46 - Aceito

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Madelaine

— Somos casados — digo deitada em seu peito

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— Somos casados — digo deitada em seu peito.

— O divórcio ainda pode acontecer se for o que quiser — ele diz e eu sorrio olhando pra ele.

— Se for o que eu quiser? — passo a mão em seu peito devagar — Está querendo continuar casado comigo por acaso Matteo?

— Você entendeu — ele diz e eu nego ainda rindo.

— Não entendi não.

— Para de graça — ele aperta minha bunda por baixo do edredom e eu sorrio beijando seus lábios.

Depois do banho, vestimos roupa e descemos, e por sorte Geórgia não estava ali, e pudemos comer juntos na sala de jantar.

— Preciso ir na empresa — Matteo diz encarando o relógio.

— Claro que precisa — resmungo bebendo meu suco e ele me olha sem entender.

— Quer ir comigo?

— Não — nego e ele ri de canto.

— Podemos tomar açaí depois que sairmos de lá — ele diz sabendo que esse é meu ponto fraco e eu olho pra ele.

— Vai demorar?

— Só preciso ir autorizar umas transferências — ele diz e eu respiro fundo.

— Sua secretária não se importando com minha presença tudo bem — dou de ombros e ele apenas assente.

Não tínhamos conversado sobre tudo que ele disse no bar, e acho bom, pois não saberia o que responder pra ele, da onde ele tirou que gosta de mim? Ele só pode estar louco, e pensar que daríamos certo em algo sério, sabemos que nós dois não nascemos pra isso. Muito menos juntos.

Vejo que ele me observa pensativa e ignoro, terminando meu almoço e ele faz o mesmo.

...

Enquanto eu me arrumava, Matteo disse que precisava sair pra resolver uma coisa antes de ir a empresa e que não demoraria, vesti uma camiseta e um short jeans, botas nos pés e cabelo solto, peguei minha bolsa e meu celular lendo a mensagem dele que dizia que estava enfrente a mansão e sorri.

Desci a escada e ignorei quando vi Geórgia chegar com várias sacolas, e ela fez o mesmo, me ignorou.

Desço a escadaria indo até o carro do Matteo e abro a porta entrando notando ele sorri de canto.

— Eai, ela disse algo? — ele pergunta e nego, imaginando ser sobre sua mãe.

— Pra minha felicidade, não — sorrio e ele assente dirigindo.

E vamos em silêncio, enquanto eu mexia no meu celular notando mensagens do meu ex patrão que na verdade estava aguardando minhas férias praticamente forçadas, e sorrio ao vê ele me pedir pra socorrer novamente o restaurante, e digo que um dia eu voltaria, só não sabia quando, o que é verdade, mordo o lábio pensativa e olho para o Matteo.

— Não sente falta de Estrasburgo?

— As vezes — ele diz rouco.

— Mentiroso — digo e ele ri.

— É a cidade onde nasci, e onde passei fome pra caramba, não é algo que eu sinta falta sabe?

— Foi onde crescemos — digo e ele assente.

— Sinto falta da gente, apenas — ele diz sem me olhar e eu sorrio de canto e concordo, me escorando no banco.

Confesso que fomos crianças felizes juntos, mesmo passando fome as vezes com aquelas comidas horríveis do orfanato, e passamos pouco tempo juntos, um ano apenas, depois que Matteo foi adotado, nos víamos, porém eram poucas vezes.

— A empresa não fica aqui — digo quando ele estaciona enfrente a uma floricultura.

— Sei disso — ele diz saindo do carro e eu franzo o cenho — eu não demoro.

Matteo sai do carro e eu observo ele entrar na floricultura e nego pra mim mesma sem entender, porém faço o que ele disse, eu espero por ele.

Matteo sai da floricultura com um buquê enorme de rosas vermelhas e eu nego com as mãos na boca, ele abre a porta ao meu lado e eu vejo pessoas que passava em volta nos encarar.

— Matteo, que droga é essa? — pergunto e ele sorri de canto, colocando o enorme buquê a sua frente e mexendo no bolso e eu nego, ele não vai fazer isso, vai? Ele vai!

Matteo abre a caixinha de veludo, com um anel de brilhantes dourado e eu encaro seus olhos totalmente chocada com isso.

— Você está louco — admito e ele molha os lábios.

— Queria fazer as coisas do jeito certo, quero algo sério contigo — ele diz e eu nego.

— Não você não quer não — nego.

— Cala a boca Mad — ele diz me fazendo ri — não sabe o que eu quero ou não, estou dizendo que quero você, então acredita.

— Matteo, relacionamento sério exige muita coisa — digo e ele assente.

— Eu sei de tudo isso — ele assente meio que estressado, e olha em volta algumas pessoas nos encarando.

— Não vai mais transar com sua secretária safada — digo e ele ri — nem ficar em bares encarando outras garotas e muito menos... flertar com qualquer outra mulher. Está disposto a isso?

— Se me disser sim hoje, eu estou disposto a perder tudo isso.

— E quer mesmo perder tudo isso?

— Já viu o que eu ganho? — ele sorri malicioso — Pra que isso tudo se eu ganho você pô.

— Sua lábia é boa.

— Quer que eu ajoelhe aqui?

— Sim — digo e ele franze o cenho — sim, eu aceito namorar você Matteo.

Ele sorri convencido e eu rolo os olhos e ele se inclina beijando meus lábios, seguro o grande buquê no colo e ele retira minha aliança, o que é estranho, mas entendo quando ele coloca o anel junto a ela em meu dedo.

— Namoro, é nessa mão — mostro a outra mão e ele me beija.

— O anel combina mais nessa — ele diz safado e eu nego rindo, o beijando.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora