12 - Amizade

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Madelaine

Matteo abre a porta do carro pra mim, que desço observando o restaurante a nossa frente, ajeito o short em meu corpo e puxo o moletom verde pra baixo, que cobria quase meu short todo, minhas botas marrons nos pés e cabelo solto com um boné verde m...

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Matteo abre a porta do carro pra mim, que desço observando o restaurante a nossa frente, ajeito o short em meu corpo e puxo o moletom verde pra baixo, que cobria quase meu short todo, minhas botas marrons nos pés e cabelo solto com um boné verde militar na cabeça. Estávamos aqui pra almoçar, quase três da tarde, já que Matteo depois de chegar e apagar, acordou agora a pouco.

— Então, essa Yara e você são fixos? — pergunto me sentando e ele me olha surpreso e nega.

— É uma parada meio complicada — ele diz se escorando na cadeira.

— Como assim complicada?

— Um lance aberto, já te falei.

— Então, vocês estão juntos — dou de ombros e ele nega passando a mão no queixo.

— Transo com ela sempre que dá vontade, ela é uma das que não enjoei, ela não faz muitas perguntas, não me amola quando transo com outra, e o lance da certo.

— É estranho — faço careta — não sabia que você estava se envolvendo assim com alguém, porém continua um cafajeste.

— Sou um homem casado agora, não fala assim — ele zomba e eu nego rindo.

— Cafajeste.

A garçonete se aproxima e fazemos nosso pedido, observo o cara da mesa ao lado me olhar nos olhos e sorrio desviando o olhar.

— Falei com meu advogado, ele vai tentar fazer a papelada andar o mais rápido possível, quem sabe em um mês e meio consigo tudo que preciso — ele diz e eu concordo.

— E sua mãe, ela está de olho na gente — digo e ele assente coçando a nuca.

— Ela está preocupada com o fato de eu ter passado a noite fora — ele diz e eu concordo — mas sua mentira não foi tão mal assim.

— Ela deve me achar uma corna mansa.

— Quem sabe ela comece a gostar de você agora — ele dá risada.

— Ótimo amigo você, não? Me faz parecer uma tonta — digo e ele nega.

— Qual é ruiva, ela sabe que você é como eu — ele diz e eu sorrio.

— Posso levar aquele cara pra sua casa?

Pergunto e ele franze o cenho e vira pro lado notando o cara me olhar, e eu sorrio acenando pro cara e o Matteo me chuta por debaixo da mesa.

— Aí — digo quase gritando e ele nega — você me chutou?

— Não faz merda, o que não quero é meu nome na boca do povo como corno.

— Como é? — pergunto passando a mão no local que ele chutou de leve.

— Muita gente aqui conhece minha mãe, me conhece, entendeu?

— Mas não me conhecem — reclamo.

— Agora que estamos casados, vão conhecer, você é Madelaine Delacroix agora.

— Não acredito que me chutou — digo com raiva e ele nega e ri.

— Nem foi forte, fresca.

— Se pensa que não vou pegar ninguém nesse um mês e meio, está bem enganado ok?

— Não dá pra esperar?

— Você pode e eu não? Também quero zelar pela minha reputação ok? Corna não combina comigo, acha que combina? Olha pra mim Matteo, quem me trairia?

Ele ri, e nega me fazendo chutar ele por debaixo da mesa, que segura meu pé me fazendo desistir.

...

Matteo estava no sofá da sala assistindo a uma série bem chata por sinal, e eu deitei em seu colo, sentindo ele mexer em meu cabelo.

— Matteo — digo com preguiça e ele não me olha, diz apenas "hum?" — se lembra do dia que me beijou no orfanato?

— Não — ele diz me olhando e eu sorrio rolando os olhos.

— Estávamos brincando de pique esconde, não lembra? Me roubou um beijo dentro do quartinho de limpeza.

— Foi um selinho — ele concorda pensativo e eu me sento rindo.

— Eu te soquei — digo e ele ri se escorando no sofá com mais relaxo.

— Por que está pensando nisso agora?

— Me beijou duas vezes desde que cheguei, me fez lembrar daquele dia — dou de ombros e ele apenas assente pensativo, não havíamos falado sobre os beijos que aconteceu desde que cheguei — aliás, eu deveria cobrar por isso, dois beijos meus, custa muito caro sabia?

— Ah é?

— Sim — brinco e ele me puxa me fazendo deitar novamente enquanto assistimos a série.

— Também beijou o João, não beijou?

— Ele eu beijei, ele não me roubou — digo me lembrando.

— Me lembro da irmã dele, a Sofie — Matteo diz com um sorriso lerdo — bons tempos.

— Sofia — o corrijo e ele me olha — a beijou naquele celeiro, não beijou? Safado.

— Perdi a virgindade com ela, durou três minutos — ele diz passando a mão na nuca e eu nego incrédula.

— Me disse que tinha sido com uma menina da escola, seu mentiroso — bato em seu braço — você tinha dez anos, não tem como ter transado com Sofia.

— Quatorze anos, quando te visitei no natal — ele diz e eu nego mais incrédula ainda.

— Você é um safado, mentiroso sabia?

— Eu não menti, eu só não te contei na época — ele dá de ombros — com Sofia não valeu, foi um lance de três minutos e eu nem cheguei a gozar.

— Ela tinha dezesseis anos — digo e ele assente.

— Me deu um fora depois daquilo — ele ri — porra, eu nem gozei.

Ele diz pensativo e eu rolo os olhos e ele ainda me encara.

— Falando nisso, não me contou quem foi o cara que transou pela primeira vez.

Ele diz e eu fico séria, e ele percebe por que puxa meu braço me fazendo olhar pra ele.

— Não é um lance que eu goste de contar — dou de ombros.

— Pior que o meu, impossível.

— Acredite, foi bem pior — digo ao me lembrar — e não vou te contar.

— Não vale, eu te contei — ele diz e eu nego.

— Você mentiu, não valeu — digo e ele rola os olhos.

REDLOVE / A cor mais quenteOnde histórias criam vida. Descubra agora