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Ayla Miller

Aquele velho idiota! Fiquei depois da aula só por socar o nariz de um garoto que não é porra nenhuma nesse colégio, não estuda, não sabe jogar basquete, só tá no time por fama, tem fama de pegador, é estúpido e comete bullying. O diretor só protegeu ele porque é rico.

Vai se foder! Odeio essa gente que coloca o dinheiro em primeiro lugar.

Tive que lavar todas as salas desse maldito colégio, e nem posso me encontrar com o Malcolm por causa disso! Já são dez horas da noite, e estou na última sala.

Detalhe: eu saio quatro horas da tarde.

Termino de secar a última mesa, e entrego tudo para o zelador que me observava desde o começo. Pego minhas coisas e saio desse inferno que se chama colégio.

Desço as escadas como se fosse um furacão. Ao estar pelo lado de fora, dou uma grande puxada de ar, estou morta de cansaço e suada, preciso de um belo banho para depois ter um belo sonho.

Por fim, passo pelo portão, caminhando de volta pra casa, porém, paro de andar ao ver ele.

Malcolm está encostado no seu Porsche preto, enquanto brinca com seu canivete. As tranças em seus cabelos sempre o deixou com mais charme. Sua pele escura possui bastante tatuagem, ele faz isso para mostrar que é um chefe de gangue.

Quando seus olhos pretos vêm até mim, um sorriso esplêndido fica em seus lábios.

- Aly! - ele guarda o canivete e abre seus braços - Como está a minha gatinha?

- Morta de cansaço! - o empurro antes de me abraçar - Estou suada, sabe que não gosto de abraços quando estou assim.

Ele se afasta balançando de leve sua cabeça.

- Entra no carro, vamos dar uma volta enquanto conversamos. - diz

Apresso meus passos. Abro a porta, entrando em seguida, a dor do meu pé é grande, que ao sentar, traz um grande alívio. Tiro minha sandália e massageio, sentindo meus pés queimarem.

- Então, o que acha que vamos fazer? - pergunto

- Bem, a única forma de resolver esse assunto sem que ninguém morra, é envolvendo o FBI. - ele acelera o carro

Olho para ele, envolver o FBI nisso não é bom, porém, não temos muitas opções.

- E o que vamos fazer se envolvermos eles?

- Uma emboscada - ele me olha de relance - Quando o Layam quiser te matar, o FBI estará à espreita, apenas esperando algo assim acontecer. Pra eles agirem, precisam de provas o suficiente de que a pessoa é bem ruim, sabe que eles não pegam casos fracos, né?

- Sei. Mas que tipo de provas?

- Você vai ter que tomar um tiro, tipo isso.

- O quê? - o olho incrédula - Eu não vou levar um tiro pra ele ser preso

- Então você morre ou matamos ele.

- Tá! Droga! Como vamos falar com o FBI?

- Conheço um garoto que entrou jovem nisso, ele pode nos ajudar - ele acelera mais ainda, e não paro com as massagens em meu pé - Fez alguma merda pra ficar até tarde no colégio?

- Desmaiei um garoto - dou de ombros - Ele é confiável? O cara do FBI

- É, relaxa, vai dar certo! Só segue as regras dessa vez, ok?

- Beleza.

- Já que estamos no caminho, vamos nos encontrar com ele em um restaurante. Aquele idiota está em um encontro às cegas, sempre mulherengo.

Reviro os olhos, conheço esse tipo de homem.

***

O ar do restaurante chique faz meu corpo relaxar um pouco, mas o que mais quero agora, é um banho na água quente. Sigo Malcolm pelo lugar, atraímos olhares pela forma que estamos, só tem rico chato aqui.

Somos guiados por uma moça, até o meio do restaurante, onde meus olhos vão para um garoto sentado que conversa com uma menina de cabelos cacheados. Pela nossa aproximação, atraímos atenção dos dois, o olhar verde do garoto fica até mim por um tempo, antes de ir até o Malcolm.

- Você aqui? - ele se encosta na cadeira - Precisa da minha ajuda, não é?

- Meio-termo - Malcolm responde

Ele parece ser bem novo, uns vinte e dois anos? Talvez. Um sorriso torto fica sobre seus lábios, e novamente ele me olha, só que dessa vez, de cima a baixo, já me deixando irritada por esse ato.

Desvio o olhar e começo a observar as pessoas, Malcolm que vai resolver isso pra mim, ele que se vire pra falar com esse cara. Passo meu olhar por toda essa gente rica, até parar em uma mesa com duas famílias.

Ergo minhas sobrancelhas, não sabia que sua família tinha vindo o ver. Isaac sorri pela forma que uma mulher de cabelos pretos fala com ele, provavelmente é sua mãe, mas a menina que está ao sue lado, parece um pouco envergonhada.

Outra família que nunca vi estão com eles, não conheço a menina e muito menos os pais. Liz não está, o que é um pouco estranho.

Ou esse encontro de famílias é para resolver negócio, ou, é um relacionamento que os pais querem para os filhos.

De qualquer forma, negócios e relacionamento que envolve empresa são praticamente a mesma coisa. Querem juntar os dois para ter o que todo mundo quer hoje em dia.

Dinheiro.

Continua...

NOTAS DA AUTORA

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NOTAS DA AUTORA

Sim gente, vou postar mais três capítulos hoje. Dia 3 vou continuar um outro livro, preciso desse aqui praticamente pronto.

Obrigada por ler! Não se esqueçam de votar, vai me ajudar muito, beijos ❤️

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