80 - O mesmo louco por você

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Madelaine

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Madelaine

Asher tem um mês e meio, e graças ao meu anjo da guarda, mas conhecido por aqui como Rosário, eu consigo dormir melhor e já consigo até mesmo sair um pouco. Desde que à babá do Asher começou à trabalhar aqui, eu consegui tentar me reconhecer melhor. Como hoje, que resolvi finalmente sair de casa, Matteo estava na empresa, e eu queria muito sair antes dele chegar, e ao calçar minhas botas e vê a mensagem do carinha do tinder, sorrio.

Pegando minha bolsa e o celular, dou uma olhada no Asher em seu quarto, que estava dormindo, e sorrio pra Rosário que estava no sofá do quarto dele com um livro nas mãos, ela sorri de volta e ao descer as escadas vejo o Matteo chegar, com uma cara de cansado enquanto ajeitava sua gravata.

E quando seu olhar veio até mim, fiquei satisfeita ao notar aquele olhar, como eu senti falta daquele olhar, molho o lábio um no outro sentindo meu batom vermelho se espalhar pelos lábios, Matteo continua me olhando como se nunca tivesse me visto antes.

— Se quiser ir em meu carro querida, fique à vontade — Geórgia diz e eu apenas nego, olhando pra ela.

— Não precisa, minha carona está chegando — digo, e ela assente.

E passo pelo Matteo, olhando em seus olhos e sorrindo fraco, sem dizermos nenhuma palavra. Desde o dia que ele me disse aquilo, que ainda me esperava, nunca mais tocamos no assunto. Até por que não acho que ele esteja sendo 100% sincero. Se fosse real, ele tentaria mais. Talvez nem ele saiba o que realmente quer. Eu sou apenas à melhor amiga dele que acabou de ter um bebê com ele. E depois de me ver nos meus piores momentos, não o culpo de fugir disso.

Enfrente aos portões de sua casa, aguardo o táxi batendo as botas no chão, meio inquieta. Vejo o carro se aproximar e encaro o vidro descer, era o Matteo.

— Entra, eu te levo — ele diz e eu franzo o cenho — não vou te deixar pegar um táxi.

— Qual o problema? — pergunto.

— Eu te levo Madelaine — ele diz, e eu rolo os olhos.

Abro à porta do seu carro e entro, batendo à porta e cancelando à corrida pelo aplicativo. Matteo dirige sério e eu guardo o celular.

— Pra onde vai? — ele pergunta.

— Pra isso que quis me trazer, pra investigar onde vou?

— Não, só queria te dar uma carona — ele diz rouco, e eu finjo que acredito.

— É um bar enfrente ao skill — digo e ele franze o cenho — sabe onde fica?

— Sei — ele confirma ainda concentrado na direção.

E quando ele estaciona, eu olho pra ele e ele me olha novamente, e mordo o lábio pensativa.

— Quer descer, e beber um pouco? Não está com uma cara que teve um dia bom.

— Realmente não tive — ele diz e eu sorrio.

— Vamos? Como nos velhos tempos — digo.

Ele pensa, molha os lábios e ri de canto ao me encarar, e sai do carro me fazendo sorrir.

Ele fica tão gato de terno, ainda mais assim, com à gravata sem estar perfeitamente colocada, ele me olha de cima abaixo e sorrio sabendo que ele estava encarando minha bunda enquanto caminhava em sua frente.

E ao entrar no bar, à música não tão alta, estava bem aconchegante, escoro no balcão e espero à atendente vim até mim, Matteo se escora de costas observando o local e encaro meu celular e sei que ele vê a foto que aparece.

— Tinder? — ele ri.

— O que foi? Sou uma mãe que está fora do jogo à meses — dou de ombros abrindo à mensagem do carinha que dizia que chegaria daqui alguns minutos.

— Nem sabe que tipo de cara tem nessa porra — ele diz e olho pra ele, ele não costuma dizer palavrões assim por nada.

— Uísque — peço à garçonete e Matteo olha pra ela e confirma, como se pedisse o mesmo e eu vejo as garotas ao lado já encarar o Matteo, com aqueles olhares desesperadas por atenção.

— Marcou com alguém? — ele pergunta, e quando olho pra ele ainda escorada no balcão, passando as unhas em meu copo, vejo ele me olhar nos olhos e sorrio sabendo que ele não estava gostando disso.

— Sim — sou sincera e ele assente.

Matteo bebe seu uísque em único gole e joga a nota no balcão quando coloca o copo.

— As duas — ele diz pra atendente e ela encara os dois copos — fica com o troco.

E antes de sair, ele me olha, morde o lábio incomodado e passa à mão na nuca, sei que ele quer dizer algo.

— Qualquer coisa me liga, beleza? Eu vou nessa — ele diz beijando minha testa, e saindo do local.

E encaro ele sair do bar, e vejo quando ele passa pelo cara que marquei de encontrar pelo tinder, respiro fundo notando Matteo sumir pela saída do bar e mordo meu lábio, vejo à atendente me olhar, respiro fundo e caminho pra fora do bar, e por sorte o carinha não me reconhece.

E quando saio do bar, vejo o Matteo socar seu carro e paro de andar me assustando com aquilo. Vejo ele negar passando à mão sobre o rosto, e sorrio. Ele está completamente indignado. Caninho até ele, e sorrio ao vê ele lutando pra não entrar no carro, eu sabia que ele estava totalmente arrasado por saber que eu marquei um encontro com alguém.

— Acho que preciso de outra carona — digo fazendo ele se virar e me encarar — pode me ajudar?

— O cara não vem? — ele pergunta e eu mordo o lábio e sorrio.

— Ele veio — digo e ele franze o cenho — mas o cara que "eu quero" tinha saído do bar.

— Mad — ele diz e eu me aproximo mais, sua mão automaticamente segura meu quadril e eu subo meu olhar até o dele.

— Me tira daqui? — murmuro provocando ele, ele ri de canto e me beija.

E que beijo meus amigos, sinto como se eu esperasse por esse beijo à anos. Matteo rapidamente me aperta em seus braços, me beijando intensamente enquanto me empurra até seu carro me escorando nele, sua língua entra em guerra com à minha, acaricio sua nuca enquanto o beijo, e quando o ar nos falta, ele nega, encostando sua testa na minha e sorrio ainda de olhos fechados.

— Cara, eu continuo o mesmo louco por você.

— Mentiroso — sussurro.

— Se me deixar ficar, eu juro Madelaine. Eu não te deixo mais partir — ele diz olhando nos meus olhos e eu apenas admiro ele — me deixa entrar, me deixa ficar na droga desse coração de gelo?

— Você derreteu todas as barreiras de gelo já criadas nele, ainda não notou?

— Então me ama? — ele pergunte convencido e eu rolo os olhos e ele segura meu queixo, me fazendo olhar pra ele — Por que eu amo você.

Meu sorriso se desfaz quando ouço aquilo, e ainda olhando nos olhos dele, eu pisco algumas vezes meio que sem reação e ele me beija novamente.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora