Esse capítulo requer gatilhos, me perdoem.
Sugiro que se você for muito sensível passe esse capítulo.
________________________________________________Marília:
Sem tomar café ou comer qualquer coisa, desci entrando no carro rapidamente, dando o endereço certo ao motorista que de imediato deu partida.
Minhas mãos tremiam, meu coração estava acelerado, meus pés não paravam de bater junto com o som da bateria da música baixa que tocava nos alto-falantes, já minha cabeça era rodeada de perguntas que ao meu ver não obtinham respostas.
Eu olhava pela janela e parecia que não saíamos do lugar, passávamos em câmera lenta e isso me deixava ainda mais aflita. Olhei para o motorista que se concentrava na estrada. Pra me distrair, peguei meu celular e fui a procura de um bom advogado. Não que o meu não seja, mas não pretendo substima-lo, sei o quão bom é sei trabalho mas quero ter certeza de que tenho o melhor para que não haja como eu perder meu filho novamente.
Como aquela viagem parecia que duraria horas, eu tive bastante tempo para procurar, e acabei encontrando com muitas pesquisas, o número de um dos melhores advogados do mundo. Sua empresa é a mais famosa, e nunca perdeu um se quer julgamento por mais impossível que fosse. Mandei uma breve mensagem para o mesmo. Não quis saber quanto cobrava, apenas já disse que precisaria da sua ajuda e não me importava com o valor, afinal, tenho dinheiro de sobra.
Depois de alguns minutos, por uma viagem que pareceu horas, chegamos em um casarão que parecia abandonado.
Por fora sua pintura era velha, desbotada, caindo os pedaços, um branco meio acinzentado, acredito que pelo tempo sem reformas. O casarão era isolado por uma enorme grade enferrujada com um pequeno portão.Se meu filho realmente tiver ali dentro, eu não vou aguentar me segurar...
Logo avistei o detetive parado em frente ao portão, então me aprecei em ir até o mesmo o cumprimentando. Sem mais delongas, entramos.
Aquilo parecia uma casa mal assombrada.Logo que entramos no local, pude ver seu jardim com flores mortas e matos mal cortados, alguns brinquedos velhos jogados por ali e roupas de crianças penduradas em um varal.
Eu sentia nojo de mim mesma por deixar meu filho em uma situação dessas. Embora não fosse culpa minha.
Entramos dando de cara com uma mulher bem mais velha, que me olhou de cima à baixo lentamente com julgamento. Mesmo destruída por dentro, ergui a cabeça e sem esperar uma atitude do detetive me aproximei em passos clássicos até a mesma.
- Bom dia! - A comprimento - Senhorita Mendonça! - Me apresento.
- Bom dia! O que posso ajudar? - Disse a velha sem qualquer importância.
- Léo Dias Mendonça! - Disse o detetive.
A mulher novamente me olhou agora com um olhar de medo e repreensão.
- Sabemos que a criança está aqui, e tenho uma ordem do delegado para que nos deixe vê-lo! - Ele olha pra mim discretamente dando uma piscada.
Esse cara é foda!
A velha pediu para segui-la, e assim fizemos.
A cada passo, a cada corredor que eu entrava era uma lágrima que descia por meu rosto. Era um local escuro, mal cuidado, cheirando a mofo. Horrível!
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O Leilão | Mailila
FanfictionMaiara, uma menina de quatorze anos, doce e muito carinhosa. vem de uma família pobre e rigorosa, porém muito maldosa. Após a venda de sua irmã mais velha, Maraisa, a mesma ficou so em casa com seus país. Sua inocência a fez acreditar que a irmã s...