Matteo Delacroix
— Não sente que me ama então, é isso?
Pergunto já estressado com ela caminhando pelo quarto dela, sem me olhar, mas quando digo isso, ela nega e me encara.
— Eu te amo, e não tenho dúvidas disso, e é por isso que eu fico tão assustada com tudo que está acontecendo — ela diz e nega mexendo em seu cabelo.
— Confessar que te amo da mesma forma, te assusta?
— Casamento é algo sério Matteo, eu não quero errar. Me entende?
— Tem medo que eu te machuque? Por que se for isso...
— Tenho medo que se canse novamente — ela diz e eu franzo o cenho ao olhar pra ela e ela volta à andar pelo quarto.
Me aproximo dela, e seguro sua mão e ela me olha, e tenta evitar me olhar nos olhos, mas não consegue.
— Se entendesse o quanto eu te quero, o quando eu realmente amo você. Não se preocuparia com isso. De onde tirou isso? Eu jamais me cansei de você. E sabe por que razão não estávamos juntos, não foi uma escolha minha.
— Você estava cansado de mim, estava na sua cara — ela diz e eu seguro seu queixo.
— Eu jamais me cansarei de você Mad, qual é — murmuro.
— Amar me assusta, ainda mais quando se trata do meu melhor amigo que tem um passado bem longo — ela diz e eu franzo o cenho — e tem uma fila imensa de garotas querendo estarem no seu futuro.
— Desde quando é insegura? Olha pra mulher que eu tenho, acha que deve mesmo se preocupar com meu passado ou com qualquer mulher que queira algo comigo? Essa não é a Mad que eu conheço.
— Pra você ver, o que esse amor me causa — ela diz fechando os olhos e eu nego.
— No meio de uma sala com dezenas de mulheres, eu ainda te escolheria.
— Não mente pra mim — ela murmura.
— Deus sabe que não é mentira.
Digo, e ela sorri, sei que ela acredita. Beijo sua boca, segurando sua nuca, e caminho empurrando ela pra cama devagar, e ela sorri entre o beijo, já levando à mão na borda da minha calça de moletom, e eu sabia que ela queria. E era recíproco.
...
Na madrugada acordei com o choro do Asher na babá eletrônica. Sai da cama sem acordar à mãe dele, e fui no quarto dele, o tirando do berço e saindo do quarto descendo às escadas coçando meus olhos e notando o garoto tentando me bater.
— Relaxa garoto — murmuro e vejo ele segurar meu dedo e sorrio de canto.
Na cozinha coloquei ele no bebê conforto que havia ali, e fiz a mamadeira dele enquanto comia uma colher de doce de leite, com ele me olhando enquanto brincava com suas próprias mãos. Terminei à mamadeira e peguei ele no colo, me escorando na mesa enquanto dava à mamadeira pra ele que mamou como se não tivesse tomado nada hoje, garoto esfomeado, parece até à mãe dele.
E assim que ouço passos, vejo ela entrar na cozinha usando sua camisola que à deixa gostosa pra caramba, e vejo ela com o anel no dedo, e quando ela me mostra sua mão eu franzo o cenho em seguida, e vejo ela morder o lábio.
— Eu aceito ser a Sra. Delacroix.
Ela diz, me roubando um sorriso largo e nego ainda à encarando, ela não estava brincando. Ela caminha até mim ficando na ponta dos pés beijando minha boca, e sorri descendo o rosto até nosso garoto, cheirando ele, que mamava sem prestar atenção em nós dois.
— Ei — à chamo e ela me olha — não está brincando comigo, está?
— Não Delacroix, eu realmente sou sua mulher oficial agora — ela diz e eu sorrio sem acreditar.
Nosso garoto não dorme depois da mamadeira, nem mesmo comigo andando com ele pela sala, mas vejo que sua mãe estava quase cochilando no sofá, e à chamei pra cama. Levando ele com a gente, e Madelaine acabou deixando ele dormir com a gente hoje. E na nossa cama o garoto dormiu rapidinho, fazendo à mãe dele dormir em seguida, e eu estava cansado demais pra levar ele para o quarto dele, acabamos que dormindo todos juntos hoje.
...
E na manhã seguinte quando eu disse que estava indo para Amsterdã confesso que fiquei surpreso da minha mãe ficar feliz, e fiquei com mais raiva quando Madelaine disse que ela estava assim por que o tal amigo dela com certeza aparecia lá em casa. No aeroporto enquanto eu puxava as malas, à ruiva andava com nosso garoto no colo, e com óculos escuros e seus cabelos ruivos longos e usando aquele shortinho jeans com apenas um top e um casaco verde por cima, ela roubava olhares por onde passava, me fazendo ficar puto com alguns filhos da puta que não respeitavam nem à mim nem ao filho que estava no colo dela.
— É o nosso — Mad diz animada.
Entrego as passagens para à moça e passamos com as malas até à esteira, as colocando depois de etiqueta-las. Segurei à mão de Mad e caminhamos até o avião, onde achamos nossos acentos na primeira classe, o garoto assim que deitou em meu colo, já apagou, com sua chupeta na boca.
Madelaine encarava à janela do avião super animada, e eu animado mais ainda em vê que ela estava feliz.
— Sabia que um dos meus filmes favoritos se passam em Amsterdã?
— Jumanji não é em Amsterdã — digo e ela ri.
— A culpa é das estrelas — ela diz e eu franzo o cenho.
— Seu filme favorito é Jumanji — digo e ela nega rindo.
— Eu gosto de Jumanji, mas o favorito não é ele — ela diz e eu continuo sério, jurava que estava certo.
— E o meu filme favorito, sabe qual é?
Pergunto e ela me olha e fica pensativa, morde à boca e nega.
— Eu não sei — ela diz e eu nego.
— E diz ser minha melhor amiga?
— Espera, eu sei sim — ela diz rindo — é aquele, da loira gostosa, espera, eu vou me lembrar.
— Já errou Madelaine — digo e ela nega ainda rindo.
— Não errei não, calma — ela insisti.
— Missão impossível, estou certa? — ela diz e eu franzo o cenho.
— Missão impossível tem que loira gostosa? — pergunto e ela ri.
— Eu não falava desse, mas acertei né?
— É, acertou — digo e ela ri me beijando.
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REDLOVE / A cor mais quente
RomanceMatteo não esperava que sua vida fosse mudar depois de um simples acordo com sua melhor amiga, ele sabia que Madelaine aceitaria, só não sabia que ela se apaixonaria. E Madelaine é durona demais, pra assumir que ela caiu no papo dele, que ela é mais...