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Stella 😠

Estou imóvel. Sem reação nenhuma. Não sei se foi a proximidade que nossos corpos estavam, ou se foi o aperto ofegante na minha cintura, ou, se simplesmente foram as palavras ditas de uma forma tão sugestiva e... atraídas?

Mas, só sei que: o Josh está me causando isso ultimamente e, quando ele fala algo do tipo, me faz parar e cogitar a possibilidade de repensar em meus vinte e cinco por cento. E, claro, na minha muralha dos meus sentimentos ocultos que eu mesma fiz questão de erguer. Mas agora, só tem a metade dela.

"Mas se você quiser... eu e você podemos começar a ter alguma coisa."

Eu acho que quero, ou... não, sei lá também.

Ele disse isso com uma naturalidade, como se não fosse nada demais. Entretanto, eu não vou dar a marcha ré e dizer que, claro, ele só disse isso dessa maneira, porque, explicitamente, ter algo com uma pessoa não deve significar nada para ele. Não é isso, eu sei, e acho que sinto também.

Ah, tá bom, vou dizer a verdade: A sua sugestão foi um tanto tentadora, que, se o Josh estivesse ficado com a mão em minha cintura por mais uns cinco segundos, eu teria batido o martelo e confirmado o seu pedido que, de alguma forma, pareceu ser um bom investimento.

Respiro fundo e deito na cama já me cobrindo com o cobertor. Meu Deus, o que eu estou pensando? É o Josh, Stella, para!

Poucos minutos depois, a porta do meu quarto se abre. É o Josh. Me sento por completo e fixo em seus olhos verdes encarando os meus. A sua expressão não é a mesma em que ele estava antes. Agora, o seu semblante mostra que está determinado a fazer alguma coisa.

— Costela, eu vim terminar o que comecei — anuncia, terminando de matar os últimos passos.

Sem ao menos eu estar totalmente pronta, Josh senta de qualquer jeito na cama, coloca uma mão em cada lado do meu rosto e me puxa delicadamente, colando nossos lábios.

Sinceramente, não consigo processar nada. A única coisa cabível que faço, é retribuir. Coloco minhas mãos em seus pulsos e me arrasto em cima do colchão para ficar mais próxima dele.

Josh abaixa as mãos e aperta levemente a minha cintura — ação a qual eu gostei muito. Sua língua encontra a minha e eu afundo os dedos em sua nuca, arranhando de leve.

O beijo fica mais intenso. E, com isso, sensações desejáveis começam a me suprir de uma maneira avassaladora.

Josh desliza uma de suas mãos para dentro da blusa do meu pijama e toca a borda do meu seio. Me levanto no mesmo momento, toda eufórica, respirando rápido. Passo as mãos no meu cabelo, consertando-o.

Não acredito. Eu sonhei.

Com

O.

Josh.

E... beijando ele.

Foram somente minutos contáveis que eu pensei nele — e no que aconteceu —, antes de me deitar e dormir ontem a noite, não tinha necessidade e nem motivo para eu ter sonhado com o Josh. Ou tinha?

Esfrego os olhos, vou até o banheiro e encaro meu reflexo no espelho.

— Por que você sonhou com o Josh, Stella? Não era para ter sonhado.

Resmungo, me incriminando por essa barbaridade. Principalmente por eu ter gostado de ter sonhado com ele. Conheço o Josh há quase cinco anos e é a primeira vez que sonho com ele, literalmente.

E a pergunta que eu sempre me faço quando algo tão surreal como essa, acontece comigo, ainda está no topo das minhas indagações irracionais: O que está acontecendo comigo?

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora