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“Perguntas sem respostas é uma droga!”

Josh 🏈

Perdi a cabeça. Não era para eu ter endurecido meus pés no chão. Para mim, ele me desafiou durante todo o jantar, estou ficando louco. Ele está me olhando, sem saber o que falei aqui. E eu não preciso me virar para saber que Stella não deve estar com uma expressão boa para mim.

Não quero ser desculpado, mas sinto um desconforto dentro de mim. Posso não ter feito a revisão das minhas palavras e agora todos sabem que eu fiquei reparando no jeito em que ele olhou para ela. A Stella vai ficar brava comigo, mas não consegui segurar.

No meio da minha frustração, ouço o som da risada de Théo. Ele está achando graça de toda a situação. Descongelo os punhos. Alivio eles juntos com os ombros. Raspo a mão na mandíbula ainda tensionada. O ar em meus pulmões ficam tranquilos. Mudo a direção dos olhos.

— Me desculpem Sr e Sra. Jhonson, mas vou ter que ir agora. Com licença — falo e deixo a casa dos Jhonson's.

Respiro fundo, com as mãos abaixo do quadril. Inspiro mais uma vez com os olhos fechados. Expiro forte. A voz de Stella me chama. Não consigo diferenciar agora se ela está brava ou só quer que eu pare, mesmo eu estando  parado, a sua espera. O toque dela em meu antebraço me tira do meu sufocamento. Pensar em quatro coisas ao mesmo tempo, é uma barra.

— Josh. — Vira o meu corpo. — O que foi aquilo?

Prendo os lábios e balanço a cabeça.

— Não foi nada.

— Como não? — Fico em silêncio. — Por favor, não vai me dizer que falou aquilo pra ele de propósito! Eu sei que você não é assim.

Inclino o pescoço. Não abro totalmente os olhos para olhar para Stella. Encarar ela agora é como misturar o constrangimento que a fiz passar com o que ainda não contei para ela. Estou omitindo algo para Stella, e o que aconteceu há quatro minutos me recordou que tenho pendências para tratar em uma conversa com a minha namorada. Se eu não dizer o que senti de verdade para eu ter aquele comportamento, pode aumentar o meu sentimento de culpa neste momento. Tenho que organizar os meus pensamentos que saíram de repente com a dose de raiva que o sentimento de fragilidade me fez ter.

— Eu... — Chuto uma pedra incoveniente. Isso é chato. — Eu senti um pouco de ciúmes de você durante o jantar.

— O quê...

Dou meia volta com a cabeça para cima e mãos apertadas dentro dos bolsos.

— Eu sei! — Junto as sombrancelhas. Giro nos calcanhares e estou de volta para Stella com um semblante curioso. — Posso não dever. Isso porque eu confio em você, meu amor, mas... — Pressiono os músculos dos olhos e do maxilar. Consigo encarar e ela presta atenção, atenta. — Somente em algumas partes, eu não confio no Marco.

— Ele me ajudou, Josh...

— Ele pode ser um bom psicólogo, o que não dúvido, Stella. Mas não confio nele quando o assunto é ficar te encarando quando vocês não estão conversando. Por que ele faz isso?

— O Marco... Ele ficou me encarando?

Tenho que baixar a guarda. Ser um ótimo jogador, não inclui passar a rasteira no adversário. Suspiro. Seguro as mãos de Stella.

— Não assim...

— Mas você parece nervoso, Josh. Há tempos não te via assim. Está acontecendo mais alguma coisa e que não me contou?

Fito nossas mãos. Meus dedos enfrentam duas linhas ósseas, que suspiro enquanto penso nas coisas que aconteceram na minha antiga casa, no shopping e no escritório do seu Jorge.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora