64

54.6K 4.8K 1.4K
                                    

Ayla Miller

Embrulho a Liz após passarmos horas nos divertindo. Seus pais estão em um encontro de casal para matar saudade de alguns amigos, e Isaac até agora não voltou. Fiz algo bem gostoso pra nós duas comermos, agora está na hora de dormir.

- Foi muito bom hoje - ela diz com um belo sorriso - Alice disse que a irmã dela era incrível, só não pensei que era tanto.

Não deixo de sorrir, essa garota é incrível.

- Fico feliz que minha irmã esteja falando bem de mim.

- Ela disse que sente sua falta. Parece que seu pai anda muito triste, igual a sua mãe.

Os dois são orgulhosos, nunca vão pedir desculpas tão fácil assim.

- Bom, quem sabe um dia eu volto - passo a mão sobre a coberta macia - Boa noite!

- Obrigada por hoje Aly.

- Vamos fazer mais vezes Liz.

De repente tudo fica escuro, não enxergo um palmo na minha mão.

- O que aconteceu?

Tiro meu celular do bolso e ligo a lanterna, iluminando o pequeno quarto.

- Acho que a energia do prédio acabou - digo - Quer ir descer pra ver o que aconteceu?

- Vamos. - ela se levanta - Não gosto muito do escuro...

Seguro sua mão e a levo para fora do quarto. Descemos as escadas e saímos do apê. Estamos em um andar muito alto, foi bem difícil descer o prédio todo, e ainda encontramos moradores no caminho.

Nos aproximamos do síndico, nem sabia que ele morava no prédio, ou já estava aqui dando uma revisada.

- Calma pessoal! Foi apenas um curto de energia, já vamos pedir para arrumarem. Quero que voltem para seus apartamentos e fiquem lá dentro até tudo estar de volta ao normal.

Viro meu corpo para ir de volta para as escadas, porém, algo me incomoda. Tenho a impressão que alguém fez isso.

Um grito faz meu corpo todo se arrepiar, olho para trás, e com a lanterna apontada para porta do prédio, a garganta do síndico é rasgada por alguém. As pessoas entram em desespero, inclusive, eu.

Puxo Liz comigo para subir as escadas, não quero que ela seja esmagada. Somos as primeiras, mas tem pessoas mais desesperadas, acaba derrubando ela.

- Tudo bem? - me abaixo enquanto todos correm subindo

- Meu tornozelo...

Droga!

Encaro a porta quando pequenos flash de luz, ele está atirando, mas usa silenciador na arma. O grito das pessoas está me apavorando mais ainda, tem gente inocente morrendo. Pego a Liz no colo e subo com ela pelos degraus.

Foi apenas alguns andares, minhas pernas começaram a falhar. Vou direto para a porta do trigésimo sexto andar, não consigo subir mais, estou morrendo de dor. Pessoas estão sendo mortas enquanto sobem, não posso arriscar a vida da Liz.

Procuro por um lugar para deixá-la, acho imediatamente um ótimo esconderijo atrás da parede. Faço ela ficar lá e entrego meu celular com a lanterna desligada.

- Fica aqui, não sai de forma alguma. Ligue pra polícia e pede ajuda, ok? A senha do meu celular é a data do aniversário do seu irmão.

- Mas e você?

- Eu acho... que essa pessoa que está machucando as outras, está atrás de mim. Preciso fazer alguma coisa. Se você ficar comigo, sua vida corre perigo, fique aqui.

Ela concorda com a cabeça. Olho de relance para a porta, escuto um grande silêncio, não tem mais tiro ou pessoas gritando. Com a lua iluminando por onde entramos, ninguém aparece.

- Certo.

Saio do lugar com o coração na mão, espero que ela fique bem. Caminho até a porta e abro, devagar vou até o corrimão, e escuto passos subindo as escadas. Um assobio surge, parece uma música, arrepia todo meu corpo.

- Descer não adianta, Aylaaa... Você morre hoje, gatinha.

Ele repete isso várias e várias vezes, tornando em uma música. Droga, o que eu faço agora?

- Está parada aí me observando? - diz, como se pudesse me ver no escuro - Eu consigo te ver.

Afasto do corrimão, ele pode estar com um óculos de visão noturna. Merda! O único jeito é subir.

Começo a fazer isso, tiros ecoa pelo lugar, tento ao máximo não aparecer para ele não atirar. Minhas pernas estão começando a falhar, estou ofegante, minha respiração alta ecoa pelo prédio em silêncio.

Isso não é bom, estou chegando no telhado, vou ficar sem saída. Empurro a porta quando não tem mais escadas. Com desespero procuro por algo para me defender e um lugar para me esconder, preciso ficar viva até a polícia chegar. Se Liz não chamar, outra pessoa chama.

Vou para a direita e consigo achar um pedaço de tábua, pego, e me escondo no muro, ao lado da porta.

Os passos começam se aproximar, mais e mais, e o assobio fica mais alto. Seguro minha respiração, a porta é aberta. Ele caminha para a frente e deixa a porta fechar, isso foi o bastante para eu agir.

Uso a tábua contra sua cabeça, quebrando em vários pedaços. Porém, algo me deixou em choque, não fez efeito nele, nem se quer ele caiu. Que merda... O que Layam está fazendo para aguentar uma tábua em sua cabeça?

Tento correr até a porta, mas não consigo, meus cabelos são puxados com força, e sou jogada longe. Droga! Entrei em choque e fiquei o observando, tive uma oportunidade para fugir, mas desperdicei.

Viro meu corpo quando sinto ele já próximo. Chuto com força sua barriga, e logo em seguida, a mão que segura a arma, jogando ela para longe. Tento me levantar, mas não adianta também. Não está fazendo efeito nenhum das coisas que uso para me defender.

Durante esse tempo escondido, parece que ele melhorou o triplo.

Continua...

NOTAS DA AUTORA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

NOTAS DA AUTORA

Tá na hora do caos galera

Por favor, quero que 30 pessoas coloque OK aqui, pra eu continuar. Se eu postar tudo de uma vez, algumas pessoas podem pular muitos capítulos e vai acabar chegando no final da história sem entender.

Obrigada por ler! Não se esqueçam de votar, me ajuda muito. Beijos, e até depois! ❤️

O NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora