54

509 50 52
                                    

“Vou continuar correndo atrás do esporte que escolhi desde a minha infância.”


Josh 🍻

Posso dizer que hoje, estou feliz pra caramba! Ontem eu percebi que a Stella acordou animada. Até comeu o dia todo, e nem dormiu tanto, como nos outros dias.

Agora estamos aqui, com ela me ajudando a lavar as louças do lanche que eu ajudei ela a fazer. Termino de enxaguar o último copo e a entrego. Stella pega e coloca no escorredor. Saio de perto e vou secando as mãos, enquanto ela limpa a pia.

Seguro a cadeira por trás de mim e fico em uma posição relaxada. Endureço o pescoço para o lado e prendo meus olhos nela. O canto de meus lábios se curva.

Fico me lembrando de quando eu criei várias merdas na minha cabeça a respeito do afastamento da Stella. Que ela não queria conversar comigo, era compreensível. Mas o fato de que não queria nem me olhar, nem por menos de um segundo, já era outra coisa.

Doeu muito quando a Stella me disse que estava sentindo vergonha de mim. Aquela era uma das coisas em que eu nunca desejei ter ouvido. Mas mesmo com tudo isso que eu estava sentindo antes, e o que eu senti até minutos depois, não foi tão forte ao ponto de cair a ficha de como a Stella. A minha garota estava mal com toda a pressão na cabeça dela, que para mim, só ficou visível bem depois que ela me explicou tudo.

A Stella estava certa, naquela cena, eu realmente quase a vi pelada e com aquele cara assinando a própria sentença de morte, que daqui a pouco, vai estar pagando por tudo o que fez. Mas o fato de que eu tenho que ficar inteiro, para resolver as minhas coisas e, claro, ter que cuidar dela, simplesmente faço questão de apagar aquilo da minha memória.

Uma das únicas coisas positivas que eu consegui arrancar dessa história, foi o que eu disse para ela. A Stella é a garota mais extraordinária que eu já conheci.

Meu sorriso fica ainda maior, quando ela se vira, e sorri para mim. Não tão grande, e com quase nada de intensidade. Seus lábios estão apertados e com apenas uma minúscula curva nos cantos. Mas continua perfeito.

Ela franze o cenho.

— O que foi?

Solto uma leve risada. Olho para baixo, e depois para ela.

— Nada, não.

Me aproximo dela e coloco as mãos em seu quadril. Beijo seus lábios finos e macios, em um selinho demorado. Ela se afasta bem pouco e ajeita o seu cabelo preso, ainda há menos de um passo de afastamento. Stella fica me olhando.

— A minha mãe reforçou que quer a gente no Dia De Ações de Graças.

— Você vai?

Stella dá de ombros, cruza os braços e encosta na ilha, em minha frente. A vejo respirar bem fundo.

— Bem, eu não sei. — Seu semblante parece ficar triste, mas Stella logo se remexe e ergue a cabeça. — Mas ela disse que pode ser aqui mesmo. É só o tempo dela falar com o meu padrinho também. O que você acha? É para eu dar a resposta hoje mesmo.

Preencho os bolsos.

— Por mim, tudo bem.

— Vou ligar pra ela, então.

Enquanto Stella entra no quarto, fico pensando em outra coisa que também está me deixando feliz igualmente: o jogo. E sei que a minha mãe também está bem feliz ao me ver correndo atrás de uma coisa, que um dia ela me ajudou tanto a conseguir. Vou usar o meu otimismo, e me ver daqui alguns anos, sendo um jogador profissional de futebol americano, e jogando contra e ganhando, do pior time adversário.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora