Matteo não esperava que sua vida fosse mudar depois de um simples acordo com sua melhor amiga, ele sabia que Madelaine aceitaria, só não sabia que ela se apaixonaria. E Madelaine é durona demais, pra assumir que ela caiu no papo dele, que ela é mais...
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Matteo voltou pra mesa com bebidas e eu sorrio, notando a galera toda ao lado se divertindo, Matteo solta a fumaça dos lábios e me oferece o cigarro, e o aceito, fumando enquanto olhava as garotas do outro lado olhar pra ele perdidamente assanhadas.
— Vem sempre aqui? — pergunto devolvendo o cigarro e nega se sentando ao meu lado.
— Uma vez ou outra — ele fuma observando uma das meninas.
— E qual daquelas já passou pela sua lista? — pergunto e ele me olha sorrindo — Deixa que eu adivinho.
Digo pegando a garrafa e servindo os dois copos e observo as meninas conversarem olhando nos dois e sorrio pensativa.
— Todas elas — digo e ele nega e eu levanto o dedo impedindo que ele me interrompa — menos a morena de azul.
Ele franze o cenho, fuma e ri ao me encarar e eu bebo sorrindo, sabendo que estou certa.
— Como sabe?
— É a única que te olha pensativa, como se analisasse se vale a pena — dou de ombros — pelo assanho das outras, da pra se notar que já te pegaram.
— Que isso — ele ri — virou vidente foi?
— Não, mas algo me diz que a de azul também está interessada — dou de ombros e ele olha pra morena, e sorrio bebendo e ele me olha.
— Ela é gostosa — ele da de ombros e eu concordo.
— Tem peitos grandes — admiro a morena junto a ele e isso chega a ser engraçado.
— Curto peitos menores também — ele diz analisando a loira que aposto que ele já viu os peitos dela, óbvio.
— Desde quando repete transa?
— Apenas quando não tem muita opção.
— O local está cheio de mulher — digo e ele assente.
— Só foi um comentário Mad, não vou pegar ela de novo — ele diz pegando o copo da mesa e eu rolo os olhos rindo.
— Cafajeste — murmuro.
— Não finja de santa — ele diz e eu o encaro — te vi olhando pro cara de jaqueta de couro sentado a duas mesas a direita.
— Hum, você é bom — digo sorrindo e ele nega me beliscando.
— E você assanhada pra caralho.
— Hum, Matteo Delacroix falando palavrões, cuidado, sua mãe pode ouvir.
— Não enche — ele diz bebendo sua bebida e eu acabo que rindo mais.
E essa noite me fez lembrar das vezes que o pai do Matteo me buscava no orfanato para passar o final de semana com eles e eu sempre saia a noite com o Matteo, na época éramos apenas adolescentes, não dava nem pra aproveitar direito, já que tínhamos que voltar logo e nunca bebíamos bebida com álcool. E me lembro de voltar furiosa por Matteo me abandonar nos cantos pra pegar alguma garota.
— Quer outra? — Matteo pergunta se referindo a garrafa de bebida e eu nego.
— Uma das minhas regras é não beber mais do que aguento, pra não acontecer coisas que eu não desejo — digo rindo — e já estou no meu limite.
— Então não vai sair com aquele cara — ele diz assim que vê o cara se aproximar e eu olho pro rapaz.
— Eai — ele nos cumprimenta — um amigo me pediu pra perguntar... se vocês estão juntos ou se é...
— Amizade — respondo rápida e ele ri assentindo.
— Um amigo é? — Matteo encara a mesa que o cara estava sozinho.
— Posso pagar uma bebida pra você?
O cara me pergunta e sorrio querendo aceitar, ele é bonito. E bem charmoso por sinal.
— Pode — respondo e Matteo me encara.
— Só um minuto — o rapaz diz antes de sair para pegar a bebida e eu encaro o Matteo.
— O que foi?
— Não disse que estava no seu limite?
— Quase — digo e ele rola os olhos e nega.
— Os caras de Boston não são como os caras de Estrasburgo Mad.
— Qual a diferença? São todos babacas no final.
— Então pra que vai aceitar a bebida desse cara?
— Por que estou afim de beijar algum carinha de Boston.
Digo e ele nega, e logo o rapaz volta e o Matteo se retira fumando seu cigarro, e o cara se senta começando o que eles sempre fazem, pergunta o nome, diz que estou linda, elogia meu cabelo e começa com as cantadas cafonas, como "eu não conseguia tirar meus olhos de você" e eu finjo acreditar em tudo.
Vejo Matteo com a morena de azul e sorrio, ele não perde mesmo tempo. E eu volto minha atenção pro rapaz, que agora estava mais perto. E alguns segundos depois, eu o beijo, tomando a atitude que ele não teve ainda. E ele beija bem!
— Se quiser podemos dar uma volta — o rapaz diz e eu sorrio, ótimo, agora é a parte que eles querem me tirar do local, de preferência ir pra casa deles, pra cama deles pra ser mais exata.
...
Depois de alguns beijos e trocas de carícias e algumas conversas fiadas, o cara desistiu de querer me tirar dali, até por que eu acabará de dizer que precisava ir embora. E ele apenas concordou, pegando meu contato, que passei errado por sinal. Procuro o Matteo por ali e não o encontro, mas logo vejo a morena sair do carro dele ajeitando seu vestido e eu nego sem acreditar.
A morena passa por mim sorrindo sem jeito e vejo meu amigo me olhar ainda em pé ao lado da porta de seu carro, e sorri dando de ombros e vejo seu lábio avermelhado e seu cabelo bagunçado.
— Você não presta mesmo Matteo.
Digo quando entro em seu carro rindo dele, que dirige em silêncio apenas com um risinho e sinto o cheiro de sexo misturado com perfume feminino e nego rolando os olhos, que vagabundo.
