23

1.6K 157 40
                                    


Josh

Puxo o braço dela, revelando não ser a Stella.

Caralho! Não sei se fico feliz por não ser ela aqui. Ou, se fico preocupado, justamente por não ser ela, e não saber o que está acontecendo com a Stella agora, nesse momento.

Murmuro um “não é nada” para a garota que está me olhando com um olhar assustado. E na hora que eu estava me virando, uma lata é arremessada contra mim, fazendo o líquido espalhar pelo o meu rosto. Como fechei os olhos, numa reação de defesa, permaneci com eles fechados.

Entreabro a boca e vou passando lentamente a língua nos meus lábios, baixando a cabeça para o lado esquerdo e já cerrando os punhos.

O quê que foi, mermão? Tá com medo, é? — uma voz masculina é dirigida a mim, já que foi depois da lata arremessada.

Respiro fundo e vou abrindo meus punhos aos poucos, ainda com os olhos fechados. Nem vou me dar ao trabalho de me virar por completo e ver quem fez isso. Não quero brigar. A única coisa que eu realmente quero, é somente ir pra casa e ver se a Stella está bem, porque estou preocupado com ela.

Mas, esse pensamento foi por água a baixo, quando a porra de uma garrafa foi direcionada a ir de encontro ao meu rosto. Estou sentindo uma ardensa em alguma parte do lado esquerdo do meu rosto. Travo o maxilar e jogo ele para o lado, passando a língua nos dentes, de uma maneira ácida. Volto a cerrar os punhos e abro lentamente os olhos para lhe encarar, endurecendo o olhar logo em seguida.

Ele não fez isso...

— Tá com medinho, é? — O homem paira as mãos no ar. — Fica aí passando a mão na minha mulher, e agora não quer resolver isso de homem pra homem! Pode vim! — ameaça em um tom muito audível.

Vou até esse cara e dou um soco em seu rosto. Ele se levanta cambaleando e passando a mão no lado em que machuquei. Eu não queria que acontecesse. Mas se ele quer resolver com briga, uma coisa que eu nem fiz, então iremos resolver assim.

Seguro o seu punho no instante em que ele ia me golpear, e acerto outro soco, que faz ele cair instantemente em cima da merda de uma mesa cheia de bebidas. Todas quebraram ao se colidirem com o chão. Continuamos com a briga, até ele conseguir me acertar um soco de relance.

Nem vi a hora em que policiais chegaram no local e nos separaram, depois de terem mandado parar com a droga da música.

— Podem levar ele, policiais! — um homem de terno mando com um semblante duro.

Reluto quando eles colocam as mãos em mim, mas, não adiantou.

— Como assim pode me levar? Que merda é essa?

— Você quebrou todas essas bebidas. Agora, se pagar...

— Não seja por isso. Eu pago! — Viro um pouco para o lado, mas sem olhar para eles. — Agora me soltem! — mando firme e eles me soltam.

Coloco as mãos nos bolsos, e... não acredito que esqueci a carteira lá em casa. Aperto os olhos e depois encaro o homem de terno — com certeza é o gerente daqui.

— O playboy estava querendo dar um golpe aqui na Royale?

— É claro que não. Eu só esqueci a droga da carteira. — me justifico, já irritado.

— Vamos resolver isso com o delegado — fala, um dos policiais e segurando meu braço.

— Eu não vou conversar com porra de delegado nenhum. E me solta, antes que eu quebre a sua cara — aviso, entridentes.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora