Madelaine
Beatrice sai assim que Geórgia aparece e eu apenas ignoro tudo, mesmo sentindo aquele incômodo ridículo em meu peito. Caminho até Geórgia e pego meu filho, que estava acordado mamando os seus próprios dedos.
— O que aconteceu? — Geórgia pergunta se sentando no sofá da frente.
— Pode pedir à empregada que embale as coisas do Asher e minhas?
— Embalar? Por que? — ela pergunta assustada.
— Vou voltar pra Estrasburgo e levarei o meu filho comigo — digo e ela nega assustada.
Eu quando subo para o meu quarto, sei que ela liga para o Matteo, por que não passa nem meia hora e ele chega em casa, invadindo meu quarto e eu continuo sentada na varanda, pensativa.
— Aconteceu alguma coisa? — Matteo pergunta preocupado e eu nem se quer olho pra ele.
— Eu preciso ir embora, sabíamos que esse dia chegaria um dia — digo.
— Agora? O Asher acabou de Nascer — ele diz e eu me levanto, o encarando.
— Eu me sinto sufocada aqui, eu não me sinto bem, e não vou aguentar mais um dia aqui — digo e ele nega.
— Isso é pela visita da Beatrice? Minha mãe me disse que ela esteve aqui — ele diz e eu passo por ele, voltando para o quarto e ele me segue.
— Ela veio apenas deixar seu relógio, esqueceu lá — digo.
— Isso faz meses, não fiquei mais com ela.
— Não me interessa — dou de ombros.
— Não foi apenas isso, isso não te deixaria assim — ele diz e eu encaro ele, e ao encarar seus olhos eu nego.
— Disse à ela, que à ama? — pergunto com uma certa dor no coração.
Matteo franze o cenho, ri de canto e se aproxima e eu me sinto péssima, odeio demonstrar insegurança, e depois que tive o Asher, é apenas isso que sinto.
Insegura, frágil, cansada...
— Claro que não — ele diz ao se aproximar, e segurar meu queixo, como eu sentia falta disso, de seu toque — me conhece o bastante pra saber que eu não diria uma parada dessa sem sentir, e não sinto. Não por ela.
— Não acredito em você — digo e ele segura minha mão, à levando até seu peito.
— A única que teve, e ainda tem meu coração, é você ruiva — ele diz rouco, olhando nos meus olhos com aquele olhar que me deixava fraca facilmente.
— Eu estou sendo ridícula, me desculpa — nego passando as mãos no cabelo e ele segura meu quadril.
Me prendendo à ele, e olho em seus olhos novamente, e ele ri de canto.
— Se é o que quer saber, saiba que eu ainda amo você, não apenas na amizade, mas ainda te espero, e vou esperar o seu tempo, seja lá quando for. Eu não quero ser apenas o seu amigo, ou o pai do teu filho, você sabe disso...
— Matteo — nego — já tentamos.
— Desde quando desiste tão fácil assim?
— Quando se trata de prevenir meu coração de ser quebrado, eu desisto facilmente — dou de ombros e ele encara minha boca, e depois me olha e assente.
— Jamais quebraria seu coração.
E pra estragar aquele clima todo que estávamos, Geórgia chega nos chamando para almoçar, e quando ela vê que estávamos próximos demais e ela nos interrompeu ela ri e pede desculpa e eu rolo os olhos rindo também.
...
À noite, depois de tomar banho e vestir minha camisola, Matteo estava na minha cama, sentado com nosso filho no colo, dando à mamadeira dele e vi quando ele me olhou caminhar pelo quarto, eu nem se quer me sentia mais confortável com seus olhares, e sempre amei saber que ele me olhava. Depois que tive o Asher, nem consigo mais me achar tudo aquilo que eu era. Me sinto péssima, sempre de camisola e cabelo despenteado. Um horror!
— Ele dormiu cedo hoje — Matteo diz quando coloca ele no berço.
— O que significa que ele vai acordar daqui à pouco — digo e ele me olha.
— Seria uma boa dividir à cama comigo, assim eu te ajudaria mais — ele diz e eu olho pra ele — essa cama é enorme e sabe que cabe nós dois nela.
— Está me pedindo pra dormir aqui? — pergunto rindo e ele sorri sínico.
— Vai deixar? — ele diz se sentando em minha cama, e evito olhar para o seu abdômen sarado, já que ele usava apenas uma calça moletom cinza.
— Se vestir uma camisa, sim.
— Desde quando se incomoda com isso? — ele pergunta.
— Desde que estou à meses sem tocar em um homem, e ser tocada — confesso e ele sorri e eu o encaro.
— Podemos mudar isso quando quiser.
— Não provoca — digo.
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REDLOVE / A cor mais quente
RomanceMatteo não esperava que sua vida fosse mudar depois de um simples acordo com sua melhor amiga, ele sabia que Madelaine aceitaria, só não sabia que ela se apaixonaria. E Madelaine é durona demais, pra assumir que ela caiu no papo dele, que ela é mais...