Para sempre nós três! (49)

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Marília:

Me encontrava deitada no peito de Maiara, sentindo seus carinhos enquanto olhávamos o nascer do Sol.
Ainda me perguntava se ela ouviu o que eu havia dito em seu ouvido na hora da dança, já que ainda não tocou no assunto ou não mostrou ter qualquer reação.

Me levantei indo até o banheiro e só então pude olhar todo meu corpo. Seios vermelhos, pescoço marcado, minha bunda estava praticamente em carne viva, e eu estava completamente grudenta de doce.

- Obrigada por pegar leve comigo, querida. - Digo ironicamente.

Escutei sua risada baixa mas não liguei. Entrei em baixo do chuveiro deixando a água cair por meu corpo relaxando ainda mais. Com os olhos fechados deixando a água cair sobre minha cabeça, sinto suas pequenas mãos me abraçando por trás beijando delicadamente meu ombro. Acabo por sorrir daquilo e levo minhas mãos até as suas em minha cintura entrelaçando nossos dedos.

- Me perdoa...

- Por que está pedindo perdão, querida? - Me viro para ela.

Ela me pôs contra a parede nos tirando da água, e fez carinho em seu rosto.

- As marcas... Eu peguei pesado e sei que seu corpo ainda dói.

Fiquei calada.

A vi morder o lábio pelo nervosismo, e lentamente ir parando os carinhos. Ela encostou sua testa em meu colo respirando fundo como se estivesse frustada.

- Está tudo bem.

- Não, não está. Eu perdi o controle, machuquei você.

- Se quiser machucar sempre assim, eu aceito. - Brinquei.

Ela me olhou seria.

- Eu estou falando sério, mamãe!

- Olha só, eu não ligo. Muito melhor ser machucada assim do que do qualquer outro jeito. Pra falar a verdade, você não me machucou, está tudo bem.

- Tem certeza?

- Não estou aguentando andar direito?! Não, mas está tudo bem. - Rio. - Mas foi eu que escolhi, já sabia que aconteceria isso. Cara, você realmente me pôs pra chorar, né?!

- Eu avisei, você não acreditou.

Acabei rindo e ela me acompanhou. Tomamos banho em meio as brincadeiras e mãos bobas, mas não passou daquilo, estávamos exaustas para mais uma rodada. Nuas mesmo, nos deitamos no sofá e dormimos como pedras uma agarrada na outra.

[...]

Não sei ao certo quantas horas dormimos, mas foi o suficiente para acordarmos como se tivesse passado um caminhão em cima de nós. Mesmo com preguiça, nos levantamos e vestimos os hobbys que eu havia deixado ali na noite anterior antes de trazê-la aqui, arrumamos um pouco da bagunça e descemos até nossos quartos, tomamos banho e nos vestimos. Me sentei na cama pegando meu celular e vendo algumas mensagens, e lá estava a mensagem tão esperada...

Apenas consegui ler o início, pois instantaneamente soltei o celular ao ver que a data havia sido marcada e comecei a chorar como uma criança. Peguei o aparelho e desci correndo ao encontro da minha pequena. Quando ela me viu, sua expressão rapidamente mudou para preocupação, e eu só consegui abraçar ela com tanta força que me preocupei em quebrar seus ossinhos.

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