Matteo não esperava que sua vida fosse mudar depois de um simples acordo com sua melhor amiga, ele sabia que Madelaine aceitaria, só não sabia que ela se apaixonaria. E Madelaine é durona demais, pra assumir que ela caiu no papo dele, que ela é mais...
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Nós dois estávamos na sacada do grande quarto de Matteo, com duas garrafas de uísque já pela metade, e já era quase uma da manhã, bebíamos e falávamos de coisas do nosso passado. O que era muito bom, relembrar, mas eu meio que me sentia mal por dentro, minha infância não era muito boa de se lembrar, a única coisa boa foi minha amizade com Matteo.
— A madre me odiava — digo dando um gole no uísque escorada na parede, observando as luzes distante.
— Colocou sal no chá dela, o que esperava? — Matteo ri, e olho pra ele que também estava escorado na parede, observando os grandes portões de sua casa.
— Era algo pessoal comigo, não era apenas isso — nego e ele me olha — você pintou a beca dela de vermelha, e nem por isso ela te odiava.
— Não viaja Mad.
— É sério Matteo — digo e ele ri fraco enquanto bebe no gargalo da garrafa.
— O que mais sente falta do orfanato? — ele pergunta e eu franzo o cenho e penso por alguns segundos, encarando o chão e sorrio fraco.
— Da madrugada, quando saiamos dos quartos pra roubar doce de leite na dispensa — digo rindo e ele concorda.
— Porra, aqueles doces era gostoso pra caramba — ele diz e eu apenas sorrio.
— Não se encontra mais daquele jeito, acho que a pessoa que os fazia, parou de fazer — digo pensativa.
— Sinto falta das corridas que fazíamos, se lembra?
— Eu cansava rápido, não gostava, odiava quando me chamava pra correr e nos afastar do orfanato — digo e ele ri assentindo — Quando você foi adotado eu amei que não precisava mais correr pelos arredores me cansando atoa — brinco e ele me olha.
— Mentirosa, detestou me ver partir, chorou feito uma criança — ele diz rouco.
— Eu era uma criança, idiota — digo e ele ri de canto.
— Quando me viu te visitando, quase chorou de novo.
— O seu pai foi incrível em te deixar me visitar, se não fosse por ele... acho que teríamos perdido contato — digo e ele assente, ficando um pouco mais sério agora. Sabia que ele sentia saudade do seu pai.
— Eu vou dar uma saída — ele diz encarando o celular que vibra.
— Cama só pra mim? Que ótimo, você ronca — digo e ele me ajuda a me levantar.
— Como sabe que eu ronco? Toda vez que acordo de madrugada, te vejo babando em um sono pesado — ele retruca e eu nego empurrando ele.