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Ayla Miller

Ryan fica grudado em mim, o que acaba me irritando.

- Então... Falou com seu namoradinho hoje? - ele sorri

- Só foi um beijo.

- Sei. - ele estreita os olhos, até abrir um grande sorriso em seus lábios - Falou ou não?

- Falei.

- E por que não está feliz?

Ele vai rir de mim se eu falar, mas se não falar, ele vai ficar perguntando.

- Eu... meio que esqueci de colocar minha meia calça - digo baixo, mas acho que ouviu

- E daí?

- E daí que sentei daquele jeito - digo dessa forma, porque Ryan sabe do que estou falando

Sua boca abre, e logo a sua mão vai para frente dela, mostrando surpresa em seus olhos.

- E o que ele disse?

- Ele sabe minha cor favorita... pela minha calcinha - desvio o olhar, apenas esperando a risada

Foi poucos segundo, quando Ryan caiu na gargalhada muito alta, atraindo atenção do refeitório todo, até do Isaac que, a distância, tem seus olhos na gente.

- Para de rir! - bato com força em seu ombro, mas ele não para, apenas continua ficando cada vez mais vermelho - Ryan!

- Que vergonha... Eu tenho dó de você. - ele limpa as lágrimas e me encara com o olhar azul

Meu rosto está queimando, que raiva do Ryan! Nunca mais conto algo desse tipo para ele. Sempre bocudo!

Levanto meu celular quando sinto ele vibrar na minha mão, é a ligação do meu irmão. Deixo o loiro rindo igual uma hiena, e caminho para fora do refeitório, um lugar mais calmo e com pouca gente.

- O que foi?

- Eu descobri algumas coisas. Parece que não são só pessoas do governo.

- Como sabe?

- Eu ouvi o papai conversar com a mamãe. Tem algumas pessoas querendo vingança, e sabem que nós três somos o ponto fraco dos nossos pais. Não sei o que aconteceu no passado deles, mas será nós quem irá pagar por isso.

- Que inferno! - mordo a pelinha do meu lábio, isso é ruim

- Tem dois grupos. O do governo, e os assassinos. Por enquanto não sabemos qual é qual, só sei que estamos muito na merda.

- E agora?

- Agora é descobrir quem são eles, sem deixar transparecer o que estamos passando. Seja atenta, não deixa nenhum estranho se aproximar de você, e caso você sinta que essa pessoa não é confiável, ligue pra mim! Vou te buscar.

- Está bem.

- Não conte a ninguém e não fique saindo sozinha, ok? Eles estão colocando o plano em ação, e precisamos lidar com dois grupos.

- Droga... E se mudarmos de país?

- Não vai adiantar. Os assassinos já sabem quem somos, e estão tentando nos matar antes dos agentes descobrirem quem é essa tal família perigosa.

- Eu não quero matar ninguém, Marcus - digo baixo para ninguém ouvir

- Você não vai matar ninguém se seguir as regras dessa vez, ok?

- Tá... Me mantém informada.

- Está bem.

Abaixo o celular quando ele desliga. Agora pronto, vou ter que ficar ligada em quem se aproxima ou tem outras intenções comigo.

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