Josh 🍻
Quarta-feira 03h45...
Estou aqui desde ontem cedo. Sem comer. Só com poucos copos de água no corpo.
Perguntei inúmeras vezes para o policial sobre o caso da menina lá do meu bairro, e ele não respondeu porra nenhuma. E ainda tem o delegado que até agora não chegou. Eu tinha que ter falado o meu sobrenome quando ele pediu. Mas a merda do meu orgulho não deixou. E de resultado, estou aqui, preocupado com ela.
Se eles não tivessem pegado o meu celular, eu poderia ligar pra lá, para saber se está tudo bem.
E por que eu não liguei quando estava com ele?!
A minha raiva me impossibilitando de ver e fazer o óbvio, e depois me fodo com o que eu poderia ter feito se eu tivesse respirado mais e brigado menos lá na Royale. Esse sentimento negativo só me cega, toda vez que ele se apossa de mim.
E se eu não tivesse ido descontar a minha raiva na bebida, eu estaria lá agora com a Stella. Esses, com certeza, são os meus piores problemas no meio de tantos outros que tenho.
Que porra, mano!
E agora que percebi o quanto isso me atrapalhou.
Fico mais algumas horas me repreendendo, andando de um lado para o outro, inquieto. E todo o tempo pensando na Stella.
— O senhor, Miller, está te esperando em sua sala — o policial me informa, abre a cela e depois me leva até a sala dele.
Ele bate na porta antes de entrarmos.
— Só um minuto. Depois falamos do sequestro. — Ele desliga o telefone e depois coloca-o na mesa.
Ele me olha, claramente fazendo desdém, e dá um longo suspiro antes de dizer:
— Vai, mimadinho... Me diz qual é o seu sobrenome... Aposto que não vai valer de absolutamente nada. Mas como tenho que concluir aqui. — Ele faz um gesto com a mão, para insinuar que eu já posso responde-lo.
— Gonsales — retribuo bem depressa, com o intuito de querer sair dessa cadeia o mais rápido possível. — Josh Luhan Gonsales Kavill.
No mesmo instante, o semblante do delegado muda por completo. Antes era um visível “tanto faz” — como se não tivesse praticamente me implorado para dizer o meu sobrenome —, mas agora está com uma feição mais interessada. Muito interessada. Até mais que o normal.
— Só para confirmar. — Ele chega mais perto. — O seu pai é o juíz Jorge Gonsales?
— Sim... — admito, sem o olhar diretamente.
— Não acredito que você é o filho dele. Vem... me abraça! — Ele faz o que disse e eu permaneço com meus braços parados. — O Jorge é o meu amigo de longa data. Toma um cafezinho conosco.
— Eu quero ir embora! — solto, com a voz firme.
O delegado me olha por breves segundos e depois se movimenta, mechendo em algo na sua mesa.
Continuo parado, retorcendo bem de leve o lábio inferior.
— Conheço muito bem o seu pai — ele continua. — Somos amigos. Eu já fui muito na sua casa quando você ainda era pequeno.
O encaro.
Não o reconheço, mas claro que ele é um daqueles amigos do meu pai, que passava pano para ele, nas agressões contra minha mãe.
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Te Irrito porque te Amo
Ficção Adolescente⚠️ALERTA DE CLICHÊ ⚠️ O casal mais fofo do Wattpad. O bad boy mais fofo do Wattpad. Dois jovens, uma única história. Stella: Uma adolescente marrenta, que não gosta nada da idéia de sua mãe se casar de novo, e com o seu padrinho. E para piorar, ela...