Após alguns anos estudando no colégio Owls, Ayla percebe um garoto.
Isaac Willian, o cara mais inteligente do colégio Olws, um exemplo de aluno e filho, sonho de toda mãe, educado, bonito, inteligente e focado em seu futuro. Tem uma inteligência ún...
O seu cheiro natural me acalma, e agora estou me sentindo uma idiota por bater nele.
Isaac me coloca sentada no sofá, e some da minha vista para ligar a luz que logo ilumina a sala. Deito no sofá, tanta coisa acontecendo, acabei descontando nele, e como sempre, fui desobediente.
Droga! Por que meus pais tiveram que fazer tanta merda no passado? Agora eu e a Alice, quem irá sofrer mais. Marcus sabe se cuidar, além disso, ele se tornou igual aos meus pais, mata as pessoas praticamente por diversão. Parece que eles não pensaram no nosso futuro, como seria quando tivéssemos grandes, as decisões que iríamos tomar...
Merda de vida! Será que não tem uma magia para eu trocar de vida com alguém? Mas quem iria querer viver essa minha vida? Ninguém se voluntaria.
Sinto alguém se sentar no mesmo sofá que eu, ergo meu olhar, e vejo Isaac colocar um prato de comida em cima de uma mesa.
- Come um pouco.
Sento, e pego o prato para comer. Começo, enquanto Isaac abre uma caixa de primeiros socorros, e com a cabeça para cima, ele coloca alguns algodões no nariz para parar o sangramento.
- Você é muito teimosa. - Isaac pega um pano umedecido e começa a limpar onde escorreu o sangue
Ignoro o que ele disse, não porque eu quis, e sim, porque a comida está ótima. Começo a comer um pouco rápido, estou faminta.
- Come devagar.
Ergo meu olhar para encarar um par de olhos pretos em mim, e não sei o porquê, fiquei envergonhada e parei de comer. Abaixo o prato e encaro o nariz dele, está vermelho e chamativo.
- Desculpa... pelo soco. Eu estava irritada, e você não estava ajudando... Acabei descontando em você.
- Tudo bem, só termine de comer. - ele se vira e tira os algodões, limpando o seu nariz
- Está doendo?
- Quer mesmo saber? - diz sem me olhar - Sangrou, então...
Perco o apetite e deixo o prato na mesa.
- Deixa... - digo e ele me olha - Deixa eu limpar.
Isaac me entrega um pano limpo, e começo a limpar o sangue sobre o nariz e lábios, mas por motivo que não sei explicar, encaro sua boca.
Volto a limpar seu nariz após alguns segundos. Com essa vermelhidão, tenho certeza que ficará roxo pela manhã, e espero muito, que Isaac não me odeie por isso.
- Sempre foi teimosa? - ele tira o pano da minha mão
- Às vezes...
- Pelo menos aprende com os erros? - disse, guardando na caixa os remédios que pegou
- Não...
- É, eu percebi - novamente me olha - Se sente melhor?
- Um pouco.
Seus olhos passeiam pelo meu rosto, e como sou, fiquei envergonhada facilmente. Vamos, preciso pensar no que falar com ele.
Ergo de volta meu olhar e entreabro minha boca, mas não consigo dizer pelos lábios grudados nos meus. Empurro Isaac devido ao seu ato repentino, e sua mão quente segura meu pulso direito
- Não me empurra.
Novamente ele me beija, mas dessa vez, eu deixo. Seus lábios macios se mexem contra os meus, me guiando para um beijo sem língua, mas muito bom. Toco em seus cabelos macios, e sinto sua língua pedir permissão para passar, deixo sem pensar duas vezes, e o toque dela com a minha, arrepia até minha alma.
Sinto um toque quente em minha coxa direita, é sua mão, e eu nunca pensei que seria tocada ali tão rápido por ele. Nossas línguas brincam por um tempo, enquanto aquela mão quente aperta a minha perna.
Dentes puxam meu lábio inferior, e com esse ato, Isaac se afasta. Não consigo olhar em seus olhos, estou tentando recapitular que foi ele quem quis me beijar.
- Sua cabeça dói?
- Não... - encaro o sofá para evitar contato visual
O calor da sua mão em minha pele me faz engolir seco, e com um leve aperto na minha coxa, acabei me assustando, não estava esperando por isso.
- E-Eu acho que vou dormir.
Uma mão fica sobre minha nunca, sou puxada para si, e nossos lábios se selam novamente, mas foi em um selinho. Arregalo meus olhos quando me afasto do Isaac, o que ele está fazendo?
- Por que me beijou? - pergunto
- Porque eu quis. - sua mão tira os cabelos em meus ombros - Por que está tão nervosa? Não é a primeira vez que você beija. - aquela mão desce pelo meu braço arrepiado
- Você me beijou... de repente, foi por isso.
- Hm... - ele ergue seu olhar até meu rosto - Da próxima vez eu te aviso quando quiser te beijar.
Vai ter uma próxima vez? Pensei que ele estava irritado após levar um soco meu.
- Você é bem direto - me afasto mais dele
- Gosto de ser direto.
Sorrio nervosa e afasto suas mãos, me colocando de pé.
- É... eu... Eu vou dormir.
- Boa noite. - ele diz em uma tranquilidade que com certeza nunca vou ter
- Boa... noite.
Caminho até as escadas, tentando processar tudo isso. Muita coisa aconteceu, estava triste e irritada, e Isaac simplesmente tirou esses sentimentos de mim com um beijo.
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
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