Te Irrito porque te Amo

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“Fazemos o nosso relacionamento valer a pena sem esforço algum.”

Stella 😠

Antepenúltimo dia das nossas férias. Já estou com saudades. Essa cidade está começando a se tornar a minha preferida. E os meus melhores e piores dias estão andando lado-a-lado na questão das vezes de quando pisei os pés aqui.

Desço os olhos pelas prateleiras da maior loja de Forks, mesmo ela ainda sendo um pouco pequena em consideração as que eu já frequentei. Entretanto, consigo gostar dela mesmo assim. Os funcionários são ótimos! Como sempre diz a minha mãe quando sai de alguma loja de roupas, ou de presentes. Para ser sincera, praticamente não importo com a socialização de quando vou fazer algumas compras. Ao contrário da dona Maria Victória, que faz amizades até com os animais de estimação dos clientes.

Um suspiro rápido e frustrado, sai entre meus lábios. Esse pensamento ligeiro, me fez pensar na caminhada em círculo na praça perto de casa, que ainda não fizemos. E está me fazendo olhar para minhas mãos e perceber que elas estão totalmente limpas da noite aleatória do bolo de trigo. Os sermões sobre a escola, ainda estão intactos — sempre esteve —, pois isso acontece todos os dias.

O impressionante, é que não importa se estou a vários quilômetros de suas vistas. Como sabe que continuo — pouco — estudando aqui, através dos arquivos no notebook, minha mãe quer me incentivar nos estudos do jeito dela.

Amo tanto a minha mãe, que as vezes eu me critico pela fase horrível que tivemos no início do segundo casamento dela. Do nosso afastamento. Mas eu também me vanglorio por querer, mesmo parecendo que já está tudo perfeitamente nos trilhos, retornar a como era. É. Acho que as mensagens da semana da escola, estão realmente sendo úteis.

O vidro fino não entra em contato com a minha pele totalmente, por eu estar de luva. A cesta vermelha ganha uma tinta. Verde fluorescente ou toscano. Não sei distinguir de cara qual é a cor. Mas é uma que minha mãe estava querendo. E através das várias pesquisas, ela é originada de Washington; foi o que ela me disse na última ligação. Sabia que eu iria encontrar aqui em Forks. Ela, além de Decoradora, também dá dicas das cores das paredes que combinam com a decoração que ela inquire ao cliente da vez.

Coloco, com cuidado, mais duas na cesta. A tinta é apenas para demonstração. Viro a esquina e vou para outra seção pegar duas mechas rochas de cabelo para a minha tia Stéphanie e outros presentes para tia Scarlett, Madá, meu padrinho e a Letícia. Compro até uma lembrancinha para Marco; como não o conheço o suficiente, não sei se vou acertar e nem se ele vai gostar.

Depois de pago, vou para uma loja no outro quarteirão. É a hora de comprar algo para Josh, mesmo ele estando comigo nesta viagem. Procuro por várias prateleiras e é no último corredor que encontro uma coisa que é literalmente a cara dele, e que só vou entregar na volta.

— Obrigada — agradeço a mulher.

Entro super rápido no carro, colocando as sacolas de papel no banco direito. Minha respiração está suspirando e feliz por ser uma motorista. O canto da janela, perto do banco, é apertado quando descanso a cabeça nele. Abraço meu corpo que deixei de lado e com os pés nos bancos — o meu casaco está por baixo deles.

A movimentação do carro, deixa o centro das minhas emoções em ação. Tenho que balançar instintivamente a minha cabeça para frear o carro desgovernado que está dentro dela. Quando é a vez do automóvel frear, mesmo todo o meu corpo estando em movimento, pago a moça. Só dois segundos depois que percebo que esqueci as sacolas no banco. Recolho todas, pressiono minha digital, subo para o andar que estamos.