Em frente a casa de minha irmã, Marília respirava fundo mantendo seu alto-controle. As portas são destrancadas então saimos. Marília se direcionou até a porta da casa e parou ali.
- Chama? - Ela quebra o silêncio.
- Uhum.
Com o punho, dou três batidas na porta e chamo pelo nome de minha irmã. Logo, a porta é aberta por meu cunhado.
- Oi, balada. - Ele disse sorrindo.
Seu olhar se direcionou para a mulher ao meu lado, a olhando de cima à baixo, parando em seus seios.
- Maraisa está? - Pergunta a loira.
- N- Não... - Ele gagueja desconfiado.
Marília não pediu permissão, apenas saiu entrando dentro da casa e eu fui atrás, escutando o homem brigando conosco. Marília rodou a casa - que não era tão grande- e ao chegar no quarto, abriu a porta sem bater, vendo minha irmã sentada no chão encolhida e chorando em silêncio.
Me bateu um desespero enorme, fiquei imóvel sem saber direito o que fazer. Já a loira, com toda a delicadeza e calma, se abaixou em sua frente levantando delicadamente seu rosto limpando suas lágrimas.
- O que houve? - Ela pergunta.
Antes que minha irmã respondesse, percebi os olhos de Marília se direcionado as marcas que haviam no corpo de minha irmã, olhou sua barriga e respirou fundo.
- Ruiva, pega o mínimo de coisas da sua irmã e põe em uma bolsa. E você, levante-se!
- Eu não...
Marília se levantou e estendeu a mão para a morena, que pegou e se levantou pondo a mão em sua barriga..
- Ajude sua irmã. Eu vou resolver uma coisa. - Ela disse e saiu do quarto.
Olhei para Maraisa e a abracei forte, logo sentindo suas lágrimas molharem meus ombros.
Os gritos nos assustaram...
O abraço ficou mais apertado passando segurança uma para a outra. Maraisa chorava como uma criança em meus braços.
Marília:
Ver tantas pessoas me ameaçando sem nem saber se eu realmente estava ali dentro me corroeu por dentro. Uma dor absurda e infelizmente acostumavel. Sim, eu havia me acostumado com tais ameaças de morte, com os pedregulhos que eram jogados em minha janela na maioria das noites, entre outras coisas horríveis.
E eu só tenho vinte anos...
Acariciando meu peito para amenizar a angústia senti os dedos da ruiva se entrelaçando nos meus, e então aquilo de certa forma aliviou tudo que eu sentia.
O carinho em minha mão fez com que meu coração palpitasse agora de outra forma, uma forma que não não explicar, mas não era por uma dor imensa e inexplicável.Sinal de que sua barreira comigo estava se quebrando e aquilo era ótimo porque agora eu poderia ter uma companheira. Amigas talvez?
Após chegarmos no destino, respirei fundo desejando imensamente que ninguém ali me reconhecesse, então saímos do veículo. A ruiva a chamou e logo a porta foi aberta por um homem.
Um homem nojento!
Seus olhos passaram por todo meu corpo sem qualquer pudor, devorou meus seios ferozmente em seu pensamento e quase babando com aquilo. Que desconforto!
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O Leilão | Mailila
FanficMaiara, uma menina de quatorze anos, doce e muito carinhosa. vem de uma família pobre e rigorosa, porém muito maldosa. Após a venda de sua irmã mais velha, Maraisa, a mesma ficou so em casa com seus país. Sua inocência a fez acreditar que a irmã s...