a mão, indicando uma cadeira diante de sua mesa.

-Sente-se (S/n)- Carlton tomou seu lugar.

Eu obedeci prontamente. Não fazia ideia do porquê ele me chamara ali, mas o delegado falou, interrompendo meus pensamentos.

-Eu sinto muito pelo desaparecimento de sua filha. Eu prometo que minha equipe e eu vamos dar o nosso melhor para encontrá-la e levá-la de volta para casa em segurança.-Ele fez uma pausa, porém logo voltou a falar-Mas eu te chamei aqui por conta de outra coisa.

Arqueei uma sobrancelha sem entender.

-Como assim, delegado?

Carlton abriu uma gaveta de sua mesa e tirou dali um envelope amarelo, já envelhecido pelo tempo e pelo excesso de manuseio. O homem então começou.

-Você lembra de Bryan Pierce, certo?

A menção de meu antigo namorado me causou um estranho arrepio. Bryan fora encontrado morto em meio às árvores, enterrado apenas por um monte de folhas. Eu sabia quem fizera aquilo com o rapaz, então assenti para o jovem delegado.

-Sim, eu me lembro, nós namoramos por um tempo- Passei a mão por meus cabelos, afastando uma mecha de meus olhos - Mas isso foi antes de me mudar de volta para Hurricane.

Carlton assentiu, com uma expressão de quem já sabia o resto da história.

-Bem, senhora (Seu sobrenome)-Ele começou- É que o caso de Bryan nunca foi fechado e o seu nome está em um dos interrogatórios feitos na época.

Meneei com a cabeça.

-Sim, porque nós namoramos, certo?

O policial apertou os lábios e balançou a cabeça.

-Não exatamente... Pelo o que consta na investigação, vocês nunca tiveram um relacionamento saudável. Foi dito por um dos amigos de vocês que você só voltou para Hurricane porque estava fugindo dos abusos de Bryan.

-Sim-Eu concordei- Bryan era muito ciumento...

Carlton assentiu mais uma vez com a cabeça e continuou.

-Assim que ele descobriu que você estava aqui na cidade, Pierce veio até Hurricane, não é?

-Exatamente-Respondi, já entendendo aonde o delegado queria chegar, então questionei.

-Eu sou suspeita nesse caso?

O policial me encarou sem responder, deixando que eu chegasse às minhas próprias conclusões.

Arregalei meus olhos e disse.

-Eu não fiz isso! -Fiquei em silêncio por um momento e soltei um suspiro em seguida. Naquele instante eu precisava falar o que sabia ao delegado.

-Mas eu sei quem foi- Murmurei.

Carlton continuava a me encarar, mas eu notei uma mudança em sua expressão, que parecia ter se renovado.

-E quem foi?- Ele questionou.

Soltei um suspiro, estava tensa por conta do desaparecimento de minha Violet e sabia que William era o culpado, mas acusá-lo de sequestro naquele momento não levaria a polícia a lugar nenhum, afinal o assassino estava morto. E por conta disso, naquele momento decidi contar tudo o que sabia.

-Foi o meu namorado na época-Fechei meus olhos por um momento, soltei um suspiro, voltei a encarar o policial diante de mim e falei- William Afton.

Carlton pareceu conter uma risada e inquiriu.

-Você está falando do dono da pizzaria Freddy Fazbear's?

Assenti e continuei.

-Seis meses depois que cheguei em Hurricane, eu o conheci e começamos um namoro. Bryan chegou na cidade nessa mesma época e acabou se tornando mais uma vítima de William...

-Mais uma vítima?-Ele perguntou querendo saber mais.

-Sim, William era um serial killer, foi ele quem matou aquelas crianças em 1985.

O delegado se arrumou na cadeira, quase de forma nervosa e depois pigarreou.

-Senhora (seu sobrenome), essa é uma acusação muito grave. Onde está o Sr. Afton?

-Ele morreu-Eu respondi sentindo o peso em minha palavras -Ele morreu há onze anos.

Carlton assentiu parecendo decepcionado com a minha revelação, mas assim que se recompôs ele perguntou.

-A senhora já sabia disso? Quero dizer, a senhora já sabia que o Sr. Afton era um assassino?

Meneei com a cabeça.

-Sim. Na verdade, eu acabei descobrindo, pois William tentou me matar.

-E por que você não procurou a polícia?

Soltei um novo suspiro, lembrando daquela época sombria de minha vida.

-Eu fiquei com medo do que ele era capaz de fazer.