39 - Apaixonado

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Madelaine

Matteo me beija escorada em seu carro e eu sorrio apertando seu volume por cima da calça e ele nega

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Matteo me beija escorada em seu carro e eu sorrio apertando seu volume por cima da calça e ele nega.

— Não vai me fazer te colocar dentro do carro e transar aqui no estacionamento, vai?

— Não seria má ideia — digo e ele ri de canto, encara meus lábios me dando um beijo enquanto segura minha nuca e eu sorrio maliciosa, o provocando.

— Matteo — a voz feminina o faz se virar e me soltar, e vejo sua secretária nos encarar — a reunião é em cinco minutos.

Matteo assente e ela caminha em direção ao elevador e eu acabo que rindo, e Matteo coça sua nuca meio preocupado.

— Se não tinha nada sério com ela, por que a preocupação?

— Sei que ela vai me encher a paciência quando eu subir.

— Com certeza, até por que ela ouviu nossa bagunça em seu escritório — digo e ele me encara.

— Da próxima preciso colocar uma faixa em sua boca — ele diz e eu nego rindo e ele me puxa pra ele, apertando minha bunda ao me beijar.

Mas logo eu deixo ele subir de vez para o seu escritório, e eu abro a porta do seu carro, o ligando e dirigindo pra fora do estacionamento, precisava ir a clínica para minha consulta de retorno, pra vê se estava tudo certo comigo, e ele precisava estar naquela reunião. Então fui sozinha.

...

Na sala do médico eu observo algumas placas na parede, e respiro fundo incomodada com a demora dele, mas logo vejo ele adentrar a sala com meus exames em sua mão, ele me olha e sorri fraco.

— Madelaine Delacroix — ele diz e eu concordo — como se sente?

— Acho que bem — digo e ele assente.

Quem faz uma pergunta dessas pra alguém que perdeu um bebê em alguns dias atrás?

— Como eu disse pra você, a senhora sofre de incompetência istmocervical, o que causa um grande risco a uma gravidez, não conseguindo segurar o feto, mas a meios de seguranças caso um dia pense em ter outro filho. Podendo procurar um médico obstetra para realizar o procedimento de ajuda uterina. Se chama cerclagem.

— Não penso em ter um bebê agora — digo e ele concorda.

— É arriscado a senhora engravidar novamente, quero que saiba que haverá riscos, mas que não é algo impossível, me entende?

— Entendo — digo realmente entendendo e ele me entrega meus exames e eu agradeço.

Coloco meu cabelo do lado de um dos ombros e caminho pra fora da clínica, com aqueles exames nas minhas mãos, e por alguns segundos eu penso, como seria se realmente a gravidez tivesse ido adiante, grávida de um bebê do meu melhor amigo, ao menos meu filho cresceria em uma boa vida, com pai e avó, sem falar em toda a fortuna Delacroix, com certeza meu bebê não precisaria sofrer trabalhando como eu sofro em Estrasburgo.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora