Matteo não esperava que sua vida fosse mudar depois de um simples acordo com sua melhor amiga, ele sabia que Madelaine aceitaria, só não sabia que ela se apaixonaria. E Madelaine é durona demais, pra assumir que ela caiu no papo dele, que ela é mais...
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Matteo Delacroix
Enquanto à minha melhor amiga, mãe do garoto em meu colo dormia, eu admirava os cabelos e pelinhos ruivos do nosso garoto, sorrio sem jeito ao me sentar na poltrona com ele ainda adormecido, e sinto meu pescoço meio dolorido, ele nasceu às cinco da manhã, mamou até umas sete e sujou à fralda umas duas vezes, à enfermeira me ajudou com isso, minha mãe queria fazer tudo, só que à enfermeira não permitiu, deixando a vovó Delacroix irritada. O que era engraçado. Agora é nove horas, e finalmente o garoto dormiu sem acordar à mãe dele.
— Ele nasceu ruivo — minha mãe diz baixo e eu concordo — vai ser o primeiro Delacroix ruivo.
— Algum problema com isso? — pergunto meio que rindo e ela nega.
— Quando eu morrer será que teremos Delacroix ruivos pela empresa toda? — ela ri e eu acabo que rindo também.
— Pode buscar uma coisa pra mim? — pergunto e vejo ela me olhar e olho para Madelaine dormindo na cama ao lado.
Coloquei o garoto no berço ao lado, quando minha mãe saiu do quarto, fui até à janela fechando ainda mais às cortinas e me sentei na poltrona, estava cansado e com sono, mas queria ficar de olho neles dois.
Quando minha mãe voltou, falei pra ela voltar pra casa e dormir um pouco, mas é óbvio que ela recusou. Peguei o buquê de rosas da mão dela e deixei ao lado, junto à biscoitos franceses que encomendei às pressas, sabia que Mad amava esses biscoitos.
— Matteo — sua voz soa baixa pelo quarto — ele acordou?
— Não, ainda está dormindo — digo e vejo ela coçar os olhos e assentir, ela me olha e sorri fraco — quer um copo de água?
Ela diz que sim, e se senta ajeitando seu cabelo longo meio bagunçado, entrego o copo de água pra ela, e pego seu cabelo, tentando trançar ele, e ela ri, sabendo que sou péssimo nisso. Mas consigo deixar ele trançado de lado, e ela deita novamente.
— Quando vão me dar me comida? — ela pergunta.
— Às 10 horas, daqui à pouco querida — minha mãe diz se aproximando dela e ela olha pra minha mãe e concorda, e logo me olha e ri.
E sei que é por que minha mãe está bem mais doce com ela, vejo ela encarar o buquê de rosas e sorrio de canto.
— É pra mim? — ela pergunta e eu concordo, pegando o buquê e entregando pra ela.
— Pensei que fosse gostar disso aqui também — digo entregando à caixa de biscoitos.
— Aí, sim — ela sorri abraçando o buquê e a caixinha e eu acabo que rindo e ela me olha.
— Quer que vou apressar os enfermeiros com seu café da manhã? — Geórgia pergunta tirando uma mecha de cabelo da Mad do rosto dela.
Mad apenas assente e minha mãe sai do quarto e eu me escoro próximo à cama de Madelaine enquanto ela come os biscoitos.
