O Leilão | Mailila

Prazer, Marília Dias Mendonça (73)

Marília:

Passou alguns dias desde que pedi a moranguinho em noivado. Fiz questão de trazê-la para minha casa e pedir a transferência de todos os seguranças que antes trabalhavam comigo. Paguei um absurdo apenas para trazer todas as suas coisas para o Brasil para não ter chances dela inventar qualquer desculpa.

Eu não podia estar mais feliz...

Já se passavam de dez da noite quando eu cheguei em casa. Estava tudo escuro por isso julgo que todos estavam dormindo. Fui até a cozinha e comi qualquer coisa que fosse prático, deixei a louça na pia e subi tirando o blazer que vestia por cima do vestido. Passei no quartinho do meu pequeno apenas para lhe desejar uma boa noite de sono e dar seu beijinho de todas as noites, indo para o meu. Entrei bem devagar para não acordar minha noiva, tirando os saltos ali mesmo para não fazer barulho e os deitei ao lado da porta.

Sorri ao vê-la abraçada com meu travesseiro de olhinhos fechados.

- Chegou tarde hoje, meu Amor. - Ela disse.

Não me assustei, apenas abri ainda mais o sorriso. Maiara sempre me esperou chegar não importasse a hora ou mesmo se estivesse com muito sono. Eu amava isso nela.

- Muito trabalho, minha pequena.

Fui até ela lhe dando um beijo na testa e um selinho demorado.

- Eu vou apenas tomar um banho e venho para dormirmos.

- Tudo bem, amor. Só não demora.

- Prometo. - A dou mais um selinho.

- Amo você.

Foi impossível não enche-la de beijos desta vez, a vendo sorrir.

Depois de um bom banho, me deitei nua mesmo. Deitei atrás dela, puxando seu corpo ao meu e a aconchegando em meus braços.

Tínhamos o custume de dormir nuas, não sei porquê. Talvez seja por todas as noites que fazíamos amor e adormeciamos sem tomar banho. Não sei. Mas uma coisa é certa: Era uma delícia.

Aquela bunda enorme se encaixou perfeitamente na minha conchinha, enquanto minha mão foi ao encontro de seus seios, pousando ali.

- Você nunca perde o custume, né?

- O melhor lugar pra deixar minha mão descansar.

Ela virou seu rosto para mim e sorriu.

- Eu estava com saudade. - Disse fazendo carinho em meu rosto.

- Eu também, moranguinho. O dia hoje foi tão corrido que eu tive que engolir a comida, não consegui te ligar, mas você em nenhum segundo saiu dos meus pensamentos. Eu não via a hora de vir logo pra casa.

- Tudo bem, eu desculpo. Mas só desta vez! - Ela ri.

- Veja pelo lado bom: Amanhã é sábado, e domingo eu estou de folga.

- Eu e Léo não vamos deixar você descansar.

- Tudo bem, eu topo essa bagunça.

Ela sorriu.

Peguei seu rostinho com delicadeza e a beijei com todo o meu amor.

A última semana havia sido bem corrida e a próxima seria ainda mais. Eu saia antes que todos acordassem e voltava já quando ela estava prestes a dormir, mas mesmo cansada de um dia irritante e cheio, eu dava atenção pra ela, se Léo tivesse acordado, eu brincava com ele e o colocava pra dormir.

Me sinto um pouco mau, afinal, acabei de noivar e mal estou dando atenção pra minha futura esposa, mas eu preciso ajeitar todos os projetos agora pra não trabalhar um segundo se quer quando formos para a lua de mel. Eu quero que seja somente eu e ela longe de tudo que nos dê dor de cabeça.