Me ensina como te beijar? (12)

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Senti meu corpo se inebriar de uma sensação maravilhosa. Uma sensação incrivelmente estranha.
Ela apertava minha cintura como se quisesse nos tornar apenas em uma só.
Ela forçou sua língua, mas eu recuei, por medo.

- E- Eu não sei...

- Se deixe levar, ruivinha.

Ela se levantou comigo em seu colo, passando a mão por sua mesa jogando todos os papéis no chão. Me sentando ali, ela torna a ficar no meio de minhas pernas, atacando novamente minha boca.

- Lila... - Ela parou e olhou em meus olhos.

- O quê? Você não quer? - Ela tirou suas mãos do meu corpo.

- Me ensina como te beijar?

Ela não esperou mais, novamente se apossando de meus lábios. Apenas sentia seus lábios nos meus, em movimentos lentos, enquanto sua mão percorriam por minha coxa e cintura sem o menor pudor.

Ela pegou em meu maxilar, quase forçando-me abrir a boca, e então senti sua língua na minha, junto, uma corrente calorosa de eletricidade. Sem muito tempo para pensar em o que fazer, eu seguia seus passos, explorando sua boca assim como ela fazia com a minha. Levei uma de minhas mãos em sua nuca, e a outra, sem saber direito o que eu fazia, entrou por dentro de sua camisola, subindo cada vez mais.

A senti perder o controle, tomou toda a liberdade deixando aquele beijo violento, com mordidas e chapadas nos lábios. Suas mãos que antes eram lentas, agora apertavam meu corpo como se quisesse marcar cada curva na palma de suas mãos. Ela entrou com sua mão por dentro do pequeno short de seda que eu usava, apertando firmemente minha bunda, me puxando mais ainda contra seu corpo o que me fez deitar naquela mesa.

Finalmente pude abrir meus olhos, vendo ela ofegante assim como eu, então percebo que minha mão já estava praticamente no meio de seus seios, e quando a mesma também percebeu soltou um sorriso de canto. Curvando seu corpo, a mesma se pôs em cima de mim, forçando seus seios contra os meus dando beijos molhados por meu pescoço.

- Respira e solta sua respiração. - Ela disse acariciando minha coxa - Se soubesse o quanto desejei isso.

A vi descer os beijos, e perto de meus seios ela sorri.

Como assim?

Ela deseja a aquilo?

Que história é essa?

Suas palavras rondavam minha mente quando novamente seus lábios tomaram os meus. Marília entrou com sua mão novamente em meus cabelos, e dessa vez, me beijando intensamente, o que fez meu corpo imediatamente procurar por mais contato, rebolando em sua cintura, dando um leve atrito em nossos sexos. Ela desceu sua mão, entrando por dentro do pequeno short, e quando pude sentir seus dedos passarem por meu ponto sensível fomos interrompidas por alguém nos chamando.

- Marília, Maiara?

Rapidamente nos levantamos arrumando nossas roupas e cabelos. Marília na tentativa de disfarçar foi juntando os papéis no chão e eu tentei ajudá-la.

- O- Oi, metade? Está... Está tudo bem?

Marília continuava na tentativa desesperadora de juntar tudo que havia jogado no chão e arrumar seus cabelos ao mesmo tempo.

Por que estava tão nervosa? Era para eu estar assim...
Não que eu também não esteja. Minha irmã me pegou aos beijos com uma mulher bem mais velha que eu, prestes a fazer o que não deveríamos.

Me abaixei para pegar alguns objetos para ajudá-la, então a olhei nos olhos, vendo suas pupilas dilatarem. Seus lábios estavam vermelhos, assim como suas bochechas.

Naquele olhar me perdi.

Meu corpo desacelerou qualquer movimento, incluindo a procura dos objetos, então, sem se quer desviar seus olhos dos meus, Mendonça vai subindo lentamente sua mão em cima da minha, fazedo um carinho delicioso.
Ela sorriu.. Sorriu feito uma princesa. Lentamente foi desviando seus olhos para nossas mãos, agora com os dedos entrelaçados.

Meu coração estava disparado. Vê-la em minha frente com aquele sorriso e nossas mãos juntas era como hipnose, e era ela a hipnoterapeuta. Ela arrancou todo o medo que havia em mim com aquele simples olhar meigo e dominado de desejo.

- Maiara! - Minha irmã puxa meu braço.

Relutei para não tirar meus olhos dos seus, assim como ela, que procurou os meus até o último segundo. Enquanto eu era levada dali, pude ver seu sorriso ir morrendo aos poucos.

Masaísa me levou até seu novo quarto, me jogando na cama e trancando a porta.
A briga viria, mas eu estava em um êxtase tão perfeito que apenas me joguei na cama sorrindo como uma idiota.

- Você ficou maluca, Maiara? - Perguntou ela, alterada.

- Deixe-me, Maraísa!

- Como deixou que ela lhe tocasse desta forma? Ela estava abusando de você! Meu Deus, Maiara! E se ela fizesse algo mais a fundo com você?

"Eu adoraria" - Foi o que pensei.

- Como você mesmo disse: Eu deixei! E se fizesse, qual problema? Eu daria liberdade, assim como dei para o beijo.

- Você nunca beijou ninguém, Maiara!

- Ela é uma ótima professora quando se trata de beijos.

- Claro, é apenas isso que ela quer! Ela vai te conquistar, te estuprar e quem sabe até te matar.

- Cale-se! Apenas cale-se! Marília não estaria abusando de mim, ela teria meu consentimento...

- Foda-se o seu consentimento! Você ainda vai fazer quinze anos, ela irá fazer vinte e um. Isso é abuso!

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