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Stella 😡

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Stella 😡

Mal acordei e já estou com ódio.

Nem consegui dormir direito a noite, tive um pesadelo horrível. A minha mãe estava se casando no civil com o meu padrinho, e eu estava fazendo a pose de meia-irmã, ao lado do meu meio-irmão poste ambulante — que eu odeio com todas as forças do meu coração —

Mas, infelizmente, esse amedrontoso pesadelo já se tornou realidade desde ontem. Sonho que é bom não se torna realidade, né!

Eu já estava acostumada de acordar num sábado de manhã, correr em círculos com a minha mãe na praça, voltar e tomar o meu café com leite, e comer uma fatia de bolo de trigo, que só a minha mãe sabe fazer.

Mas não, agora eu tenho que acordar nesse quarto grande, com essas paredes brancas, que está parecendo que eu estou num quarto de hospital. Agora, eu vou ter que conviver nessa casa enorme, que mais parece um estádio de futebol, de tão grande que é.

Pra quê isso tudo?

Eu sei que esse ainda é o primeiro dia, mas sinto que eu não vou ficar aqui por muito tempo. Já odeio tudo e tanto aqui. Tá! Não odeio mais do que o Josh. No ranking das coisas e pessoas que eu mais odeio, ele sempre vai ocupar o primeiro lugar.

Somente escovei meus dentes, lavei meu rosto, e nem penteei esse meu cabelo de bruxa, nem se quer fiz questão de tirar o meu pijama da cor preta, não pretendo sair.

Depois do café, o que eu mais quero é colocar o meu fone, me enterrar em minha cama, e ouvir as músicas de Shawn Mendes, enquanto eu me decomponho, e seco as poucas quantidades de gorduras que habitam em mim. Só vão sentir a minha falta, quando o mau cheiro começar a ultrapassar a porta do quarto deles, e invadir suas narinas. O do Josh não conta, porque ele não vai sentir, já que o seu quarto já fede a ele.

O barulho que eu faço com as pantufas aveludadas — e pretas também — nos degraus da escada de mil metros, é estrondoso. Se eles não acordaram ainda, aposto que agora sim! 

Passo pela sala maior que o Saara, e vou para a mesa do café. Uma mesa com doze lugares, sendo que antes só morava três pessoas aqui. Juro! Eu nunca vou entender.

Me sento ao lado da minha mãe, e pego uma taça, enchendo o mesmo de suco, que pela cor parece ser de maracujá ou de laranja. Experimento e bum! É de maracujá. Talvez me acalme, estou andando tão estressada ultimamente.

Com a taça ainda no meio dos meus lábios, inclino a cabeça para o lado e vejo a minha mãe me encarando, olho mais para o lado direito dela — na cabeceira da mesa — e o meu querido padrinho também está com o mesmo olhar do de mamãe. Sem querer, olho para a ilustre imagem que está sentado em minha frente, e o infeliz de pele bronzeada, e de cabelos negros bagunçados, também está me encarando com o seu par de olhos verdes — que por sinal, é ridículo!

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora