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Stella 😠

— Nada disso, Mara. Você não pode fazer a cambalhota dupla, pode comprometer as meninas. Principalmente a Letícia e a Madisson.

Ela cruza os braços.

— Stella. Você ficou meses fora do Red Fire, não vem dar uma de capitã aqui.

— Eu sou a capitã. E outra; já conversei com os diretores sobre a minha ausência no time, e olha. — Ergo os braços no ar. —, eu ainda sou a capitã do Red Fire. Mas se você está pensando em sair do time... não vejo obstáculos.

Não é a primeira vez que a Mara quer fazer tudo o que tem vontade. Como a capitã, tenho que sempre ouvir as meninas, e é isso que eu faço sempre. Mas ela realmente não entende.

Termino de fazer os últimos ensinamentos, para ficar tudo certo; principalmente as palmas que têm que juntar os cotovelos e, claro, serem em unissolo. Desejo uma boa animação e elas começam a sair do vestiário feminino.

— Amiga, eu estou nervosa — Letícia murmura. —, eu ainda não acostumei animar sem você.

Pego em suas mãos e aperto-as.

— Vai dar tudo certo. Quando foi a vez que o nosso time falhou? Hum? Nunca!

Seu semblante muda quando suas sombrancelhas se abaixam.

— Pelo menos você é otimista para isso... — Reviro os olhos. — A Mara...

— O que tem ela? — Franzo o cenho.

Minha amiga tira as mãos da minha e começa a passar elas em seus fios ruivos, e depois, consertar os óculos.

— É... nada, não.

Estreito os olhos.

— Tem certeza, Letícia? Porque se ela estiver fazendo algo, pode me dizer que eu resolvo.

— Não é nada, Té.

Espero que não seja nada mesmo. Eu conheço a Letícia, sei que ela quer me falar algo. Mas, hoje tem jogo, animação... Se eu começar com o interrogatório, minha amiga vai ficar nervosa e não vai nem conseguir dançar. Então, é melhor deixar para outra oportunidade.

Abraço ela e bebo bastante água antes dela ir se posicionar nos primeiros assentos da arquibancada, e, antes de eu ir para o vestiário masculino.

Entro e procuro o Josh com o olhar. Ouço alguns murmúrios dos jogadores dos Dragões, mas não me importo nem um pouco.

Abro um pequeno sorriso quando vejo o idiota do Josh vindo em minha direção. Josh pousa a mão direita no fim das minhas costas e me direciona devagar, até a porta, me dizendo:

— Vem aqui pra fora, Costela.

— Boa sorte no jogo de hoje — desejo de imediato.

Agora com as duas mãos em minha cintura, ele aperta sutilmente e chega meu corpo um pouco para o dele. Deixo as minhas mãos perto de suas clavículas.

— Obrigado — agradece em um sussurro, com sua boca pressionando a minha.

Afasto nossos lábios, mas ainda estamos praticamente abraçados.

— As meninas vão arrasar.

— Os meninos também — rebato.

— Gonsales, em dez minutos — o treinador dele anuncia e volta para o vestiário.

Josh revira os olhos.

— O que foi?

Ele nega a cabeça de leve.

Te Irrito porque te AmoOnde histórias criam vida. Descubra agora