O poder que você tem sobre mim (56)

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Maiara me olhou meio surpresa, e o menino deu um sorriso de canto se levantando.

- Você que não é, né? - Ele riu. - Porque pra ficar com você só com interesse no que você tem na conta.

O olhei calada, sentindo Maiara pegar minha mão delicadamente.

- Aliás, alguém avisa essa criança que Barbie é de menina? Ele virou viado? - Ele disse e saiu rindo dali.

Não fiz nada com ele, e sim com a família.

Pedi para os seguranças retirarem todos, e não com formalidade, e sim de um jeito que passassem muita vergonha. Sua família era muito bem falada por Veneza, ser expulso de uma festa assim vai ser ótimo para o currículo!

Me sentei novamente com a cara fechada e bebendo todo meu vinho. Todas me olhavam sem entender.

Eu odiava o fato de qualquer pessoa chegar perto dela, mesmo sabendo que não tenho qualquer direito de sentir toda essa raiva. Odiava saber que talvez ela possa dar brecha no futuro e me esquecer, ou que aquele moleque quando a olhou imaginou ela sem roupa e o quão bom era sentir seus lábios.

Sorri ao ver sua família ser expulsa vergonhosamente sem entender nada, então o olhei tomando mais um gole do vinho e pisquei para o mesmo.

- Marília, o que você fez? - Maiara perguntou.

A olhei rapidamente tentando entender o porquê de me chamar pelo nome e com o tom raivoso.

- Eu não fiz nada!

- Está na cara que isso é coisa sua. O que deu em você?

Fiquei calada.

Eu não iria assumir que estou com ciúmes da minha "Namorada". 

- Marília eu te fiz uma pergunta, responda!

- Esquece esse assunto.

- Por que quando se trata de mim você faz coisas absurdas? O garoto não fez nada demais.

- Não fez nada demais, Maiara? Ele estava dando em cima de você, chamou meu filho de viado. - Aumentei o tom de voz, sem olha-la.

- E precisava agir como criança mimada?

- Quer que eu chame ele de novo? Se quiser pago até o motel. Me poupe, Carla! - Me levantei.

- Onde vai?

- Não interessa! Por que não vai atrás daquele pirralho? Melhor do que vir atrás de mim.

Terminei de beber meu vinho em uma única golada, saindo dali em direção ao banheiro, onde logo entro e paro em frente ao espelho, com as mãos apoadas na pedra branca. Me olhei fixamente ali, ouvindo a porta ser aberta novamente e a ruiva aparecer ali.

- Por que falou comigo daquele jeito?

- Por que você se faz de sonsa? Até cego vê, Maiara!

Ela ficou calada.

- Porra! Porra! Porra! - Xinguei batendo na pedra de mármore.

- Ei, para, assim você vai se machucar. Pode realmente me explicar do que está falando?

- Descubra sozinha! Cansei de tentar demonstrar demais e você se fingir de desentendida.

Ela não disse nada, apenas se aproximou, deixando minhas pernas bambas e respiração falha. A cada passo para frente que ela dava, eu dava um passo para trás, com medo de esbarrar em algo, ou talvez com medo de que ela chegasse mais perto. Sentia meu coração disparar, minhas mãos gelaram. A cada passo era um surto diferente. Essa menina me traziam sensações de outro mundo.

Bom, do jeito que meu peito está doendo, as mãos trêmulas e a respiração falha, eu julgo que estou tendo um infarto, se for amor eu estou ferrada!

Minhas costas bateram na parede gelada, arrepiando meu corpo quente, e com mais um único passo, seu corpo se chocou com o meu, me dando a incrível sensação de dividir o mesmo oxigênio que ela, sentindo seu hálito quente de vinho.

Seus dedos delicados vieram ao encontro do meu rosto, fazendo carinho ali. Eu já não lembrava porquê estava brava ou com ela ou com qualquer pessoa. Aqueles olhos cor-diamente me tiravam de órbita.

- Não é que eu esteja me fazendo de sonsa... É que você sabe que eu sou lerda pra perceber as coisas.

- Eu... - Meus olhos caíram para seus lábios sem qualquer permissão. - Você fode comigo, Maiara! E lhe garanto que não é só na cama. - Peguei firme em sua cintura, puxando seu corpo mais contra o meu.

Com aquele olhar provocador ela começou a passar seus lábios macios nos meus, misturando nossos batons, fingindo que me beijaria, sua língua brincava ali. Eu já implorava por seu beijo, minha boca salivava pelo gosto da boca dela, mas eu estava completamente vidrada naquilo que ela estava fazendo. Ela estava fodendo ainda mais meu psicológico!

- E qual outro jeito eu fodo com você?

- Em todos possíveis... - Sussurrei.

Dito isso, minha única opção foi adentrar com os dedos em seus fios ruivos e pegar firme em sua cintura, a beijando com desejo, vontade, amor.

Suas mãos ousadas puxaram a saia do meu vestido, deixando minha bunda exposta para que ela a apertasse e se deliciasse, já a outra, acariciava minha nuca de um jeito arrepiante. Nossas línguas brigavam por liderança, enquanto nossas mãos passeavam com obsessão em nossos corpos.

Nada era melhor do que sentir o gosto de vinho vindo de sua boca, ou o cheio bom que sua pele exalava.

Eu amava tanto ela...

Não pude evitar, a peguei nos braços e a coloquei em cima da pedra ficando no meio de suas coxas e me deliciando com a visão da sua pequena lingerie já que seu vestido já se encontrava em sua cintura. Ela não era diferente, uma de suas mãos se encontravam dentro do meu sutiã, se aproveitando da situação.

O jeito que Maiara me tocava me deixava tão molhada.

- Vamos pra casa... - Sussurrei contra seus lábios.

- Qualquer lugar que eu possa ter você eu vou. - Ela me beija novamente.

[...]

Como já era de se esperar, eu e Maiara fizemos amor o resto da noite, dormindo nuas ainda com o suor de uma noite quente no corpo. Eu não quis tomar banho, não quis me soltar dela um só segundo, eu só queria aproveitar cada momento, cada mísero segundo ao lado dela. Poder admira-la enquanto dorme como um anjinho, seus sorrisos durante o sono, as frases perdidas de um sonho bom. Era irresistível vê-la dormir. Eu me sentia a pessoa mais feliz ao lado dela, mais ainda por saber que meu filho dormia no quarto ao lado.

Era uma sensação incrível!

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