27 - Desconfiada

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Madelaine

Hoje fazia duas semanas que Matteo e eu não nos envolvíamos, e eu sabia que ele estava transando com alguém, até por que ele não é idiota, e eu continuo aqui, nessa casa entediada, mas não vou mentir que eu também não beijei ninguém, pois eu beije...

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Hoje fazia duas semanas que Matteo e eu não nos envolvíamos, e eu sabia que ele estava transando com alguém, até por que ele não é idiota, e eu continuo aqui, nessa casa entediada, mas não vou mentir que eu também não beijei ninguém, pois eu beijei bastante, e até transei com um carinha na semana passada, mas foi péssimo, além do carro ser um lugar bem desconfortável, ele tinha um perfume que não cheirava muito bem.

— Não sei, não sei — a voz da Geórgia soa pelo corredor e saio do quarto caminhando em direção a sua voz — pode por favor ao menos me deixar ver você novamente? — vejo ela no corredor usando seu robe, e pela primeira vez, vejo seu cabelo despenteado — Que droga eu fiz com você?

Ela chora e me surpreendo mais com seu linguajar do que com seu choro, ela bate o telefone na parede ainda o segurando e nega entre o choro, e eu penso em sair dali antes que ela me veja, mas tarde demais, já que agora ela me encarava.

— O que está fazendo aí? — ela seca o rosto rapidamente e eu nego.

— Eu ouvi vozes e pensei que...

— Estava ouvindo? — ela pergunta e eu nego.

— Eu não ouvi nada — digo e ela apenas concorda e caminha de volta para o quarto dela e eu tiro meu cabelo do rosto sem entender o que aconteceu com ela.

E rolo os olhos e saio dali, descendo a escada e indo em direção a saída da mansão, onde encontro Matteo e Beatrice, o que me surpreende.

— Oi — digo e Matteo me olha e sorri de canto.

— Oi ruiva — ele diz beijando minha testa e eu olho pra Beatrice que parecia meio pra baixo.

— Bom dia — ela diz educada — desculpa aparecer logo pela manhã, mas é que... preciso falar com a Geórgia.

Ela diz e eu apenas concordo, Matteo olha pra ela e diz algo, mas não entendo muito bem, só vejo ela ir para a sala e ele me olhar confuso.

— Está de saída? — ele pergunta e eu concordo.

— Queria falar com você ontem, mas não dormiu em casa — digo e ele assente desviando o olhar — sobre os papéis.

— Está demorando, eu sei — ele coça a nuca — vou apressar o advogado hoje.

— Já vai fazer um mês e meio — digo e ele assente.

— Saudade da França?

— Saudade de não viver presa — reclamo e ele franze o cenho.

— Está saindo bastante ultimamente, não deveria reclamar de estar presa — ele diz e eu o encaro.

— Ao menos não durmo fora de casa — alfineto e ele ri.

— Não é o que está pensando — ele mente, filho da mãe.

— Não? — levo a mão até seu blaser e passo a mão na gola, descobrindo o chupão que estava ali e ele passa a mão na nuca e eu nego.

— Desde quando mente pra mim?

— Não menti — ele se defende e eu rolo os olhos — foi na empresa beleza? Ninguém viu.

— Acho ótimo, já te falei, não tenho vocação pra ser corna — digo e ele ri.

— Está fazendo o mesmo — ele diz e eu nego.

— Boston não tem carinhas que fazem meu tipo, é bem difícil achar um do meu agrado sabia?

— Ainda tem aquela cláusula, caso queira usar — ele diz malicioso e eu acabo que rindo.

— Você chega tarde demais da empresa.

— Se me disser que quer, chego bem mais cedo — ele diz e eu encaro seus olhos notando que está me provocando e nego rindo.

— Você não presta — empurro seu peito e vejo Geórgia descer a escada, já mais recomposta e Beatrice se levanta indo até ela, meio que aflita e franzo o cenho.

— O que está acontecendo? — pergunto e Matteo coça a nuca.

— Os pais dela estão se divorciando.

— Isso é motivo pra ficar daquele jeito?

Matteo ri e eu rolo os olhos e me despeço, queria ir até a lanchonete do centro, onde tomei um açaí na semana passada e amei, e acordei desejando muito ele no café da manhã.

...

Na parte da tarde, cheguei na mansão depois do almoço, Matteo não estava, como eu já suspeitava, mas Geórgia estava na sala no telefone incomodada com algo, e ia ignorar ela, mas ela me parou.

— Madelaine está muito ocupada hoje? — ela pergunta e eu nego.

— Quer ajuda com algo?

— Na verdade sim — ela diz guardando o telefone de volta no gancho e admira meu corpo por alguns segundos.

— O que precisa?

— Que tire algumas fotos com uns vestidos — ela diz e eu franzo o cenho.

— Fotos?

— É pra uma amiga, ela tem uma coleção de vestido e queria que uma moça fizesse fotos, por que não você?

Ela diz sorrindo, o que me é estranho, já que ela quase nunca está de bom humor comigo. Mas aceito, subo as escadas com ela, e ela começa a falar da sua tal amiga e da coleção de roupas, e vejo os vestidos que ela joga na cama, e franzo o cenho notando ser bem curtos.

— Nunca imaginei que gostasse de vestidos assim — digo segurando um deles.

— Não gosto — ela confessa.

— E por que tem tantos?

— É de uma amiga, eu disse — ela diz e eu apenas concordo.

Ela pega seu celular mesmo, e manda que eu vista os vestidos, não faço perguntas, apenas tiro minha roupa e visto os vestidos, que ficaram um pouco folgados, mas dei um jeitinho e posei para as fotos, sorrindo e fazendo poses, e ela apenas agradeceu, concentrada no celular.

— Você está bem? — pergunto e ela me olha, percebendo e apenas concorda e sorri forçado, algo não está certo e sei disso.

— Estou, por que não estaria?

Ela pega os vestidos jogando de qualquer jeito no closet e se senta na cama e eu respiro fundo, saindo do quarto sem paciência para Geórgia.

— Minha irmã vem jantar aqui hoje, vista algo decente — ela diz alto e eu ignoro, rolando os olhos e indo para o quarto do Matteo, que me faz lembrar do que ele disse.

Sobre a cláusula do contrato, o sexo casual que já fazia semanas que não acontecia, e mordo o lábio me lembrando de como o sexo com ele é bom, mas nego, não ia pedir, se ele quisesse, ele que me procure.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora