Após alguns anos estudando no colégio Owls, Ayla percebe um garoto.
Isaac Willian, o cara mais inteligente do colégio Olws, um exemplo de aluno e filho, sonho de toda mãe, educado, bonito, inteligente e focado em seu futuro. Tem uma inteligência ún...
Estou longe do pessoal, e já saímos do prédio em segurança, sem pistas de que aquele cara estava por perto. Enquanto alguns polícias conversam com o Isaac, eu ligo para meu pai, preciso contar a ele.
- Estou ocupado, o que foi?
- Tem alguém tentando me matar - sussurro para não atrair atenção das pessoas
- O quê? - ele diz alto na outra linha - Como assim?
- Eu vim estudar com um garoto inteligente para melhorar as minhas notas nas provas, e quando eu cheguei, o elevador estava funcionando normalmente. Fiquei aqui durante quatro horas, quando saí, o elevador estava com um problema na corda e quase morri com um colega meu do colégio. Alguém todo de preto, como a discrição do Marcus daquele dia, atirou em mim, e por sorte, a bala não pegou. Consegui sair viva, porém, não o vi mais.
Será que ele queria fazer parecer que foi um acidente tudo isso?
Escuto meu pai xingar e quebrar muita coisa do outro lado, não sei com quem ele está, mas com certeza deve estar com medo.
- Onde você está? Vou te tirar daí e matar esse desgraçado.
- Eu já estou fora do prédio, tem alguns policiais aqui.
- Ótimo! Não diz a eles, estou indo!
Digo a ele a localização e em que prédio. Desligo o celular e respiro fundo, ter que passar por isso e fingir que não é você que querem matar, chega a ser sufocante.
- Você está bem?
Aperto o celular na mão e olho para o Isaac, ele chegou de repente, que susto!
- Sim. Infelizmente você não tem onde morar. - tento disfarçar o susto que tomei
- Eu tenho, não se preocupe com isso - seu sorriso é cansado - Desculpa... quase matei nós dois.
- Não, não! Tudo bem! Não precisa se desculpar, ter claustrofobia não é uma opção para escolher, entendo o seu pânico.
Ele desvia o olhar, voltou a ficar sério e frio de novo.
- Pode... não contar a ninguém sobre isso?
- O quê? Ah... É... Claro! - sorrio, tentando dar conforto
- É sério! - diz com aquele olhar frio que detesto - Não quero que saibam disso, poderão usar contra mim.
- Não vou falar! - endireito meu corpo - Juro de mindinho - ergo meu dedo, esperando o dele para fechar
Isaac olha para mim, e seus olhos lentamente vão se abrindo mais, até ficarem esbugalhados, como se tivesse se lembrado de algo.
- Vai! Coloca seu mindinho
- Você é criança? - pergunta
- Para com isso! - pego sua mão e torço nossos dedos - Jurado!
- Você precisa amadurecer - ele afasta sua mão
- E você precisa parar de ser tão frio.
Isaac abre poucos centímetros sua boca, mas não diz nada, até eu perceber seus olhos em meus lábios. Foi por pouco tempo, mas ele desvia o olhar, virando a cabeça para o outro lado.
- Sobre o beijo... - diz baixo, mas ouvi, e me deixou super tensa
- O quê? Foi ruim?
- Não. - ele me olha direto nos olhos dessa vez - Foi algo meio estranho de se pensar para acalmar uma pessoa em meio uma crise de pânico, mas... eu gostei. Ocupou minha cabeça e ajudou acalmar meus ânimos.
Ele gostou... e é só isso que importa. Caralho! Eu dei um puta progresso! Preciso me manter calma, não posso surtar aqui e ficar rindo como uma boba por saber que o garoto que gosto, gostou do meu beijo.
E estou surpresa, por ter a coragem de beijá-lo! Se eu não tivesse feito isso, não teria sentido aquela sensação maravilhosa.
Barulho de pneus me faz olhar em outra direção, é meu pai, melhor eu ir antes dele surtar e querer matar qualquer pessoa estranha aqui.
E aqui, todos são estranhos.
- Eu preciso ir... Até mais! - aceno para ele
Isaac apenas me encara sério, não vejo a hora de vê-lo sorrir de verdade ou escutar uma risada dele. Vou até o homem que sai do carro, e me abraça quando já estou perto.
- Tudo bem?
- Sim. - abraço aquele corpo de volta - Só quero dormir, hoje foi um dia tenso.
- Vai para a casa, Christopher irá te levar.
Sinto um beijo no topo da minha cabeça, mas antes de dormir, preciso de um banho para acalmar meus pensamentos. Vou até o homem que me espera em outro carro, entro, e saio do local.
Quero contar tudo para o Ryan. Sempre quis ter uma amiga para essas coisas, mas nunca consegui uma, todas têm medo de mim, então, o Ryan é minha amiga e amigo, conto tudo para ele, e sempre me sinto em paz ao seu lado.
Mordo meu lábio por lembrar daquele momento dentro do elevador. Foi surreal! Será que vamos nos beijar de novo?
Sei que estou sendo iludida e animada demais por ganhar um beijo dele, mas é uma grande conquista para mim. Da para ver que Isaac é bem fechado em relação algumas coisas, sempre responde na frieza e às vezes os sorrisos nem são verdadeiros.
Acredito em mim para conquistar esse garoto!
Continua...
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NOTAS DA AUTORA
Acreditamos em você, Ayla!✊🏻
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