"Minha Mulher..." (41)

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Depois do café, Maiara foi tomar banho e eu fui dar banho no meu pequeno. Enquanto sua banheira enchia, eu tirava seu pijaminha, meias e a frauda. O coloquei dentro da banheira já cheia e ele começou a brincar com a água.

- A mamãe vai sentir sua falta, meu Amor... - Digo suspirando.

Ele me olhou confuso.

- Do que tá falanu, mama?

- Você vai voltar pros seus amiguinhos, pequeno. A mamãe vai precisar fazer uma viajem...

Não vou falar que eu preciso "abandona-lo" novamente.

- Léo num tem amiguinhos... Eles são maus. - Ele disse emburrado. - Léo que fica cum a mama!

- A mamãe não pode te levar, filho. Mas eu prometo que é só algumas semanas.

- Naum...

- Não torna isso mais difícil, meu amor.

Ele abaixou a cabeça e ficou quietinho... Assim que terminei seu banho, o vesti e deixei ele vendo vídeos no meu celular, enquanto eu tomava banho. Já arrumada, assim que saio do closet vejo a ruiva em minha cama também mexendo no celular.

Léo estava deitado em sua perna com a chupetinha na boca jogando e ela sentada fazendo carinho em seus cabelos. Não pude evitar de tirar uma foto daquele momento, mas com o barulho eles perceberam minha presença ali e sorriram.

- Tirando foto nossa, Mendonça?

- Só pra por no meu escritório. - Faço dengo.

- Nem falo nada.

- O que acham de sairmos para almoçar?

- Acho ótimo. Depois podemos passar a tarde no parque?

- Não... - Digo suspirando.

- Mas... Por quê?

- Tem o Léo. Depois do almoço eu preciso levá-lo ao orfanato.

- Ah... - Ela pareceu se lembrar.

Peguei meu filho nos braços e descemos eu e a pequena de mãos dadas, encontrando Maraisa na sala de estar vendo vídeos sobre como cuidar de um bebê.

Maiara:

- Bom dia, família. - Ela disse nos olhando.

- Bom dia, metade.

- Tão bonitinhas de mãos dadas. Nem parece que gritaram para todos ouvirem ontem.

- Cala a boca. - Falamos juntas.

- E de novo me deixaram tomando café sozinha. - Disse revirando os olhos. - Eu não quero estragar o clima fofo da família perfeita mas lembre-sem que eu estou grávida, sensível. Vocês vivem me deixando de lado no café. - Diz dramática.

- Maraisa, procure outro para os teus dramas, porque hoje não vai funcionar.

- Credo, mal humorada! Nem parece que tive diversos orgasmos ontem.

- MARAISA! - Gritou Marília, tampando os ouvidos do pequeno.

- Foi mal.

Léo olhou para Marília com uma cara confusa.

- O que é ogaxmo, mama? - Ele perguntou inocente.

Marília olhou para Maraisa com fogo nos olhos, e logo em seguida me olhou perdida, olhou para o menino como se estivesse procurando uma resposta valida e rápida, mas talvez não vinhesse nada em sua mente.
Até eu sentia seu desespero, escutava as batidas desesperadas de seu coração sem muito esforço ou silêncio. O menino continuava a esperando responder esperançoso e inocente.

O Leilão | Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora