Te Irrito porque te Amo

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"Cuidadoso sempre.

Paciente até certo ponto."

Josh 🏈

O pátio está lotado de pessoas. Ela não está voltando, estou atento. Passo a mão na mandíbula já um pouco tensionada. A irmã daquele cara se acomoda em continuar falando frases que só a família dela acredita. São as mesmas insinuações vazias, sem sentido. O que ela grita, de quem tem a culpa e que merece estar naquele lugar. Para mim essas palavras não passam de merdas.

Quando essas mesmas frases foram direcionadas para Stella, no restaurante, eu ouvi elas e raiva eu senti naquele momento. Nenhuma delas eram verdadeiras, assim como agora. Stella ouviu elas naquele dia e por isso tive que sentir dor, porque a minha garota estava tentando fazer com que a dor nela parasse. Foi como se eu estivesse recebendo uma pena de morte naquele instante. Tudo o que ela sente, vem o dobro em mim. Se eu fiquei e estou mal com essas palavras, em Stella vai pesar mais. Então eu tenho que cuidar agora, para ela não sentir dor em algum momento.

— Onde ele está?

Pareio as mãos, deixo elas endurecidas.

— Kate, pare com isso.

No meio das pessoas não encontro ela, posso retornar a situação de uma forma que a Stella não escute nada que Kate está dizendo.

— Me diga o que vocês fizeram com o Leonardo! — Outra vez sou empurrado por ela. — O que aconteceu com ele, Josh?!

Ela está gritando. Estamos chamando muita atenção.

— Não fizemos nada com aquele cara, porque não importamos com ele. E não ache que vou continuar ouvindo as suas insinuações contra a Stella. — Cerro o maxilar. Coloco as mãos na cintura, olho para o chão. Meus lábios retorcidos, estou ficando inquieto com as palavras repetidas. Elas nunca serão compreensíveis para mim, não me importo com o que ela fala. Me viro para ela, firmando o olhar. — Se ele está naquele lugar, mereceu.

O rosto dela fica incrédulo.

— Ele é o seu primo!

— Deixou de ser no momento em que olhou diferente para a Stella — aponto. Minha voz não está com tanta flexibilidade como no início. — Tratei ele como meu irmão e agora não é mais nada meu!

Encerro toda a minha vontade de ouvi-la por mais um segundo. Limpo o nariz, pisando fundo com as botas e afundando o chão. O banheiro feminino não é longe do pátio. Só quero encontrar a Stella e abraçar, mas Kate segura o meu pulso. A mesma ação que ela fez no corredor do meu antigo quarto quando dei as costas para as palavras fúteis dela. Dou um passo para trás.

— Eu vi vocês pelas portas do shopping agora quando voltei da clínica. — A voz dela não está mais desesperada. Pois eu estou desesperado. Quero que Stella demore e que a Kate vá embora. — Tenho certeza que você e a Stella tem relação com o sumiço dele. — Fecho os olhos. Fico um segundo inconsciente. Viro a cabeça para trás, volto, ela semicerra os olhos. Ela anda e passa por mim, perto da minha raiva que cresce a cada instante. — A Stella vai me responder, vou ir falar com ela

— Ela não vai saber de nada — digo firme. Estou de costas mas sei que Kate parou os passos.

— Você é um namorado que costuma esconder as coisas, não é? — Fico com uma confusão nas sobrancelhas. — Aquela Stéphanie é tagarela. Quer esconder mais uma coisa daquela garota?!

O timbre da voz aumenta. Cerro os músculos. Estou explodindo de raiva. E estou assim só de pensar naquele desgraçado. Se não fosse por causa dele, eu e a Stella não estaríamos nessa situação. A cada milésimo penso e repenso no que ele fez com ela, com uma criança. Sou golpeado com essa droga e meus pensamentos do que quero fazer não estão sendo nada gentis. É uma merda atrás da outra. É sufocante porque ele cometeu o pior crime e é a vítima que está sendo sentenciada.