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Música:
In My Blood
— Shawn Mendes

“Ele está sobrecarregado e inseguro, vou dar-lhe algo que possa tomar para relaxar a sua mente lentamente.”

Stella 😠

A ansiedade, o aperto no peito e a felicidade, está sendo os sentimentos mais estranhos que estou sentindo. Só nós sabemos o quanto fazer a abertura é crucial. E o mais importante que anula tudo que estamos fadadas a fazer, é: se sair bem nela.

Quase duas semanas esforçando o corpo em nossas habilidades; deixando transbordar o copo com a água que se compara facilmente com o nosso empenho, pode — e é o que as Red Fire mais almejam — ganhar elogios significativos e, claro, medalhas e cards oficiais como a equipe responsável por abrir uma das noites mais importantes na história de Nova Iorque, no mundo dos jogos de Basquete.

Olho mais uma vez para a minha roupa; uma blusa com mangas longas de um laranja forte e na parte de frente é de um tecido branco e atexturado com o nome Red Fire estampado da mesma cor do restante da blusa, e o nome do estádio Basquete New York, na fonte metálico e pequeno, bem embaixo perto da barra que está a cima um pouco do umbigo. Um short-saia colada, também da cor laranja escuro, uma meia-rastão preta e um tênis branco. A única diferença das outras meninas, é que a blusa delas são de mangas curtas e não tem o nome do estádio.

Arrasto a porta do meu closet e fecho novamente. No momento em que vou andando pelo o corredor do meu quarto, mais uma estranha sensação de aperto no peito me atinge. Hoje eu mal abrir os olhos e já comecei a sentir isso...

Desço com a Letícia e fico vendo o Mathias levando ela, até o carro sumir do meu campo de visão. Com as mãos nos bolsos em meu short jeans claro, saio do asfalto e subo na calçada. Quando me viro por completo, vejo Josh saindo da garagem; ele passa as mãos nos fios. Pela a forma em que ele está, parece tentar respirar coerentemente. Ainda não me vendo, ele coloca as mãos na cintura, inclina o rosto para cima e respira fundo, agora, aparentemente sendo mais fácil de trabalhar os pulmões. O seu semblante está tão... indiferente.

Essa é a primeira vez que o vi hoje. Quando acordei, ele já não estava mais ao meu lado, perguntei para Madá, mas ela me respondeu que ele tinha ido treinar. Entendi, porque hoje ele também tem um jogo com um time adversário que a Letícia me disse — o Gabriel falou com ela —, que também é tão importante como o último que eles enfrentaram. Eu não sei muito bem, mas tem algo relacionado em uma parceria com um outro treinador também.

Josh entra na casa e eu entro logo em seguida também tentando o alcançar, mas não consigo, ele entra no quarto e tranca a porta. Ele deve estar querendo ficar sozinho. Suspiro e vou tomar um banho.

Visto uma blusa de alças finas e calça jeans, ambas da cor preta e uma bota da mesma cor. Passo perfume e visto meu casaco branco peludo que o cumprimento dele é até na metade da coxa. Deixo meus fios soltos e ondulados. Pego minha pequena mala rosa e passo a bolsa no ombro. Olho para a porta do lado da minha e ela está aberta. Desço as escadas e vou até o fundo da casa colocar ração e água para o gatinho magrelo depois vou até o escritório. Bato e espero permissão para entrar.

— Oi, Stella — meu padrinho começa. Ele me olha, sorri e depois volta a dar atenção para alguns papéis em sua mesa. — Quer falar comigo?

Fecho a porta e ainda em pé, respondo:

— Por que ele está indiferente?

Meu padrinho para e me olha, analisando. Ele conserta o botão de seu terno e depois senta, se mexendo na cadeira giratória. Ele pousa os braços na mesa, conserta os óculos e entrelaça os dedos.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora