Uma vadi@ obediente...(46)

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Me encontrava apoiada em uma das paredes do enorme salão, enquanto via aquele pedaço de mal caminho descendo até o chão com um short jeans que deixava metade daquela bunda enorme amostra, um cropped preto de manda longa e com puta decote que me tirava a sanidade. Sua irmã e amigos a acompanhavam na dança, com copos na mão e sentindo a vibe da música alta.

Os sócios falavam e falavam em meu ouvido, mas eu nem me dava o trabalho de ouvir. Estava perto da meia noite, faltavam apenas quinze minutos. Pedi para que o DJ anunciasse que teria a famosa queima de fogos em frente a mansão, e todos se apressaram lada ir até o local, já eu, puxei Maiara para mim.

- Vamos logo.

- Não! Você vai ver de um lugar especial. Vem, corre porque precisamos ser rápidas.

Ela me olhou confusa mas me seguiu. Corremos para dentro da mansão e eu a guiei até meu antigo quarto, que hoje era seu. Subi na cama e procurei o pequeno corte no papel, que logo encontrei, então apertei o botão que havia ali e o teto se abriu.

- Vai ter que se pendurar. Eu te ajudo, vem.

Ela me olhou um pouco nervosa, mas eu a apressei. A ajudei subir ali, a empurrando para cima, logo, me pendurei ali e fazendo força nos braços consegui subir, puxei a fechadura e fechei a pequena porta "secreta" a puxando novamente até o final daquele "cômodo".

- Que lugar é esse?

- Foi que onde eu me escondi quando os políciais invadiram a casa e levaram meus pais.

Abri a porta que dava diretamente para uma sacada discreta, e saímos dali. Faltavam apenas um minuto.

Eu decorei todo aquele lugar com a ajuda dos meus pais e do João, era o nosso lugar preferido. Havia um enorme sofá ali, televisão, livros, piano... No chão, um tapete de veludo acinzentado que cobria todo o piso,algumas bonecas que eu costumava brincar quando criança, fotos da família espalhadas e o teto era coberto com telhado de vidro, o que dava a visão de tudo em volta da casa e um pouco da cidade. Ali de noite era o local mais lindo.

A puxei para mim, a pondo em minha frente e abraçando-a enquanto beijava seu ombro. Fui até seu ouvido e em sussurros fiz a contagem regressiva.

Seus olhos brilharam ao ver tantos fogos em todo o céu, se misturando com as estrelas. Era de diversas cores, estilos e até barulhos. Ela estava sorrindo atoa.

- Feliz ano novo, minha pequena. - Digo beijado seu pescoço suavemente.

- Feliz ano novo, mamãe!

Ela se virou para mim, e foi impossível não encosta-la na parede de vidro e beija-la.

- Será que agora posso ganhar meu presente? -Ela sussurrou em meu ouvido. 

- Não só pode como deve!

Me afastei dela e fui até o sofá, onde aviam dois buquês de flores brancas. Dentro de um, havia uma caixinha, e dentro de outro, não havia nada.

- Escolhe um e veremos se vai me ter.

- Ah não, loira... - Disse manhosa. - Fazer amor com você na primeira madrugada do ano depende da minha sorte?

- Sim. - Toquei a pontinha de seu nariz sorrindo. - Vamos, escolha um.

Ela suspirou. Ainda meio contrariada, ela analisou cada um dos buquês, mas não a deixei tocar. Ela procurava algo, mas era impossível perceber, eu havia escondido muito bem. Bufando, ela pegou o buquê da direita.

- Hmm... Talvez tenha sido uma boa escolha. - Digo pondo o outro no sofá.

- O que tem dentro?

- Tire as flores e descubra se tem ou não algo.

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