Com um pouco de dificuldade, Maiara conseguiu tirar suas roupas, vendo seu corpo com arranhões, roxos, e seus seios, completamente marcados. Ela parou, e olhou a mais velha por inteiro, que se mantinha de cabeça baixa e pernas cruzadas. Com o braço e mão, ela tentava tampar suas intimidades, não por não ter intimidade suficiente com a pequena, mas sim por vergonha de estar naquele estado. Não negaria ficar feliz se soubesse que todas aquelas marcas fossem feitas pela pequena, e exatamente por não ser, se sentia uma traidora e por isso a vergonha. Não ligava o fato de ter de deitado com outro para ter seu filho, e sim por estar levando a sério demais seu "relacionamento" ainda não nomeado com a pequena.
- Erga essa cabeca! - Disse firme.
Ela negou, e continuou calada segurando o choro.
- Seja mulher para assumir as consequências! Por mais que isso seja doloroso o que você está fazendo é lindo. Então levante essa cabeça e continue lutando. Se fez, foi por um bem maior, e não deve sentir vergonha disso.
Maiara se aproximou da mesma, e com um toque suave em seu queixo, levantou sua cabeça, a olhando nos olhos.
- Você é uma mulher foda, Mendonça!
- Não... Eu vendi meu corpo... - Negou, com a voz rouca e falhada pelo nó que se formava em sua garganta.
- Eu no seu lugar faria o mesmo. Acredito que não só eu, como a maioria das mulheres que realmente amam seus filhos, e você, mais uma vez, provou com unhas e dentes que ama aquele pequeno e faria de tudo por ele. Se um dia essa história sombria chegar aos ouvidos daquele menino, eu tenho certeza que a única coisa que ele vai sentir de você, é orgulho. Orgulho da mãe foda que ele tem, da mulher guerreira que gerou ele. O seu filho não merece saber que a mãe dele fez isso e no final, abaixou a cabeça.
- Mas eu... Eu passei dos limites.
- Quando há amor, não há limites!
Ela suspirou e se derecionou até o box, ligando o registro e deixando a água gelada cair por seu corpo, só então a pequena pode ver o sangue descendo juntamente a água.
- Ele machucou muito você, mamãe?
- E-Eu não sei.
Marília direcionou seus olhos aos da pequena pela primeira vez no dia, e então a mais nova pode ver a angústia, a tristeza, o vazio que aquele olhar carregava, mas mesmo assim, olhando bem fundo, pode ver um traço de esperança, uma estrela quase totalmente apagada. No meio de toda aquela dor, ainda havia um resquício de felicidade, e se encontrava ali, parada na frente da mais velha.
- Está doendo muito. Todo meu corpo está doendo. - Disse em um suspiro carregado de cansaço.
- Eu vou pegar um remédio pra você, mamãe. Eu já volto!
Marília não retrucou, e continuou seu banho, enquanto Maiara desceu o mais rápido possível para pegar o remédio.
- Metade, está tudo bem?
- Não, está tudo péssimo. - Disse sem parar a procura da maleta de remédios.
- O que está procurando? E por que a Mendonça chegou daquele jeito.?
- Só... Só para de falar e me ajuda a procurar a maleta de remédios.
Assim Maraisa fez, e ao encontrar, pegou o remédio e um copo de água, subindo novamente. Assim que entrou no quarto, viu Marília vestida com um pijama branco de pandinha que cobria todo seu corpo, e mesmo com os cabelos molhados, tinha posto o campus do pijama, o que a deixou extremamente fofa.
Maiara parou na porta, admirando ela como se tivesse visto o diamante mais preciso do mundo. Sua boca entre aberta e por um fio não esqueceu do copo em sua mão.
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O Leilão | Mailila
FanficMaiara, uma menina de quatorze anos, doce e muito carinhosa. vem de uma família pobre e rigorosa, porém muito maldosa. Após a venda de sua irmã mais velha, Maraisa, a mesma ficou so em casa com seus país. Sua inocência a fez acreditar que a irmã s...