O caminho certo da felicidade... (52)

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- Os votos foram contatos e recontados. De acordo com as testemunhas, a guarda legal do menino Léo Dias Mendonça será concebida a Marília Dias Mendonça!

Olhei para o juíz ainda desacreditada.

Ele falou mesmo meu nome? Tipo, meu filho agora vai ficar mesmo comigo?

O juíz bateu o martelo e então a assistente social colocou meu menino no chão, que veio correndo até mim. Minha única reação foi abraça-lo com todo o meu amor.

- Meu filho! Meu menino!

Eu chorava como uma criança enquanto o abraçava. Nem lembrava mais de onde estava ou a frente de quem. Eu estava tão feliz, que o levantei em meu colo e o joguei com cuidado para cima e o peguei de volta dando beijos em sua barriguinha escutando sua gargalhada. Mesmo eufórica, eu o beijei tanto que o deixei todo brilhoso com o gloss transparente que eu usava.

Tudo bem, eu ainda não conseguia acreditar que aquilo era verdade, não sabia o que sentia ou o que eu deveria fazer, estava tudo uma bagunça dentro de mim, mas eu gostava daquela bagunça.

Olhei para a minha ruivinha que sorria ao me ver com ele. Ela veio até mim e me abraçou junto ao meu menino, beijando minha bochecha.

- Eu disse que conseguiria.

- Orbigada por confiar em mim. - Digo olhando em seus olhos.

- Eu sempre vou confiar em você. 

Acabo sorrindo como uma boba e saio dali de mãos dadas com ela e meu menino em meu braço e a cabecinha deitada em meu ombro.

Passei o resto da tarde naquele fórum resolvendo mil coisas, assinando mil papéis que deixaria claro que meu filho estava sob minha guarda. Tentaram tirar ele de mim, a moça que se dizia assistente social até cogitou ficar ao meu lado com ele apenas para ser melhor para eu assinar os papéis ou conversar sobre a guarda legal do meu filho, mas eu não quis. Não quis por medo, já não confiava em mais ninguém quando se tratava do meu filho. A cada canto que eu olhava eu via os seguranças me olharem estranho, e isso me fazia apertar ainda mais meu filho em meus braços por medo que o levassem de mim novamente. Não desgrudei dele um só minuto. Em fim assinei o último papel, onde constava oficialmente que Léo era meu filho, literalmente MEU filho.

Agradeci a todos e sai dali com um sorriso bobo enquanto meu filho brincava com meus cabelos, vendo as meninas sentadas conversando alegremente. As chamei e rapidamente elas me seguiram. Fiz questão de pegar na mão da minha ruiva até o carro.

A felicidade era tanta que eu já nem ligava caso descobrissem sobre nós, embora esteja esquecendo de um pequeno ( e grande) detalhe: eu estava em um lugar cercado de policiais, delegados, advogados. Mas tudo bem, nada estragaria minha felicidade. Absolutamente nada!

Entramos no carro e pedi para Fernandes dar partida até o shopping mais próximo, e assim o mesmo fez.

Via Maiara brincar com o meu menino como se não ouvesse amanhã. Ela estava deitada em meu peito, passei meu braço por trás de seu corpo pegando firme em sua cintura, como forma de proteção. Meu menino também se encontrava deitado em meu peito sentado em meu colo, rindo com as cócegas que a ruivinha fazia nele enquanto eu fazia carinho em suas costas. Maraisa digitava no celular com um sorriso bobo nos lábios e eu já sabia com quem ela estava conversando, com a Luísa.

Eu os olhava tão feliz, apaixonada e realizada.

Resolvi entrar na brincadeira e fiz cócegas nos dois, ouvindo as melhores gargalhadas do mundo.

- Pala mama. Pala. - Disse Léo, entre as gargalhadas.

- Por favor, mamãe. - Disse a ruivinha, em meio as gargalhadas também.

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