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Josh 🍻

Eu estou a mais ou menos uns quase dez minutos na mesma posição, tentando entender se isso de fato aconteceu, ou é só mais um sonho dos variados tipos que tenho desejo em realizar com a Stella.

Passo a língua nos lábios. Porra! Com certeza, não é. O gosto do beijo dela ainda está em minha boca, e acho que vai ficar por mais alguns anos. Acho não. Tenho a certeza. Nunca esqueci nada a respeito dela. Nem mesmo as minúsculas coisinhas.

Todos esses anos estudando cada milésimo de centímetro do seu rosto, corpo... Tudo! Todos esses anos me certificando e usando cautela em suas mudanças de humor repentinas. Todos esses anos reparando na mulher absurdamente maravilhosa que ela é, e o quão perfeita fica quando está brava.

E... todos esses anos, sonhando com o dia em que eu beijasse a Stella. Sempre fiquei imaginando como seria, quando meus lábios tocassem os dela, e, depois do selinho no hospital, essas minhas imaginações subiram o dobro. Sempre imaginei... mas não chegou nem perto do momento especial que foi, quando nos beijamos. A alegria que eu senti — e ainda estou sentindo —, é, sem sombras de dúvidas, inconfundível. A Stella me fez ficar ainda mais louco por ela.

Se alguém tivesse me dito a quase cinco anos atrás, que hoje seria o dia em que eu e a Stella iríamos nos beijar, com certeza eu não acreditaria. Isso é surreal para confiar assim. Mas, se isso realmente tivesse acontecido, eu teria esperado esses mil, setecentos e dez dias, ansioso pra caralho, contando todos os segundos de cada minuto de todos esses longos anos, só em saber que realizaria.

Confesso, eu não me importaria de esperar mais cinco anos. Pela a Stella, eu aguardo o tempo que for preciso. E pensar que eu estava borbulhando de felicidade em ter tido um selinho com ela aquele dia... Puta merda! Agora, eu sou o cara mais feliz do mundo!

Tiro a mão do vidro e coloco junto com a outra no cabelo, passando elas por todos os fios. Me viro e começo a dar passos, com as mãos na cabeça, olhando para o teto, todo desacreditado.

— Caramba, eu beijei a, Stella! — murmuro isso para mim mesmo, para que, falando assim em voz alta, conseguirei acreditar nisso mais rápido.

Desço as mãos pelo meu rosto e coloco elas na cintura. Olho para a foto dela, que está em cima de uma mesa que eu coloquei aqui só para suspender seu retrato — aposto que a Stella nem viu ela aqui.

Ergo o braço e pego a base da moldura, inclinando ela para mim. Sorrio feito um bobo. Ah, caramba!

A felicidade está tão em mim, que se o teto da academia desabasse aqui, bem neste momento, eu nem me importaria. Acho que os destroços iriam perceber a minha imensa euforia, e iriam juntar nessa, junto comigo. 

Nunca nem se quer passou em minha cabeça, que um dia eu iria ficar com esse sentimento bom pra caramba no peito, desde quando eu ganhei junto com o time, o campeonato contra os nossos maiores adversários que participavam nos treinos de outro colégio. Ou — o mais especial —, quando a Stella sorriu pela primeira vez. Aquela sensação... Sempre pensei que nada do que fosse acontecer, poderia se igualar ao que senti nesses momentos. Mas daí... a Stella me beijou.

Ela colou nossos lábios e, então, desativou todo o meu estresse que tive no decorrer do dia. Ultrapassou de cem por cento a porcentagem — que, já era totalmente mínima —, de eu querer algo com outra mulher. O destino já tinha preparado que esta noite seria o nosso dia, nosso momento. Nosso beijo! E a porra das infinitas coisas que ainda será nosso.

Eu ainda vou dizer isso para ela.

Beijo a foto e devolvo para o mesmo lugar que estava. Dou uma arrumada no cabelo e na minha ereção  — eu comecei a ficar duro quando eu ainda estava fazendo flexões em cima da Stella, e nós nem tínhamos nos beijado ainda. Somente a beleza e o calor que ela estava emanando — nós estávamos emanando —, foi o suficiente para me deixar completamente excitado. A revirada de olhos de raiva, que te deixa sexy, também, é capaz de me fazer ficar duro. Ah, Stella, puta merda!

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora