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“Do tempo em que tudo para mim era cor-de-rosa.”

Stella 😠

Meus olhos se interessam em querer continuar olhando para a pessoa que está simplesmente colocando uma cortina entre nossas presenças, que quando chegou, mesmo com a ignorância tomando uma porcentagem enorme, sabia claramente que não estava no singular.

Junto com o cenho franzido, minhas íris decrescem na medida em que todo o seu corpo virado opostamente deita na cadeira, arrastando e fazendo um barulho irritante.

Mudo a minha visão de rumo; o corpo dele está quase todo colado na mesa, com os ombros encurvados. O rosto de Josh está para baixo, como seus olhos que não estão fixados e nem olhando para algo de interessante. Ele pisca algumas vezes, olhando para os lados antes de levantar as íris verdes e me encarar.

Murmuro algum saiu de sua boca há menos de dois minutos, não tinha o porquê dela ter se sentado, do nada, junto com a gente.

— Como você consegue sair para jantar assim, como se nada tivesse acontecido?

A minha atenção vai toda para ela, que nem me olha e que está com resquícios de raiva emanando pelos seus olhos, fixados nele. Agora encaro Josh e ele está revirando o pescoço e apertando os olhos.

Sinto como se um ponto de interrogação estivesse no meio da minha testa. E julgando pela forma de como Josh está se movimentando, de um jeito como se não quisesse ouvir o que a irmã daquele nojento tem a dizer, ele tem e pode me dar a resposta.

— Sabem de qual lugar eu vim? — Desta vez, ela me olha rápido e voltar a firmar nele. A pergunta dela fica no ar. — Do hospital! Ele não está tendo nenhuma melhora!

— Kate, não fale deste assunto...

A calma e rouquidão que conheço bem, me faz compreender de qual assunto que ela está falando. E de qual, aparentemente, Josh está querendo evitar também.

— Não fale deste assunto? Josh, você praticamente matou o meu irmão!

A sua voz muito fina e irritante recai sobre meus ouvidos, fazendo meus ombros caírem só em ouvir a menção indireta do nome dele.

— O seu primo! — Intensifica, batendo os punhos na mesa. Ela me olha e faz uma careta, torcendo o nariz. Todo o seu semblante se forma em uma raiva, que dá para perceber principalmente no jeito de estar me fulminando com um olhar assassino. — E tudo por sua culpa.

As minhas pálpebras ficam trêmulas e, automaticamente, meus lábios se entreabrem. A pele de minhas coxas são cravadas cruelmente em uma pequena linha reta, por cima da calça escura. Balanço a cabeça em negação.

— Não, eu...

— Se não fosse por sua culpa, o Léo não teria sido espancado... — A falsa calmaria repentina em seu timbre, vem numa lentidão, junto com seus olhos pretos e semicerrados ficando vermelhos. — Ele não teria! — As veias saltam de seu pescoço e eu me encolho mais.

— Kate, não foi assim! — Josh contradiz, se virando para ela com o olhar sério.

Toda a minha felicidade duplicada e aquele início de raiva de ter sido ignorada propositalmente, passou no exato momento em que me lembrei dele. O meu castanho não está passando de uma névoa, bagunçando tudo ao meu redor e a minha mente.

Não. Não faz isso. Por favor...

Meu coração se acelera e a vertigem aumenta gradativamente. Atrás de Josh, os pais dela estão sentados, me encarando com um olhar de pura raiva. Engulo em seco.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora