Josh 🍻
Hoje, definitivamente, vai ser a porra de um dia chato - não vou nem querer usar o meu otimismo. Estou pensando isso, não só pelo o motivo que não vou vê-la pelo o resto do dia. E sim, porque o Jorge já começou a me ligar, desde manhã até agora.
Não faço ideia de quantas vezes ele já estragou o meu dia me ligando, para falar de um assunto que é proibido. Eu mesmo que proibir a droga desse assunto. Mas parece que ele finge, e simplesmente dá de ombros para o que eu ainda sinto em relação a isso.
Não importa quanto tempo passar, sempre irei me lembrar de todos os momentos de tristreza que a minha mãe passou ao lado do meu pai. No silêncio, escuto seu choro abafado depois de uma agressão física. As marcas roxas estampadas em seu rosto delicado, as vezes, aparecem em meus sonhos.
Ninguém entende a dor que me causa, quando, em qualquer assunto, a minha mãe é mencionada. Já fazem praticamente cinco anos, e... Caralho! Para quê ficar me ligando querendo conversar sobre isso?
Eu já disse na primeira vez que eu atendi - já que eu não sabia qual era o assunto -, sobre isso, não tem a droga de conversa nenhuma. E não pretendo repeti-lo outra vez.
Com o dedo, pressiono o botão vermelho e guardo o celular no bolso, já saindo do colégio por completo. Coloco o capacete, subo na moto e arranco com ela. Vou pilotando, pensando na mensagem que o Jorge me mandou, já que eu não estava atendendo as suas ligações importunas. Preciso de uma resenha com meus amigos depois do treino que iremos ter hoje.
Coloco a moto na garagem e depois subo para o meu quarto. Tiro a roupa e fico por baixa da água gelada, aproveitando cada segundo e ignorando o toque alto vindo do celular, anunciando que alguém está ligando. Claro que é ele.
Saio do banheiro, me visto e vou para a cozinha, logo depois de ter desligado o aparelho e colocado no bolso.
Encho o copo com água e sento, encurvando o corpo e me inclinando para frente.
— Ele não para de me ligar — comento, quando vejo Madá entrando no cômodo.
Ela arrasta a cadeira e se acomoda ao meu lado.
— Já pensou no que ele te disse?
Retorso os lábios e começo a repensar na pergunta dela. Sim. Eu já pensei no que ele pediu. E quão filho da puta ele foi, ao interromper a própria lua de mel para ficar me ligando e falar as poucas coisas que eu permiti, antes de eu encerrar a chamada e começar a ignorar todas as que vieram depois dela.
— Sim. E a resposta é não - simplesmente respondo.
A Madalena se conteve com essa minha resposta sem justificativa — mesmo eu tendo várias a respeito disso. Ela apenas se levanta e, em seguida, diz:
— Bom, meu filho. Eu não vou mais me intrometer nessa conversa de vocês.
Aperta meu ombro e depois vai em direção para o fundo da cozinha. Termino de beber a água e coloco o copo na pia.
Tiro a moto mais uma vez da garagem e vou para o treino. Já chego indo para o vestiário e troco de roupa.
Quinze minutos de treino...
— Quem diria que o Biu iria faltar o treino, para ficar na casa da mulher que ele quer ficar.
— Futura namorada, Janjão — Paulo corrige.
— Eu que não me prendo a mulher nenhuma — Janjão anuncia, sentando no banco do bar.
Pedimos nossas bebidas e ficamos conversando sobre o jogo que terá em dois dias, contra os Búfalos, que não é tão ruim assim.
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Te Irrito porque te Amo
Ficção Adolescente⚠️ALERTA DE CLICHÊ ⚠️ O casal mais fofo do Wattpad. O bad boy mais fofo do Wattpad. Dois jovens, uma única história. Stella: Uma adolescente marrenta, que não gosta nada da idéia de sua mãe se casar de novo, e com o seu padrinho. E para piorar, ela...