A mulher da minha vida (82)

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Com o passar dos anos, eu terminei minha faculdade e agora sou chamada por minha esposa de "Advogata". Ela tanto me encheu o saco que resolvemos ter um bebê, e hoje nossa filha tem um aninho e dois meses, a Aurora. Diz Marília que é seu sonho realizado, pois ela é a minha cópia em verão miniatura. O Léo e ela se dão tão bem que as vezes até ficamos com inveja.

Já se passava as meia noite e eu e Marília estávamos no escritório depois de por as crianças para dormir. Eu estudando um novo caso, e Marília resolvendo ações das milhares de empresas dela.

- Aí amor... Eu tô tão cansada. - Reclamei, passando as mãos nos cabelos.

Ela me olhou.

Ultimamente nenhuma das duas estavam descansando direito. Cuidamos das crianças, do trabalho, e esquecemos de nós. Tem um mês que não sabemos o que é sequer um beijo mais quente. Só que nosso carinho, e a conexão nunca mudam... Isso é incrível.

- Vamos deixar o resto para amanhã amor. - Ela disse desligando seu notebook.

- Mas amor...

- Não! Você não consegue fazer nada com a mente e o corpo cansado. Vamos vida, tomar um banho, relaxar, descansar e amanhã fazemos isso.

Não retruquei. Desliguei meu notebook e peguei em sua mão saindo do escritório. No caminho para o nosso quarto, ela começou a me exaltar. Ela me afastou um pouco de seu corpo me girando e fazendo um 360 em meu corpo.

- Céus! Eu tenho a Advogata mais linda do mundo!

- Para amor! - Digo ficando vermelha.

Ultimamente não venho me sentindo muito bonita. Melhor, desde que tive a Lis. Meu corpo não voltou pro lugar, meus seios ficaram cheios de estrias e eu engordei bastante.

Fomos pro quarto e tiramos nossas roupas, entrando no box. Mesmo tendo dois chuveiros, eu me agarrei nela, deitando minha cabeça em seu peito sem me importar em molhar os cabelos.

- Moranguinho?

- Oi, amor?

- Você tá bem?

- So cansada amor.

Ela assentiu. Com o maior carinho e sem malícia ela me deu banho. Ela nunca perde essa mania e eu amo. Depois do banho tomado, ela secou meus cabelos, e pediu para que eu esperasse na cama ainda nua. Não entendi, mas obedeci. Ela voltou com um óleo massageador nas mãos, e me pediu para deitar de bruços. Ela se pôs com uma perna de cada lado do meu quadril mas não se sentou em mim, jogou o óleo e começou a massagem.

- Assim eu vou dormir fácil fácil... - Digo já com a voz mansa.

- Pode dormir, Cor de Mel.

Acabei sorrindo.

- Estava pensando em tirar esse final de semana pra nós duas, o que acha, Moranguinho?

- Como assim, amor?

- Damos atenção para as crianças, para o trabalho, e ficamos de lado. Precisamos cuidar de nós também. Um fim de semana longe de trabalho, para descansarmos. Posso deixar as crianças com meus pais. Eles estão morrendo de saudade deles.

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