Te Irrito porque te Amo

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Josh 🍻

Semicerro os olhos, levantando as sombrancelhas.

Leonardo fica com suas sobrancelhas ligeiramente levantadas, a testa franzida e com a boca entreaberta.

— N-nada... O-o que eu faria com a Stellinha?! — ele se defende desviando o olhar, colocando a mão na nuca e virando de costas, dando passos um pouco rápidos.

— É exatamente isso que eu quero saber.

— Eu não fiz nada com ela, primo. Vo... você me conhece...

— Será mesmo?

Ele ainda permanece de costas, com suas mãos inquietas passando elas o tempo todo no cabelo. A entonação da sua voz está muito diferente de quando conversávamos. Está igual há alguns dias, quando eu saí do quarto da Stella e vi ele tentando abrir a porta. E sobre a primeira vez também, quando isso aconteceu.

O Leonardo está muito suspeito, muito mesmo. E só comecei a perceber essa droga, quando a Stella mencionou o nome dele. Eu daria tudo para saber o que aconteceu.

Porém, eu não vou continuar perdendo o meu tempo, insistindo em uma coisa que, claramente, ele não vai admitir. Eu vou descobrir. Sozinho. Sem perguntar para o Leonardo, e muito menos para a Stella. Mas enquanto isso não acontece, tenho que fazer uma coisa antes.

— Eu quero que você vai embora da minha casa! — solto, totalmente sério.

Leonardo se vira, com o seu semblante incrédulo.

— Irmão! Quê isso!? — Suspende as mãos no ar.

— Ou é isso. Ou eu quebro a sua cara aqui agora, sem nenhum tipo de prova.

Ele fica de costas novamente, e coloca as mãos na cintura.

— I-isso tudo do nada... — Balança a cabeça, em negação.

— Por alguma coisa, a Stella está desconfortável perto de você. E isso já é motivo mais que suficiente — expus, balançando levemente a cabeça em um não, ainda com a minha pose ereta, com as mãos nos bolsos, e com a cabeça virada um pouco para o lado direito, e de canto de olho, lhe lançando um olhar duro.

Ele se vira rapidamente.

— Eu sou o seu primo, Josh! — exclama, com a voz alta. — Aquela vadiazinha nem se quer tem o seu sangue...

A raiva sube para os meus olhos e meus punhos cerram no mesmo instante. Acerto um soco em seu rosto, com toda a minha raiva.

Ele só pode estar de zoação com a minha cara. Não é possível. Como que ele chama a Stella de vadia assim, bem na minha frente. Porra!

Continuo. Empurro ele contra o espelho do guarda-roupa, que balança por causa do impacto. O seguro pela a gola da sua camisa.

— Nunca mais fala da, Stella, desse jeito! Está me ouvindo!? — Bato suas costas algumas vezes no espelho. Ele fica em silêncio, reação o qual está me deixando ainda mais irritado, por não ter respondido nenhuma das minhas perguntas. — Responde, porra!!

Grito, deixando sua gola de lado e batendo com força nas duas portas do guarda-roupa. Isso fez o espelho atrás do Leonardo se quebrar em poucos pedaços. Em resposta, ele levanta as mãos, se rendendo. Fico algum tempo o olhando sério, e então, saio de sua frente.

— Leonardo — chamo. Ele me olha passando a mão no nariz, com uma certa quantidade de sangue. — Eu te dou cinco minutos para você vazar da minha casa!

Dou o ultimato e saio batendo a porta do quarto dele com força.

Eu não estou mais com raiva por eu estar desconfiando do meu próprio primo. Eu estou assim, justamente por a Stella estar no meio disso tudo. É a, Stella. Caramba! E por ser ela. A essa altura, o parentesco com o meu primo não está interferindo em absolutamente nada.