Matteo não esperava que sua vida fosse mudar depois de um simples acordo com sua melhor amiga, ele sabia que Madelaine aceitaria, só não sabia que ela se apaixonaria. E Madelaine é durona demais, pra assumir que ela caiu no papo dele, que ela é mais...
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O quarto dele era enorme, mas isso eu já esperava, o closet dele estava cheio de coisas, não caberia as minhas, apesar que eu trouxe poucas roupas, minha mala estava já ali no canto e vejo Matteo concentrado em seu celular e tiro minha bota, indo mexer nos porta retratos dele, e sorrio ao ver que havia uma foto nossa ali junto as outras dele por vários países.
— Eu me lembro desse dia — digo segurando o porta retrato — você quebrou o pé se lembra?
— Desloquei o tornozelo — Matteo diz guardando o celular e eu rolo os olhos.
— É a mesma coisa — dou de ombros e ele assente se aproximando.
— Sabe o que minha mãe me lembrou hoje? — ele diz com aquele sorriso e eu espero que diga — Do dia que ela nos pegou no meu quarto.
— Qual das vezes? — pergunto sem me recordar, já que aprontávamos tanto.
— Quando vimos um pornô e você disse que faria igual — Matteo diz me fazendo ri e eu nego chocada.
— Meu Deus, ela se lembra daquilo?
— Estava prestes a descer minha calça — ele diz e eu nego rindo.
— Eu era tão pervertida.
— Tem razão, você era — ele diz e eu cruzo os braços.
— Não se faça de santo ok? Você que pois o filme.
— Mas a intenção não era você me pagar um boquete — ele diz sínico, até parece, isso era tudo que ele queria.
— Ao menos pra uma coisa Geórgia prestou, me impedindo de fazer aquilo — digo me sentando na cama grande e macia dele.
— É, seria meio estranho — Matteo diz e eu concordo e logo ele assente.
— Precisamos falar de algumas paradas que vão acontecer.
— Minha mãe vai preparar tudo pra você, salão, alguém pra trazer vestido para você escolher, e com certeza ela trará a dona Ducarmo.
— Dona o que?
— Ela é professora de boas etiquetas — Matteo diz e eu o encaro e ele sabe que eu iria reclamar por que coça sua nuca.
— Não quero fazer aulas de etiqueta, não me falou que eu precisaria disso — reclamo.
— Só escuta o que elas vão dizer e finge entender ok?
— Matteo — reclamo e ele se aproxima.
— Sei que o que estou pedindo é um favor muito alto, mas quando eu te liberar dessa, prometo te recompensar ok?
— Viaja comigo, que tal? — sorrio — Vai ser um bom pagamento.
— Pra onde quer ir?
— Grécia.
— Beleza.
Matteo ri e se senta na cama, ao meu lado, onde pego meu celular e começo a responder algumas mensagens, e me escoro no Matteo que não diz nada, apenas continua conversando com alguém.
— Então, vai me levar pra conhecer as boas festas de Boston? — pergunto travando o celular e ele concorda.
— Tenho que passar na casa de um amigo, tome um banho e descanse, eu chego logo pra sairmos, pode ser?
— Mal cheguei e já vai me abandonar?
— É rápido ruiva — ele diz bagunçando meu cabelo e eu rolo os olhos.
— Sua mãe pode tentar me assassinar ok? Não me casei ainda, se ela me assassinar você perde sua herança.
— Deixa de ser boba — ele diz e eu sorrio me deitando em sua cama.
...
Já fazia um tempo que Matteo tinha saído, aproveitei pra tomar meu belo banho em seu enorme banheiro, onde havia toalhas brancas, me sequei enfrente ao espelho enorme que ele tinha no banheiro, ele gostava de se vê pelado? Pra que um espelho enorme de frente para o box? Saio do banheiro pensativa e me assusto com a Geórgia sentada no sofá branco no quarto do Matteo.
— Imagino que esteja cansada da viagem — ela diz me encarando pingar água pelo chão.
— É, sabe como é longe — digo caminhando até o tapete, secando meu pés.
— Onde você e Matteo se reencontraram mesmo? — Geórgia pergunta.
— Ele não te disse?
— Não — ela diz analisando meu olhar.
— Eu estive em Boston a alguns meses — minto — marcamos de se vê, e você sabe o resto.
— Não, não sei — ela diz e eu a encaro, sabendo que ela está me interrogando.
— Não nos vínhamos a anos, nosso reencontro nos trouxe saudade, bebemos, conversamos e fizemos amor enlouquecidamente — digo provocando sabendo que ela odiaria ouvir isso — e no dia seguinte ele me pediu em casamento como um louco apaixonado.
— Não deveria falar abertamente dessa maneira, não é elegante para uma moça.
— Falar o que? Que fiz amor com meu noivo? — digo e ela respira fundo.
— Eu espero que vocês fiquem bem, e que essa decisão não seja errada — ela mente na cara dura — Matteo merece alguém de boa índole, que seja... uma mulher decente — ela me encara de cima abaixo — ele será o presidente da empresa a alguns meses, precisa mostrar a todos que nosso sobrenome não é apenas um sobrenome qualquer.
— Uhum — digo fingindo me importar.
— E você terá esse sobrenome também, se meu filho se casar com você — ela diz e eu a olho — deve estar feliz né? Você é uma órfã que nunca foi adotada, não tem sobrenome ou um nome de alguma família que seja. Meu filho estará te dando um sobrenome.
Ela diz provocativa e eu me mantenho séria, e ela sorri se levantando e eu a encaro andar até a porta.
— Matteo detesta toalhas encharcadas, mas já deve saber disso né?
Ela diz ao sair e assim que ela fecha a porta eu coloco o dedo do meio pra ela, rolando meus olhos, e indo para o closet, deixando as toalhas no chão enquanto me visto e penteio meu cabelo enfrente ao espelho, estendo as toalhas e volto pro quarto, ajeitando aquele vestido em meu corpo, deixando o decote aberto, procuro minhas botas que usava mais cedo, e as calço. Vestido verde curto, jaqueta preta por cima e botas estilo coturnos nos pés, me maquiei enfrente ao espelho e deixei meu cabelo secar naturalmente e ouvi Matteo chegar e sai do banheiro.
— Você disse que não demorava — reclamo assim que o vejo.
— Foi mal — ele diz e me encara de cima abaixo.
— A missão é mudar minha mãe, não fazer ela se infartar — ele diz e eu rolo os olhos — se descer usando isso, ela vai ligar hoje mesmo pra Ducarmo.
— Essa tal Ducarmo nem sua mãe, vai me fazer deixar de usar minhas roupas.
Matteo me encara e nega coçando a nuca e logo diz que vai se trocar, e eu apenas me sento no sofá onde sua mãe estava mais cedo e fico mexendo no celular esperando por ele.
