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Josh 🍻

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Josh 🍻

Não gosto de vê-la assim. Nunca gostei, e essa não vai ser a primeira vez.

Mesmo fraco ouço bater na porta. Pulo da cama na esperança de ser a Stella. Mas ela não bateria assim, não com essa delicadeza. A brutalidade que existe nela, não permitiria isso. E também, ela não viria para me pedir desculpas pelo o tapa ou por ela ter me ignorado quando a perguntei o que aconteceu. E muito menos, vim explicar porquê ela está assim. É, talvez eu conheça ela bem.

Em um movimento rápido, viro a maçaneta e abro a porta.

— Stella? — pergunto rápido. Mesmo sabendo que não seria ela, fiquei na esperança mesmo assim.

É a Madalena. A mulher está com as mãos erguidas para frente, e nelas ocupam uma bandeja quadrada, prata e grande. E na mesma está um copo de água e um prato de louça, com o sanduíche que eu fiz há alguns minutos.

— Oi, Madá! — enterro meus dedos na parte de trás do meu cabelo, e logo retiro colocando a mão no bolso. — Entra! — Dou espaço e ela passa por mim.

Fecho a porta.

— Trouxe o seu lanche. — Coloca a bandeja em cima da escrivaninha. — O que aconteceu? Eu ouvi vozes destemperadas lá de baixo. Vocês brigaram, de novo?

Ela se senta na beirada da cama, e dá dois tapinhas ao seu lado, referindo para que eu me sentasse.

Eu e a Stella nunca brigamos. Assim, nós nunca brigamos feio. Sempre discutimos — na maioria das vezes, é por besteiras —, sempre trocamos farpas, tiradas. Mas nunca uma coisa tão grande, que se tornou uma briga feia, talvez...

— Não, não brigamos. — Me sento ao lado dela, sustentando meus cotovelos nos joelhos, encarando um ponto qualquer na escrivaninha a frente. — Aconteceu uma coisa, é que...

— O quê? — Olho para Madalena, e ela está me olhando com seus olhos caramelados, e com as suas sobrancelhas levantadas, enrugando ainda mais a sua testa. — O que você fez desta vez, Josh? — sua voz sai arrastada, como se tivesse cantarolando.

Para Madalena, tudo o que acontece com Stella, é por mainha causa, ou quase tudo.

— Para a minha defesa — falo me levantando com a mão direita no peito, e olhando pra ela. — Não teve nada a ver comigo. — Retiro a mão de perto da minha clavícula — Assim... teve. Ou não teve também. — Olho para os lados.

— Não estou entendendo. — Nega com a cabeça.

— Então, é o seguinte. — Olho pra mulher. — Mais cedo, quando eu estava na piscina, provavelmente a Stella ficou admirando a minha beleza lá da sacada do quarto dela. — Nesse momento, ela revira os olhos. — Não sei o que aconteceu, a toalha dela caiu, e... — Coço a nuca. — Eu vi ela sem roupa.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora