Te Irrito porque te Amo

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⚠️Alerta de gatinhos no capítulo. Se sente desconfortável lendo esse tipo de capítulo, aconselho não ler, vou resumir no final.
Preserve a sua saúde mental.⚠️

Música do capítulo:
Bring me to life
— Evanescente

"A droga que eu passo, por ter nascido mulher."

Stella 😠

O duelo de sentimentos bons e ruins, é tão ridiculamente aterrorizante e um tanto que perturbador, que, em algum momento de nossa vida, pode bagunçar nossos pensamentos, ao ponto de deixar nossa mente em uma afirmação e uma talvez dúvida constante de "Está tudo indo bem para mim. O que pode dar errado? Não é?"

Tem um sentimento que pode ser pensado para o futuro ou, repentino; Aquela aflição de não saber se vai sair bem numa prova que sabe que será a mais difícil. Ou, quando do nada anunciam que o avião está caindo, prestes a se colidir em rochas grandes e pesadas.

Imagino que, nesse momento da gravidade desta situação, onde vidas tem um risco alto de serem encerradas. Os melhores momentos que já se passaram, ficam rodeando a mente e toma conta de todo o ser. E, quando, tragicamente, o avião se choca nas pedras que não deveriam estar ali, de jeito algum. Somente um borrão preto é visto. As memórias maravilhosas e os sentimentos intensos, bons e que não deveriam nunca serem esquecidos, se acabam em um segundo de felicidade e uma tristeza para sempre.

É o que está acontecendo comigo. Bem abruptamente, quando eu estava sobrevoando em minhas fases extraordinárias, somente um ruído repugnante, foi a única coisa pequena e capaz de anunciar, e que fez-me cair drasticamente, arrombando o cinto e os paraquedas saindo pelas janelas fechadas. As rochas gigantescas são as imagens nada agradáveis que estão seguindo metros na minha mente.

Neste momento, o pouso forçado e trágico faz meu corpo todo ficar em alerta. Qualquer hora eu posso ficar sem batimentos cardíacos e meus olhos fechados confirmarão o que sempre imaginava que, se ele, sendo a pessoa que acho mais desprezível do mundo, continuar com o que ele fazia eu sentir a sensação que aprendi a detestar com todas as minhas forças, eu morreria logo.

Esses é um dos sentimentos mais duro e doloroso que alguém pode sentir, principalmente se for sobre algo específico, algo privado, assim como o meu; que é o medo.

Meu cérebro é ativado, inconscientemente, causando substâncias pelo meu corpo; minhas sombrancelhas ficam levantadas, boca entreaberta e a testa, levemente franzida. Minhas mãos já não estão se movendo, perderam totalmente as forças.

O ar arranha meus pulmões quando não estou sentindo a falta dele. Engulo falhamente em seco, sentindo um gosto estranho na minha boca.

Quero virar. Quero ficar de frente, para tentar barrar de fazer qualquer coisa. Mas, ao mesmo tempo que uma parte de mim quer isso, a outra deseja permanecer com meus pés fincados no chão, para não ver o rosto da pessoa que é o culpado por todas as coisas ruins. Que é o culpado por, literalmente, ter feito eu ter medo da minha própria sombra.

Com meu corpo todo trêmulo, vou me virando, aos poucos. Esses pequenos segundos, se tornaram uma eternidade. Um emaranhado de pensamentos imperfeitos e desconexos, aluga um espaço nada preciso na minha cabeça. Não consigo raciocinar nada coerente quando termino de me virar por completo.