Após alguns anos estudando no colégio Owls, Ayla percebe um garoto.
Isaac Willian, o cara mais inteligente do colégio Olws, um exemplo de aluno e filho, sonho de toda mãe, educado, bonito, inteligente e focado em seu futuro. Tem uma inteligência ún...
Seus lábios são macios, como sempre imaginei, mas ele não está os mexendo, apenas eu. Insisti por um tempo, até parar e me afastar dele.
Pela primeira vez tomei a iniciativa de beijar alguém. E esse alguém é o garoto que eu gosto.
Encaro aqueles olhos pretos como a escuridão, me observando sem entender, até eu não entendi onde arranjei tanta coragem para o beijar. Talvez por estarmos perto da morte? Provavelmente.
Me afasto mais, acho que isso não foi uma boa ideia.
- Olha só... eu pensei que-
Sou calada por um beijo seu, e todo calor ou tensão, saiu do meu corpo, e apenas senti o frio em minha barriga, a velocidade em como as borboletas voam. Seguro sua nuca e fecho meus olhos quando ele pede permissão, e o encosto das nossas línguas, me faz arrepiar até a espinha.
Uma mão segura a minha perna, e com pequena força ele me faz ficar sentada sobre ele. Sou guiada por um beijo maravilhoso, e apenas aprecio cada segundo - mesmo que sejam os últimos da minha vida - Acaricio seus cabelos macios em uma forma suave para manter a calma nele.
Não sei se é meu coração ou o dele, mas está batendo muito forte, consigo sentir perfeitamente ao ponto de se confundir com o meu coração. Uma mão aperta minha perna, enquanto a outra, a minha cintura, e todo meu corpo vai se despedaçando aos poucos por sentir suas mãos.
Nunca pensei que o sentiria tão cedo, mas as coisas acabam acontecendo de outro jeito. Mordo seu lábio e apenas beijo o superior, tomando dessa vez, a iniciativa do beijo. Ele mexe comigo, enquanto o beijo é suave e calmo, fazendo durar mais tempo com nossas bocas juntas.
Estou completamente fraca por esse homem, seu beijo é maravilhoso, e poder sentir suas mãos em mim, me deixa louca para senti-la em mim enquanto estou sem roupa.
Isaac simplesmente se afasta, parece que ele ficou sem ar mais rápido. Ele começa a tentar controlar sua respiração, e com essas mãos apertando meu corpo, não dá para me deixar quieta.
Aproximo meu rosto da sua orelha, passo a língua pela lateral até morder o lóbulo, e rapidamente sua outra mão vai para minha cintura, apertando com força.
- Você tem um cheiro viciante - sussurro em seu ouvido, apenas para uma pequena provocada
Beijo seu pescoço, sentindo a respiração pesada em meu ouvido, parece que estou fazendo efeito nele. Subo com meus lábios em sua pele, até chegar naqueles lábios entreabertos.
Mordo seus lábios, um de cada, e beijo também, tanto o inferior, quanto o superior, até entrar com minha língua, novamente em um beijo calmo. Escuto vozes, o que me faz afastar do Isaac e olhar para a porta.
Ela é aberta, uma luz entra, e lentamente me afasto do Isaac.
- Vai você. - digo para ele
Bombeiros estende a mão para o garoto que parece um pouco com medo, além disso, estamos um pouco distantes da porta de saída. Isaac se coloca de pé bem devagar, e estende a mão, segurando firme ele consegue sair.
Isaac conseguiu subir, só falta eu. Coloco a minha cabeça para fora, vendo um pouco o quanto ainda estamos altos, o frio em minha barriga me deixa gelada. Respiro fundo e estico minha mão, porém, estou um pouco longe.
Engulo seco, e tento esticar mais, porém, meu braço é curto, porque a gata aqui é baixa. Porra!
- Eu não consigo.
- Precisamos de uma corda - o bombeiro se vira, e tenta novamente me alcançar - Você consegue pular?
- Tá doido? - olho novamente para baixo, e literalmente meu corpo paralisa
A minha teoria de que foi alguém tentando me matar, estava certa, a partir do momento em que vi alguém todo de preto, coberto até o resto, deixando apenas os olhos, no andar debaixo, com uma arma apontada para mim. Desvio no último segundo da bala, e bato com força contra a parede.
- PORRA! Tem alguém armado no andar debaixo! - o bombeiro diz, mas me olha assustado quando o elevador se mexe - Você vai ter que pular.
- O quê? Não!
Isaac aparece na porta e estende sua mão, é obvio que ele vai querer que eu pule também.
Droga! Eu odeio minha vida!
O elevador começa a ranger, não tenho tempo para pensar. Respiro fundo, e corro até a ponta, dando um grande pulo no último segundo, conseguindo agarrar a mão do Isaac.
Apenas escuto o elevador caindo em uma velocidade surpreendente. Coloco força para subir antes que o cara debaixo atire novamente em mim. Consigo, ficando em um lugar seguro, finalmente.
- Você está bem? - o bombeiro pergunta
Concordo com a cabeça, ainda estou um pouco em choque. Quem quer que seja, está tentando matar todos da família Miller.
Isaac toca em minha cabeça, até me abraçar, e foi o melhor abraço que já recebi em toda minha vida.
- Vamos tirar vocês daqui. - o bombeiro me ajuda a levantar, e ao invés de sairmos pelas escadas, foi pela janela do prédio - Vamos descer de andar e andar pelas janelas, as escadas estão rachadas com chance de desabar.
Merda!
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Parece que o cara não tá de brincadeira em matar a família Miller
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