61 - Baby

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Madelaine

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Madelaine

Encaro o médico a minha frente, e ele continua analisando entre minhas pernas me deixando mais desconfortável ainda, ele tira o treco de dentro de mim e tira as luvas em seguida.

— Já pode se sentar — ele diz e eu tiro as pernas do suporte e me sento sentindo uma certa cólica.

Mas era fraca, me levanto e caminho até a cadeira de frente para a mesa dele onde ele estava, vejo ele anotar algo e me olhar.

— E então? — digo.

— Insuficiência Istmocervical não significa que irá ter um aborto, significa que você tem uma gravidez de risco, e que precisa de certos cuidados, como por exemplo agora temos o método de cerclagem uterina, que te ajuda a segurar o feto no útero, impedindo um aborto.

— Eu preciso? — pergunto.

— É o que eu indico, já que teve um aborto espontâneo a um mês atrás — ele diz e eu concordo pensativa — isso é no particular, custa um pouco alto, mas...

— Dinheiro não é problema — digo e vejo ele encarar meu uniforme, tão patético.

Se ele soubesse quem é o pai do me bebê, me entenderia, minha última preocupação era dinheiro, estou mais preocupada em minha vida, que estava começando a voltar ao eicho, e agora vem essa bomba.

Saio da clínica com o envelope dos exames na mão, e respiro fundo notando as mensagens do Matteo.

Eu sai do trabalho após dizer a senhora Bragança que estava me sentindo mal, e nem voltaria ao restaurante hoje, não sabia como contar ao Matteo e nem sabia se realmente eu queria contar a ele.

Respiro fundo e peço o táxi, indo direto para o apartamento, e quando chego, vejo que ele não está, e me sento no sofá me escorando nele e encarando o teto.

— Por que você quis vim logo agora bebê? — murmuro passando a mão na minha barriga.

E ouço a porta ser aberta, e vejo meu melhor amigo entrar e me olhar surpreso quando me vê, mas sorrio fraco ao vê que tinha um buquê em suas mãos.

— Não falta uma hora para o seu almoço? — ele pergunta sorrindo.

— Não vou voltar mais hoje, isso é pra mim? — me refiro as flores.

E ele se aproxima, concorda ao me entregar e beija meus lábios, e percebo seu olhar preocupado.

— Passou mal? — ele pergunta.

E eu ignoro, cheirando as flores e ele se senta na minha frente esperando pelas minhas palavras.

— A gente precisa conversar — digo e ele franze o cenho — e é bem sério.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora