Pegue um bebê, e leve dois... (53)

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Maiara foi tomar banho em quanto eu tirava a roupinha do meu filho e separava nossos pijamas. Nenhum dos três tinha mais sono, eu por felicidade, meu filho por já ter dormido e Maiara só por ainda estar ligada no 220. Quando a ruiva saiu do banheiro, eu entrei com meu filho. Depois de estarmos todos de banho tomado, fui até Maiara e estendi a mão para ela, a entregando uma sacolinha.

- O que é isso?

- É que eu pensei que você iria gostar. - Certamente eu estava vermelha. - Eu vi hoje na loja de bebês e achei que seria legal nós usarmos juntos...

Ela me olhou confusa, mas com um sorriso no rosto. Era um pijama igual ao meu e do Léozinho, de unicórnio. O do Léozinho era azul, o meu branco e o da Mai rosa.

- Mamãe, por que você gosta tanto de roupas combinando?

- É... Eu só acho que... Não sei... Talvez...  - Suspirei olhando para o meu filho que brincava sorrindo com o chifrinho do meu pijama. - Sei lá, eu só acho que quando se trata de vocês eu... Eu só quero ser feliz tendo vocês. Sei que coisas combinando é brega, mas eu gosto de me vestir assim com vocês.

- Posso perguntar uma coisa?

- Já peguntou... - Disse Léo rindo.

- Ei! 

- Bom, por um lado ele está certo. - Digo rindo. - Vai, fala, pequena.

- Por que você é assim comigo?

- Assim...?

- Diferente... - Ela se sentou ao meu lado e me olhou nos olhos. - Age como se fosse apaixo... Como se gostasse de um jeito mais além de mim.

- É... - Suspirei e abaixei a cabeça. - Você realmente não ouviu o que eu falei no seu ouvido naquela dança.

- Hã? O que você falou?

- Nada, Mai. Não tem porquê eu falar isso agora, não faz sentido. - Suspirei. - Espera mais um tempo e saberás.

- Aaaaah. - Ela resmunga manhosa.

- Que tal brigadeiro com pipoca? - Eu sugiro.

- O Léo que mama! 

- Eu também. 

- Então vão escolhendo um filme pra gente ver que eu vou lá fazer.

Deu um beijo em cada um e desci para fazer o brigadeiro e a pipoca. Enquanto mexia a panela, senti duas mãos grandes me prensando contra a pedra preta. Sabia que não era a minha menina, e tive a certeza assim que senti os beijos em minha nuca.

- Você consegue ficar sexy até com pijaminha de bebê.

- Huff, desencosta de mim. - Falei sem dar muita moral para o mesmo, ainda focada na panela.

- Nunca mais me procurou, estou sentindo falta, senhorita.

Não respondi, apenas comecei a tentar me soltar de seu corpo, e rapidamente senti sua mão abrir o zíper do pijama e apertar meu seio, minha única reação foi acertar uma cotovelada em seu peito. Desliguei o fogo e o olhei.

- Nunca mais tente por a mão no meu corpo sem minha permissão, Huff. 

- Qual foi, Mendonça? Por que sumiu assim e está dessa maneira?

- Porque eu já tenho a minha garota.

Ele começou a rir.

- Você está transando com aquela nanica? Não acredito! Nunca imaginei que se rebaixaria assim, Mendonça.

O coloquei contra o balcão, deixando nossos rostos a centímetros de distância. Peguei firme em seu maxilar e ali ele teve a certeza de que eu o beijaria. Bobinho!

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