79 - Ela não era você

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Madelaine

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Madelaine

Beatrice sai assim que Geórgia aparece e eu apenas ignoro tudo, mesmo sentindo aquele incômodo ridículo em meu peito. Caminho até Geórgia e pego meu filho, que estava acordado mamando os seus próprios dedos.

— O que aconteceu? — Geórgia pergunta se sentando no sofá da frente.

— Pode pedir à empregada que embale as coisas do Asher e minhas?

— Embalar? Por que? — ela pergunta assustada.

— Vou voltar pra Estrasburgo e levarei o meu filho comigo — digo e ela nega assustada.

Eu quando subo para o meu quarto, sei que ela liga para o Matteo, por que não passa nem meia hora e ele chega em casa, invadindo meu quarto e eu continuo sentada na varanda, pensativa.

— Aconteceu alguma coisa? — Matteo pergunta preocupado e eu nem se quer olho pra ele.

— Eu preciso ir embora, sabíamos que esse dia chegaria um dia — digo.

— Agora? O Asher acabou de Nascer — ele diz e eu me levanto, o encarando.

— Eu me sinto sufocada aqui, eu não me sinto bem, e não vou aguentar mais um dia aqui — digo e ele nega.

— Isso é pela visita da Beatrice? Minha mãe me disse que ela esteve aqui — ele diz e eu passo por ele, voltando para o quarto e ele me segue.

— Ela veio apenas deixar seu relógio, esqueceu lá — digo.

— Isso faz meses, não fiquei mais com ela.

— Não me interessa — dou de ombros.

— Não foi apenas isso, isso não te deixaria assim — ele diz e eu encaro ele, e ao encarar seus olhos eu nego.

— Disse à ela, que à ama? — pergunto com uma certa dor no coração.

Matteo franze o cenho, ri de canto e se aproxima e eu me sinto péssima, odeio demonstrar insegurança, e depois que tive o Asher, é apenas isso que sinto.

Insegura, frágil, cansada...

— Claro que não — ele diz ao se aproximar, e segurar meu queixo, como eu sentia falta disso, de seu toque — me conhece o bastante pra saber que eu não diria uma parada dessa sem sentir, e não sinto. Não por ela.

— Não acredito em você — digo e ele segura minha mão, à levando até seu peito.

— A única que teve, e ainda tem meu coração, é você ruiva — ele diz rouco, olhando nos meus olhos com aquele olhar que me deixava fraca facilmente.

— Eu estou sendo ridícula, me desculpa — nego passando as mãos no cabelo e ele segura meu quadril.

Me prendendo à ele, e olho em seus olhos novamente, e ele ri de canto.

— Se é o que quer saber, saiba que eu ainda amo você, não apenas na amizade, mas ainda te espero, e vou esperar o seu tempo, seja lá quando for. Eu não quero ser apenas o seu amigo, ou o pai do teu filho, você sabe disso...

— Matteo — nego — já tentamos.


— Desde quando desiste tão fácil assim?

— Quando se trata de prevenir meu coração de ser quebrado, eu desisto facilmente — dou de ombros e ele encara minha boca, e depois me olha e assente.

— Jamais quebraria seu coração.

E pra estragar aquele clima todo que estávamos, Geórgia chega nos chamando para almoçar, e quando ela vê que estávamos próximos demais e ela nos interrompeu ela ri e pede desculpa e eu rolo os olhos rindo também.

...

À noite, depois de tomar banho e vestir minha camisola, Matteo estava na minha cama, sentado com nosso filho no colo, dando à mamadeira dele e vi quando ele me olhou caminhar pelo quarto, eu nem se quer me sentia mais confortável com seus olhares, e sempre amei saber que ele me olhava. Depois que tive o Asher, nem consigo mais me achar tudo aquilo que eu era. Me sinto péssima, sempre de camisola e cabelo despenteado. Um horror!

— Ele dormiu cedo hoje — Matteo diz quando coloca ele no berço.

— O que significa que ele vai acordar daqui à pouco — digo e ele me olha.

— Seria uma boa dividir à cama comigo, assim eu te ajudaria mais — ele diz e eu olho pra ele — essa cama é enorme e sabe que cabe nós dois nela.

— Está me pedindo pra dormir aqui? — pergunto rindo e ele sorri sínico.

— Vai deixar? — ele diz se sentando em minha cama, e evito olhar para o seu abdômen sarado, já que ele usava apenas uma calça moletom cinza.

— Se vestir uma camisa, sim.

— Desde quando se incomoda com isso? — ele pergunta.

— Desde que estou à meses sem tocar em um homem, e ser tocada — confesso e ele sorri e eu o encaro.

— Podemos mudar isso quando quiser.

— Não provoca — digo.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora