Posso saber quem é você?(04)

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Após seu lhar fixo em mim por longos segundos, vejo de longe sua boca abrir um pouco e ela olha para os seguranças ao lado das escadas. A mesma estralou os dedos e um dos homens veio até mim, estendendo a mão para mim.

- Huff, mostre o quarto para a mesma, a mande esperar que já voltarei para cumprimentá-la!

A mulher disse e entrou novamente na mansão, sumindo da minha visão.

- Vamos senhorita?

Eu continuei parada, com muito medo.

- Não precisa de medo, Mendonça quer apenas seu bem.

O segurança disse.

Fiquei calada e acompanhei o mesmo, entrando na enorme "casa". Passei meus olhos por aquele cômodo.
A casa por dentro era praticamente toda decorada em um tom preto, com poucos detalhes brancos para destacar.
Parecia ser a sala de entrada, então havia um tapete enorme de veludo branco, e quadros espalhados por ali, da mulher que havia acabado de entrar com outras pessoas. No chão havia pisos brilhantes no tom preto, a casa estava impecável de limpa.

Logo à frente de nós, havia uma escada enorme que parecia se filme, onde a princesa descia ao encontro do príncipe para dançar a valsa com seu futuro marido encantado.

Com a direção do homem, subimos, e andamos até um enorme corredor, indo até o final, onde havia duas portas, uma na frente da outra, então, o homem abriu a do lado esquerdo e me mandou entrar. Não hesitei em obedecer.

Ele fechou a porta e eu olhei tudo aquilo. O quarto era imenso e lindo! Havia uma cama enorme e parecia bem confortável. O piso era coberto por um tapete de veludo branco. Entre um closet vazio enorme ali, cômodas a cada lado da cama, e outras coisas naquele enorme quarto.

Me sentei ali na cama tentando ainda raciocinar o que estava acontecendo. Minutos depois, vejo a maçaneta se mexer e logo a porta ser aberta, vendo uma mulher loira em sua alta classe falando no celular.

- Eu vou resolver um assunto pendente, ligue-me amanhã.

Ela disse a quem estava do outro lado da linha, e sem esperar por respostas ela desliga, deixando seu celular na cômoda e em passos lentos veio até mim, se sentando ao meu lado na cama.

- Bom, vamos começar... Me chamo Marília Mendonça, mas chame do que quiser.

Ela não obteve respostas.

- Seu nome?

Continuo calada.

Se ela acha que vai conseguir alguma coisa de mim, está enganada!

- Bom, já que não quer dizer, vou chamar você de ruiva... Ruivinha.

Ela me olhou nos olhos e lentamente foi subindo sua mão até meus cabelos, fazendo carinho ali. Confesso, era um carinho gostoso, e eu nunca havia recebido isso de ninguém tirando minha irmã mais velha. Ela desceu sua mão para meu rosto, onde fez carinho em minha bochecha com seu polegar.

- Bom, agora você também é dona disso aqui. Não quero que pense que vou lhe fazer mal, ao contrário, só quero seu bem... Uma amiga talvez!?

Revirei os olhos vendo um pequeno sorriso se formar em seus lábios.

- Amanhã de manhã o arquiteto vira para decorar seu quarto. Diga a ele como quer e ele fará.

Disse se levantando indo até a cômoda onde estava seu celular, pegando o objeto.

- Pode decora-lo como quiser, não se importe com o valor. Huff, pegue um vinho pra mim, por favor? -Ela disse ao segurança que estava na porta. - Bom, a rotina lhe passo outra hora, tome um banho, troque esta roupa e lhe espero lá em baixo daqui uma hora. Qualquer coisa que precisar, Huff estará a sua disposição. Ele não sairá da porta de seu quarto.

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